sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Indústria registra maior crescimento em três anos

"Últimas Notícias" do Portal Terra:

O crescimento da indústria no acumulado do ano de 2007 foi de 6%, segundo divulgou nesta sexta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é o melhor desde 2004, quando o índice chegou a 8,3%. Em 2006, a indústria cresceu 2,8% e em 2005, 3,1%.

O desempenho foi apoiado pelo aquecimento da demanda doméstica, por causa da expansão do crédito, aumento da ocupação e renda, e da ampliação dos investimentos.

O primeiro semestre de 2007 apresentou um crescimento de 4,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. No segundo semestre do ano passado, a expansão foi de 7,1% frente ao segundo semestre de 2006.

Comentário

A mídia e a oposição vão precisar de mais criatividade para derrubar o presidente Lula.

Enquanto as coisas continuarem dando certo, como estão dando, fica difícil tirá-lo de lá.

Conquistas do Flamengo viram filme

Desta notícia, o meu amigo Maurício, corinthiano fanático, não vai gostar nadinha.

Deu no Portal Terra.

Os cineastas Raphael Vieira, Diogo Dahl e Pedro Asbeg resolveram transformar em filme as conquistas do Flamengo na Copa do Brasil 2006 e do Campeonato Carioca 2007.

Os dois documentários se chamam "É Campeão" e "Conte Comigo Mengão".

Os filmes estão em exibição no Rio de Janeiro.

Novos capítulos do "Dossiê Veja"

Já estão disponíveis os dois mais recentes capítulos da série de reportagens que o jornalista Luiz Nassif vem publicando em seu blog sobre a revista Veja.

O 6º capítulo da série, "Primeiros ataques a Dantas", trata da investida inicial da revista contra o banqueiro Daniel Dantas, que chegou a receber a alcunha de "gênio do mal" de Veja.

De acordo com Nassif, Dantas, acusado de espionar adversários e membros do governo, foi "submetido a um tiroteio de denúncias".

"Era a primeira parte da estratégia da Veja, já sob nova direção. Poderia ser para atingir a concorrente IstoÉ - claramente alinhada com Dantas. Poderia ser uma forma de chamar o banqueiro para conversar", afirma um trecho do dossiê.

Foram três reportagens centrando fogo no dono do Banco Opportunity. A primeira, “Um negócio de espiões”, saiu em 28 de julho de 2004. "Na matéria, ele [Daniel Dantas] era frontalmente acusado de espionar autoridades brasileiras".

A seguda reportagem contra Dantas, "O dia da caça", foi publicada em 3 de novembro de 2004, e afirmava que a Polícia Federal havia deflagrado uma operação contra a Kroll, que, contratada pelo banqueiro Daniel Dantas, teria espionado até o ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu.

A terceira e última reportagem contra o banqueiro, “A Usina de Espionagem da Kroll”, saiu na edição do dia 18 de maio de 2005. A reportagem era sobre a "Operação Chacal" da Polícia Federal contra a Kroll.

Confira este trecho do dossiê:

Dizia a matéria:

“Até então, porém, suspeitava-se que a empresa havia atropelado os limites estabelecidos pela Constituição para atender apenas aos interesses da Brasil Telecom – até o mês passado comandada por Daniel Dantas, do banco Opportunity. O material reunido pela PF no curso da investigação, batizada de Operação Chacal, revela, no entanto, que pelo menos desde a década de 90 a Kroll se dedica a monitorar a vida de dezenas de pessoas, entre elas políticos e empresários – e nem sempre por meio de expedientes legais”.

O simples fato de se saber que praticava ilegalidades já seria suficiente para ser tratado com cautela por qualquer jornalismo sério. A revelação de que comprava reportagens recomendava afastamento total.

Nos meses seguintes, porém, uma profunda transformação aconteceria na linha editorial da revista que denunciara, pouco antes, essas manobras de Dantas.

O capítulo seguinte do dossiê é entitulado "Assassinatos de reputação".

É leitura obrigatória. Confira:

No primeiro capítulo, mencionei o uso de matérias jornalísticas nas guerras empresariais e nos processos judiciais. Uma das ações mais abjetas praticada pelo submundo que orbita em torno das chamadas empresas de inteligência - como a Kroll - é o “assassinato de reputação”. Esse é o termo adotado nesse meio.

