Manchete de hoje da Folha Online: "Laudo confirma suicídio de legista do caso Celso Daniel". Veja o que diz a matéria:
"O laudo complementar conclusivo sobre a morte do médico-legista Carlos Alberto Delmonte Printes, ocorrida em 12 de outubro de 2005, mostra que ele cometeu suicídio ingerindo três medicamentos simultaneamente.
O delegado José Antônio Nascimento, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), e dois médicos-legistas apresentaram nesta sexta-feira o laudo. "Ele não tinha necessidade de tomar aqueles medicamentos. E, sendo médico, sabia dos riscos em ingeri-los simultaneamente", afirmou Ricardo Cristofi, diretor do Centro de Pesquisas do IML (Instituto Médico Legal).
(...)
Para a polícia, o crime foi premeditado pelo próprio legista. Ele contou ao filho que havia feito exames, inclusive radiografias, com um especialista conhecido da família. Ao checar as informações, esse mesmo médico disse que Delmonte não havia se consultado com ele. "Colhemos informações junto a parentes e amigos que confirmaram que Delmonte era avesso a medicamentos", afirmou Nascimento.
(...)
O legista deixou cartas, que passaram pelo exame documentoscópico para confrontar a caligrafia e confirmar se era mesmo de Delmonte. Elas informavam como ele deveria ser velado, a quem avisar e o que ele desejava que fosse feito. "Ele cometeu suicídio motivado pela dissolução do seu casamento", concluiu o delegado."
E agora, José?
O que dirão agora os defensores da 'teoria da conspiração'? Muitos propagandearam que teria havido queima de arquivo no caso da morte do legista. Lembram que ACM acusou o PT de estar por trás da morte de Celso Daniel e de outras pessoas que tinham ligação com o caso?
A mídia golpista aderiu a essa mesma idéia estapafúrdia e saiu em campo fazendo conjecturas mirabolantes. Para essa gente, que nunca desiste de arquitetar o golpe, qualquer história vale.
sexta-feira, 17 de março de 2006
quarta-feira, 15 de março de 2006
Notas do tucanato
Escolha por exaustão
Do colunista Janio de Freitas na Folha de S. Paulo, hoje:
"A mais original escolha de um candidato à Presidência deu-se entre um pretendente que nunca disse pretender, durante os quase três meses da disputa, e um concorrente que se tornou vitorioso só por ter passado os mesmos três meses repetindo o refrão "eu mantenho a minha candidatura".
A longa permanência de José Serra nas cogitações dos controladores do PSDB, dando-lhe complacentes e incontáveis oportunidades de assumir a pré-candidatura, deixou a evidência de que o resultado da disputa não se deu por preferência da cúpula peessedebista. Deu-se por exaustão partidária."
Patético e partido
Do colunista Fernando Rodrigues na Folha de S. Paulo, hoje:
" A cúpula do PSDB decidiu ontem que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, será o candidato tucano a presidente -em detrimento do outro postulante, o prefeito paulistano, José Serra.
Foi uma cena melancólica no final da tarde. Os tucanos vivem a exaltar sua suposta alta noção republicana, mas apareceram rachados em público. José Serra não estava lá para a inexorável foto de todos dando as mãos e erguendo os braços.
O discurso da unidade é quase patético. Ninguém se entende no PSDB. O presidente da sigla, Tasso Jereissati, manda quase nada. Omisso durante meses, acordou há poucas semanas para descobrir que perdera completamente as rédeas do processo.
FHC quase teve um chilique quando soube da decisão de anteontem de José Serra, que optou por não aceitar prévias. O governador mineiro, Aécio Neves, só pensa nele e em sua própria candidatura ao Planalto em 2010."
Blog do Noblat (www.blogdonoblat.com.br)
Do colunista Janio de Freitas na Folha de S. Paulo, hoje:
"A mais original escolha de um candidato à Presidência deu-se entre um pretendente que nunca disse pretender, durante os quase três meses da disputa, e um concorrente que se tornou vitorioso só por ter passado os mesmos três meses repetindo o refrão "eu mantenho a minha candidatura".
A longa permanência de José Serra nas cogitações dos controladores do PSDB, dando-lhe complacentes e incontáveis oportunidades de assumir a pré-candidatura, deixou a evidência de que o resultado da disputa não se deu por preferência da cúpula peessedebista. Deu-se por exaustão partidária."
Patético e partido
Do colunista Fernando Rodrigues na Folha de S. Paulo, hoje:
" A cúpula do PSDB decidiu ontem que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, será o candidato tucano a presidente -em detrimento do outro postulante, o prefeito paulistano, José Serra.
Foi uma cena melancólica no final da tarde. Os tucanos vivem a exaltar sua suposta alta noção republicana, mas apareceram rachados em público. José Serra não estava lá para a inexorável foto de todos dando as mãos e erguendo os braços.
