quarta-feira, 25 de abril de 2007

Mangabeira Unger, filósofo que pediu o impeachment de Lula e agora vai virar ministro, irá se retratar de ataques ao presidente

Na segunda-feira (23), li o seguinte comentário no Blog do Rovai:

"Opinião é algo que se pode mudar a depender dos argumentos contrapostos àquilo que acreditamos. Em alguns casos, porém, ela é tão bem definida que fica difícil dar ré.

Ao mesmo tempo, quando alguém alguns de meses de ser chamado de corrupto, vagabundo e ignorante convida o agressor para ser um dos seus, sem que esse faça ao menos uma retratação pública, é porque ou perdeu completamente a vergonha na cara ou porque aceita a crítica.
"

Nesta terça-feira (25), leio a seguinte notícia na Folha de S. Paulo:

"O filósofo Mangabeira Unger fez um acordo com o Palácio do Planalto para, no dia em que assumir a nova Secretaria Especial de Ações de Longo Prazo, fazer um pronunciamento para se retratar dos ataques que fez em 2005 ao presidente Lula.

Em artigo publicado na Folha no dia 15 de novembro de 2005, o filósofo chamou o governo petista, do qual ele fará parte, de o mais "corrupto de nossa história" e defendeu o impeachment: "Afirmo ser obrigação do Congresso Nacional declarar prontamente o impedimento do presidente".
"

Eis a retratação reclamada por Rovai.

Mas será que Mangabeira se convenceu realmente que estava errado ao chamar o governo Lula de o mais "corrupto de nossa história"?

Será que ele realmente mudou de idéia?

Se sim, o que teria acontecido para ele se convencer do contrário tão repentinamente?

E mais, como ele pode ter cometido erro tão grosseiro na sua análise anterior?

Mangabeira disse à Lula que suas críticas foram influenciadas pela mídia, que se guiava pela imprensa.

O que, exatamente, isso quer dizer?

Mangabeira é um fantoche, manipulável, sem capacidade de discernimento?

Estamos falando de um filósofo, professor de Harvard.

Jogar a "culpa" na imprensa agora é fácil.

Será que Mangabeira se deixou seduzir pelo canto da sereia?

Vai saber...

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