Trata-se de manobras para levantar escândalos falsos ou verdadeiros, visando destruir a confiança da opinião pública em determinada pessoa.

Alguns episódios são bastante ilustrativos sobre esse tipo de ação, dois deles protagonizados pelo jornalista Ricardo Boechat.

Em abril de 2001, assessores de Dantas procuraram várias mulheres jornalistas do Rio de Janeiro com a história de que a ex-mulher de Luiz Roberto Demarco - o arquiinimigo de Dantas - teria sido espancada pelo marido. Conversaram com Elvira Lobato, da “Folha”, Fernanda Delmas, de “O Globo”, jornalistas do Estadão e da Gazeta Mercantil.

O assessor apresentava um BO (Boletim de Ocorrência) lavrado em uma Delegacia de Mulher. BO não representa julgamento nem apuração: é apenas uma denúncia que qualquer pessoa pode fazer, bastando comparecer a uma delegacia. Depois, é que se irá conferir se tem fundamento ou não.

Procurado, Demarco mostrava o processo de separação. Como a denúncia não era clara ou confiável, ninguém deu nada.

No dia 22 de abril de 2001, aproveitando-se das férias do titular, os assessores do Opportunity conseguiram emplacar uma nota na coluna do Boechat:

"Caso de polícia

O empresário Luiz Roberto Demarco, que anda às turras com o Opportunity, tem um grande problema doméstico. Sua ex-mulher, a executiva Maria Regina Yazbek, entrou na Justiça de São Paulo pedindo a reintegração de posse do BMW Z3, que foi tomado depois de uma separação litigiosa.

O carro era um presente de aniversário.

Demarco espancou a ex-mulher, que ficou internada seis dias no Hospital Albert Einstein.
A agressão foi registrada na 2. Delegacia da Mulher em São Paulo."


De volta das férias, Boechat percebeu a manobra. No dia 6 de maio de 2002 deu, com o mesmo destaque, a retratação da notícia.

"Baixo nível

É pesado o jogo contra Luiz Roberto Demarco, antigo sócio do banqueiro Daniel Dantas e hoje seu adversário em várias ações judiciais.

Semana passada, vários jornais receberam notícias inexatas sobre o processo de divórcio do empresário, tentando atingi-lo moralmente.

A manobra foi conduzida junto às redações por uma assessoria de imprensa a soldo do Banco Opportunity, do qual Dantas é proprietário."

Se tivesse sido constatada a agressão, na qual a vitima supostamente teria ficado seis dias internada no Einstein, o BO teria evoluído para um inquérito policial. Nunca teve seqüência.

A seriedade jornalística custou caro a Boechat. Alguns meses depois, foi abatido por um “assassinato de reputação" cometido pela mesma revista Veja (e já mencionado no primeiro capítulo da nossa história). A revista divulgou um grampo com uma conversa de Boechat com uma fonte, que em nada depunha contra o jornalista. A mão de Dantas estava por trás do dossiê.

Do lado da Veja, as mãos que cometeram o "assassinato de reputação" ainda eram outras.
Na correspondência entre a Kroll e a Brasil Telecom, quando Dantas ainda estava no controle da empresa, era mencionada expressamente a tática do “assassinato de reputação (character assassination).


Dantas ainda estava na era dos pequenos assassinatos. Com pouca entrada na mídia – em função de sua biografia –, precisava apelar para blogs contratados e para jornais fantasmas.

No dia 17 de março de 2004, um tal de “O Povo”, do Rio de Janeiro, tiragem de 2 mil exemplares, publicou matéria escandalosa sobre Demarco.

Plantada em “O Povo” e em um site jurídico, a notícia foi vertida para o inglês e incluída no processo de Nova York, do Citigroup contra Dantas.

Nem houve como processar o tal jornal, que desapareceu na poeira.

Conto isso para mostrar qual era a situação de Dantas no momento em que Veja começou a atacá-lo. Sua única perna na mídia – o jornalista Leonardo Attuch – estava sendo bombardeado pela revista de maior circulação do pais. Os outros pontos de apoio – Giba Um e Cláudio Humberto, o tal de “O Povo” – eram utilizados nos processos judiciais, mas não conseguiam chegar até os formadores de opinião.

Por aqueles dias, Dantas vivia seus piores momentos, uma sucessão de episódios que parecia marcar o fim de sua aventura.