O discurso da unidade é quase patético. Ninguém se entende no PSDB. O presidente da sigla, Tasso Jereissati, manda quase nada. Omisso durante meses, acordou há poucas semanas para descobrir que perdera completamente as rédeas do processo.
FHC quase teve um chilique quando soube da decisão de anteontem de José Serra, que optou por não aceitar prévias. O governador mineiro, Aécio Neves, só pensa nele e em sua própria candidatura ao Planalto em 2010."
Blog do Noblat (www.blogdonoblat.com.br)
Biossegurança
Marina Silva: "Identificação de transgênicos começa agora"
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, rebateu as críticas à proposta que o Brasil fará na 3ª Reunião dos Países Membros do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP3). A posição do governo brasileiro será defender a adoção do limite de 2010 para que todos os organismos vivos geneticamente modificados (OVMs) sejam idenficados com o rótulo de “contém” nas comercialização com outros países. A fala da ministra aconteceu no encontro com representantes da Fórum Brasileiro das Organizações Não-Governamentais (ONgs) e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS), que ocorreu em Curitiba.
Para Marina, a fase de transição de quatro anos para a rotulagem dos OVMs não significa que o governo brasileiro vai esperar até o final do prazo para iniciar a exigência da identificação desses produtos. “A lei cria um processo cumulativo e processual. Ao mesmo tempo que vamos criando a estrutura e as condições necessárias para a segregação, vamos também fazendo a identificação”, garantiu.
A ministra explicou que o período de transição é necessário porque o Brasil não tem uma estrutura de silos, de portos e de transporte para fazer a segregação. “Mas isso não significa conceder um tempo para o início da identificação. Ela começa a partir de agora para todos que hoje já estão fazendo a segregação”, garantiu.
Marina lembrou ainda que a proposta brasileira é uma decisão do país não uma conquista de setores isolados do governo. Além disso, a regulamentação foi criada a partir de consultas e das necessidades de todos os setores envolvidos na discussão. “É uma posição que dialoga com o conjunto da sociedade e que cria um prazo para que se possa criar a estrutura logística para se fazer a segregaçao e a identificão".
“Estamos aprendendo que defender o meio ambiente também é fazer um ponte com o desenvovlimento do país”, completou.
Portal do PT
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, rebateu as críticas à proposta que o Brasil fará na 3ª Reunião dos Países Membros do Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança (MOP3). A posição do governo brasileiro será defender a adoção do limite de 2010 para que todos os organismos vivos geneticamente modificados (OVMs) sejam idenficados com o rótulo de “contém” nas comercialização com outros países. A fala da ministra aconteceu no encontro com representantes da Fórum Brasileiro das Organizações Não-Governamentais (ONgs) e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS), que ocorreu em Curitiba.
Para Marina, a fase de transição de quatro anos para a rotulagem dos OVMs não significa que o governo brasileiro vai esperar até o final do prazo para iniciar a exigência da identificação desses produtos. “A lei cria um processo cumulativo e processual. Ao mesmo tempo que vamos criando a estrutura e as condições necessárias para a segregação, vamos também fazendo a identificação”, garantiu.
A ministra explicou que o período de transição é necessário porque o Brasil não tem uma estrutura de silos, de portos e de transporte para fazer a segregação. “Mas isso não significa conceder um tempo para o início da identificação. Ela começa a partir de agora para todos que hoje já estão fazendo a segregação”, garantiu.
Marina lembrou ainda que a proposta brasileira é uma decisão do país não uma conquista de setores isolados do governo. Além disso, a regulamentação foi criada a partir de consultas e das necessidades de todos os setores envolvidos na discussão. “É uma posição que dialoga com o conjunto da sociedade e que cria um prazo para que se possa criar a estrutura logística para se fazer a segregaçao e a identificão".
“Estamos aprendendo que defender o meio ambiente também é fazer um ponte com o desenvovlimento do país”, completou.
Portal do PT
Imprensa ignora condenação da diretoria do Banco Central no governo FHC
Leia abaixo texto publicado nesta terça-feira (14) no site da revista Fórum (www.revistaforum.com.br):
O caixa tucano foi condenado, você sabia?
Por Fábio Jammal Mackoul
Enquanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fazia pose de estadista e chamava a ética do PT de corrupta na capa da revista IstoÉ, uma pequena nota no pé da quinta e última página da seção “A Semana” passava facilmente despercebida até mesmo para os leitores mais atentos. Embaixo de três notas necrológicas, o pequeno texto informava: “Condenados a 11 anos de prisão pela 12ª Vara Federal do Distrito Federal o ex-presidente do Banco do Brasil Paulo César Ximenes e seis ex-diretores dessa instituição. Eles foram acusados de gestão temerária devido a irregularidades em empréstimos feitos à construtora Encol entre 1994 e 1995. Na quarta-feira 1”.