Em julho de 2004 saiu a matéria de Márcio Aith, na “Folha”, sobre o caso Kroll. Em outubro de 2004, a Policia Federal deflagrou a Operação Chacal que pela primeira vez pegou Dantas. Hoje ele responde a três processos na 5a Vara Federal: formação de quadrilha, corrupção ativa e espionagem.

No início de 2005, o Citibank demitiu Dantas por “quebra de confiança fiduciária” - imputação gravíssima no mercado. Os fundos de pensão já tinham feito o mesmo. E, agora, Veja começava a torpedear seus únicos pontos de contato com a mídia.

O que fazer? Dantas procurou se aproximar da revista. A maneira como conseguiu penetrar no centro de comando da Veja e colocar a revista no lugar de "O Povo", merece um capítulo à parte.

Lei Seca

Ministro da Justiça admite "flexão" da MP que proíbe venda de bebidas alcóolicas

A Folha informa que o ministro da Justiça, Tarso Genro, admitiu ontem mudanças na Medida Provisória (MP) que vetou a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais.

O ministro disse que pode haver uma "flexão" na regulamentação da MP, desde que a proibição de venda para consumo seja mantida.

"Mas nós não podemos impedir as pessoas de comprarem bebidas para levarem para a praia, para as montanhas, no seu carro", declarou Tarso.

O ministro deve ser daquele tipo de gente que acredita em papai noel, gnomos e fadas, pra vir com essa conversa de que pode vender bebida, desde que a pinga não seja consumida na hora.

A "flexão" na MP significa abrir brechas para burlar a lei.

Já imaginou a cena? O camarada chega no buteco e pede a gela. Aí o dono do buteco diz que ele não pode beber a gela na hora. O camarada diz que tudo bem e sai levando a bebida.

O motorista faz de conta que vai cumprir a promessa e o dono do buteco faz de conta que acredita.

Agnaldo Timóteo liga pra Garibaldi e diz que apóia Micarla pra Prefeitura de Natal

Da coluna "Painel" da Folha de São Paulo, hoje:

"O presidente do Senado, Garibaldi Alves (PMDB-RN) recebeu dias atrás uma ligação de Agnaldo Timóteo. Vereador pelo PR em São Paulo, o cantor dizia apoiar a candidatura da deputada estadual Micarla de Souza (PV) à Prefeitura de Natal. E perguntou como andava a disputa.

-Olha, está como naquela música: "Ninguém é de Ninguém"-, respondeu Garibaldi.

Foi a deixa para Timóteo soltar o vozeirão:

-Ninguém é de ninguém, quando se ama alguém... Ninguém é de ninguém, quando a vida nos contém!

A brincadeira não durou pouco: Garibaldi teve de ouvir, paciente, todos os versos da música de João Pedro Pais."

Garibaldi é uma incógnita, diz colunista da Folha

A impagável Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, elegeu o senador potiguar Garibaldi Alves Filho (PMDB) como tema da sua coluna na edição de hoje do jornal.

Garibaldi, como se sabe, se tornou presidente do Senado após a renúncia de Renan Calheiros (PMDB-AL). Eliane faz pouco de Garibaldi, dizendo que "ninguém espera que ele vá mandar lá essas coisas no Senado".

Por outro lado, a intrépida colunista remenda dizendo que Garibaldi também não vai ser um marionete nas mãos dos senadores José Sarney e Romero Jucá nem do presidente Lula.

Eliane diz que se pintar mesmo uma CPI dos cartões corporativos do governo Fedearl, Garibaldi é "uma incógnita a mais, no meio da confusão".

Ainda segundo Eliane, Garibaldi mandou recados tanto para a oposição, como para o governo.

Para a oposição, Garibaldi disse que "Não se devem vulgarizar as CPIs. Ao contrário, deve-se valorizá-las".

Ao governo, por sua vez, Garibaldi alertou que se vier a CPI, ele dará uma de Pôncio Pilatos e lavará as mãos.

Garibaldi, apesar de parecer, não tem nada de bôbo. Está é valorizando o passe dele.

Eliane, pra variar, ainda achou espaço pra defender o ídolo e ex-presidente tucano FHC. Segundo ela, "quem deve tremer [com a possibilidade de uma CPI] não é FHC, que deixou o cargo há cinco anos, mas Lula, o presidente de plantão."