Assim como IstoÉ, a grande imprensa não deu muita bola para o caso. Veja, por exemplo, considerou a condenação de toda uma diretoria do maior banco público do país nada importante e não dedicou uma linha a respeito do assunto. Os sete condenados formavam a diretoria colegiada do Banco do Brasil entre 1995 e 1998, com Ximenes no comando da instituição. Período que coincide com o primeiro mandato de FHC. Eles foram condenados em primeira instância por nove atos que caracterizam crimes de gestão temerária e de desvio de crédito ao emprestar dinheiro para a construtora Encol, que faliu em seguida e prejudicou milhares de mutuários. Os acusados foram considerados responsáveis, entre outros crimes, por aceitar certificados de dívida emitidos ilegalmente pela construtora e por prorrogar sistematicamente operações vencidas e não pagas.
(...)
O homem-bomba
A condenação de toda a diretoria colegiada do Banco do Brasil no primeiro mandato de FHC é a menor das preocupações do PSDB. O mais atemorizante é que, entre os condenados, um personagem se destaca. Trata-se do já conhecido Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área internacional do banco.
O economista ganhou notoriedade durante as privatizações promovidas por Fernando Henrique, especialmente nos casos da Companhia Vale do Rio Doce e do sistema Telebrás, dois dos maiores negócios do mundo. Em 1998, no episódio conhecido como “Grampo do BNDES”, Ricardo Sérgio foi destaque ao ser flagrado confessando como agiam ao costurar negócios para o leilão das teles: “no limite da irresponsabilidade”.
Caixa das campanhas de José Serra (1990 a 1996) e de Fernando Henrique (1994 e 1998), Ricardo Sérgio está envolvido em denúncias que vão desde pequenos problemas com a Receita Federal até a suposta cobrança de uma propina de R$ 15 milhões do empresário Benjamin Steinbruch, para favorecê-lo no leilão da Vale e prejudicar os fundos de pensão dos funcionários de estatais. O empresário teria dito, à época, que estava convencido de que Ricardo Sérgio falava em nome do PSDB e decidiu pagar a propina.
O caixa tucano foi condenado, você sabia?
Por Fábio Jammal Mackoul
Enquanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) fazia pose de estadista e chamava a ética do PT de corrupta na capa da revista IstoÉ, uma pequena nota no pé da quinta e última página da seção “A Semana” passava facilmente despercebida até mesmo para os leitores mais atentos. Embaixo de três notas necrológicas, o pequeno texto informava: “Condenados a 11 anos de prisão pela 12ª Vara Federal do Distrito Federal o ex-presidente do Banco do Brasil Paulo César Ximenes e seis ex-diretores dessa instituição. Eles foram acusados de gestão temerária devido a irregularidades em empréstimos feitos à construtora Encol entre 1994 e 1995. Na quarta-feira 1”.
Assim como IstoÉ, a grande imprensa não deu muita bola para o caso. Veja, por exemplo, considerou a condenação de toda uma diretoria do maior banco público do país nada importante e não dedicou uma linha a respeito do assunto. Os sete condenados formavam a diretoria colegiada do Banco do Brasil entre 1995 e 1998, com Ximenes no comando da instituição. Período que coincide com o primeiro mandato de FHC. Eles foram condenados em primeira instância por nove atos que caracterizam crimes de gestão temerária e de desvio de crédito ao emprestar dinheiro para a construtora Encol, que faliu em seguida e prejudicou milhares de mutuários. Os acusados foram considerados responsáveis, entre outros crimes, por aceitar certificados de dívida emitidos ilegalmente pela construtora e por prorrogar sistematicamente operações vencidas e não pagas.
(...)
O homem-bomba
A condenação de toda a diretoria colegiada do Banco do Brasil no primeiro mandato de FHC é a menor das preocupações do PSDB. O mais atemorizante é que, entre os condenados, um personagem se destaca. Trata-se do já conhecido Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor da área internacional do banco.
O economista ganhou notoriedade durante as privatizações promovidas por Fernando Henrique, especialmente nos casos da Companhia Vale do Rio Doce e do sistema Telebrás, dois dos maiores negócios do mundo. Em 1998, no episódio conhecido como “Grampo do BNDES”, Ricardo Sérgio foi destaque ao ser flagrado confessando como agiam ao costurar negócios para o leilão das teles: “no limite da irresponsabilidade”.
Caixa das campanhas de José Serra (1990 a 1996) e de Fernando Henrique (1994 e 1998), Ricardo Sérgio está envolvido em denúncias que vão desde pequenos problemas com a Receita Federal até a suposta cobrança de uma propina de R$ 15 milhões do empresário Benjamin Steinbruch, para favorecê-lo no leilão da Vale e prejudicar os fundos de pensão dos funcionários de estatais. O empresário teria dito, à época, que estava convencido de que Ricardo Sérgio falava em nome do PSDB e decidiu pagar a propina.
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