Os cartões do Serra

A Folha de São Paulo, enfim, saiu da caverna e tocou no assunto dos cartões corporativos do governo de São Paulo, administrado pelo tucano José Serra. Segundo o jornal, a transparência com o uso dos cartões é menor em São Paulo que no governo federal.

Paulo Henrique Amorim informou em seu "Conversa Afiada" que o governo Serra gastou R$ 108 milhões com cartões corporativos em 2007, sendo que 44,58% (R$ 48,3 milhões) desse valor foi sacado no caixa, em dinheiro vivo, o que dificulta a fiscalização.

Na edição de hoje, a Folha diz que o cartão do governo de São Paulo serve para atender a 47 diferentes classificações de despesas, da diária de pessoal a gêneros alimentícios.

Enquanto os gastos com os cartões corporativos do governo federal ficam disponíveis no Portal da Transparência, o jornal diz que o governo de São Paulo não oferece um sistema aberto com essa descrição.

Apenas as bancadas de deputados na Assembléia Legislativa têm acesso aos dados do Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária).

Ainda segundo o jornal, o sistema registra a quantia que foi gasta, mas não especifica, necessariamente, em que aquele dinheiro foi usado.

A Folha diz que alguns gastos foram realizados em lojas de acessórios para casa, presentes e churrascarias.

Existem 42.315 cartões de pagamento de despesa no Estado de São Paulo, mas eles não são fornecidos aos ocupantes do primeiro escalão do governo.

A Folha ouviu o governo de São Paulo, que afirmou, em nota, que "não existe cartão corporativo no governo do Estado de São Paulo".

"O que existe é um sistema eletrônico para a realização de despesas do dia-a-dia, como compra de combustíveis, peças para automóveis e suprimentos de informática", afirma a nota.

O jornalista Luis Nassif contesta a nota o governo paulista e afirma, em seu blog no IG, que "é uma bobagem essa história de que cartão do governo federal é corporativo e do governo de São Paulo não é."

"É evidente que existe cartão corporativo em São Paulo. A não ser que se acredite que a conta da Secretaria de Segurança em uma churrascaria – mencionada na reportagem da “Folha” – tenha sido com cartão para gastos com abastecimento de veículos", acrescenta Nassif.

"Cartão corporativo é instrumento válido. Aliás, Ministros, Secretários de Estado, têm que dispor de verba de representação. Inclusive para comprar roupas apresentáveis, pagar contas de convidados especiais e tudo mais. São despesas inerentes ao cargo", completa ele.

A invenção da crise

No plano federal, a "crise dos cartões" não passa de uma clara tentativa da mídia de manipular e exacerbar os fatos.

Em São Paulo, onde também há a utilização desses cartões, a mídia não falou em "crise" nem clamou por nenhuma CPI.

Nenhum dos dois casos justifica o emprego da terminologia "crise". O governo federal demorou a dar uma resposta à "crise".

Apenas na quarta-feira, quando o Congresso Nacional voltou a trabalhar, o governo saiu na frente e propôs a criação de uma CPI para investigar o uso dos cartões desde 1998, atingindo também o governo do ex-presidente FHC.

Na mesma quarta-feira, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, disse que o governo vai continuar usando os cartões corporativos, porque eles são mais fáceis de se controlar.

O governo deveria ter vindo a público antes e colocado os pingos nos "is", esclarecendo às pessoas sobre a utilização e transparência dos cartões. O governo deveria ter dito com todas as letras que possíveis casos de má utilização dos cartões seriam investigados e os responsáveis punidos.

Dessa forma, teria quebrado as pernas da mídia golpista e desarmado as meretrizes da oposição, que, como disse antes, vivem de apregoar as virtudes da castidade.

Demorou a responder e, mais uma vez, sofreu um desgaste desnecessário. Agora, precisa correr atrás para recuperar o terreno perdido.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Mutantes da Record ganham do jogo do Corinthians na Globo

Segundo a Folha Online, a novela "Caminhos do Coração" da Record superou a audiência da Globo, quarta-feira passada à noite.

No horário, a Globo transmitia o jogo Corinthians X Barueri pelo Campeonato Paulista.

De acordo com os dados consolidados do Ibope, a novela dos mutantes da Record registrou 22 pontos de média, contra 20 do jogo na Globo.

No momento de pico, "Caminhos do Coração" marcou 26 pontos, contra 15 da Globo.

É a maldição do Corinthians, que caiu para a segundona e ontem à noite levou a Globo junto.

A Globo, pelo visto, não é mais tão hegemônica assim em termos de audiência. A Record vem investindo na sua programação e tem dado muita dor de cabeça à emissora da família Marinho.

Mas já disse aqui antes, quando comentei essa briga entre as duas emissoras, que longe de despertar empolgação, a perda de audiência da Globo para a Record representa mais do mesmo.

O fôlego da Record não se apóia numa programação de qualidade, inovadora e criativa. Pelo contrário. A emissora do bispo Edir Macêdo vem copiando exaustivamente a fórmula global de fazer televisão. As novelas são iguais, os telejornais são iguais, a linha de shows é igual. Nada se cria. Tudo se copia.

Justiça seja feita, "Caminhos do Coração" não é uma novela dessas convencionais. Mas na tentativa de inovar, a emissora colocou no ar uma trama tão sem pé nem cabeça que chega a ser ridícula. Parece filme de terror trash. É tanto mutante na tela que a gente fica zonzo. Parece que agora vai ter também um dinossauro e um sapo gigante. É sensacionalismo novelesco puro.

Além dessa questão da programação ser clonada da Globo, não podemos esquecer que o crescimento da Record significa também o fortalecimento de Edir Macêdo e da sua Igreja Universal do Reino de Deus - que abastece os cofres da emissora com os dízimos de milhões de fiéis ingênuos.

A disputa, portanto, é por hegemonia e poder.

P.S.: Por falar em Globo, Ricardo Feltrin, colunista do "UOL News", revelou que o jornalista Maurício Kubrusly foi eleito o pior repórter/apresentador do Carnaval na TV este ano.

Maurício ficou com 35% dos 32 mil votos da enquete promovida pelo "Uol News".

O segundo lugar ficou com o também global Chico Pinheiro (23,6%).

O terceiro lugar ficou com a ex-BBB (vejam só o "título" da moça!) Íris Stephanelli, atualmente apresentadora da Rede TV! (19,8%).

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O nome da crise IV

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, disse hoje, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que o governo é "a favor do cartão de pagamento porque ele é rastreável, mais transparente e porque o controle é maior".

"Não se paga despesa pessoal com ele, como não se pode usar os fundos, o saque em conta corrente para pagar gasto pessoal", completou a ministra.

O governo começou a reagir à oposição e à mídia golpista. No Senado, o líder Romero Jucá (PMDB-RR) protocolou o requerimento para a instalação da CPI para investigar o uso indevido dos cartões corporativos desde 1998, o que atinge também o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O ato do governo deixou a oposição irritada. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que se tratava de uma "manobra" do governo.

"Não se trata de manobra nem cortina de fumaça. A oposição não quer investigar? Então investiguemos", respondeu o senador Jucá.

O governo não pode abrir mão de investigar o uso dos cartões no período tucano-pefelê. É a única forma de fazer cair a máscara da oposição golpista e suas meretrizes, que vivem a apregoar as virtudes da castidade.

Para se ter uma idéia da parcialidade da mídia, Paulo Henrique Amorim mostra em seu "Conversa Afiada" que 44,58% dos gastos com cartão corporativo em São Paulo são saques diretos no caixa.

Ainda segundo PHA, os gastos com cartão corporativo cresceram 5,82% em 2007, no governo José Serra (PSDB), acima da inflação.

Os dados são do Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária) e foram entregues por um funcionário da liderança do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo ao editor do "Conversa Afiada".

Paulo Henrique Amorim também diz que a Folha de S. Paulo teve acesso as tabelas com os dados.

Até agora, a Folha de S. Paulo não publicou esses dados.

Carta Capital sobe; Veja cai

O instituto Marplan divulgou uma pesquisa mostrando que a Carta Capital foi a única revista brasileira a crescer em número de leitores em 2007. A informação está no "Conversa Afiada", do jornalista Paulo Henrique Amorim.

No levantamento entre outubro de 2006 e setembro de 2007, o número de leitores da Carta Capital cresceu 15%.

Enquanto a Carta Capital registrou crescimento, a Veja caiu 9% no número de leitores. IstoÉ caiu 18% e IstoÉ Dinheiro caiu 34%.

A diretora comercial da Carta Capital, Paula Kenan, disse a Paulo Henrique Amorim que as regiões em que a revista mais cresce é no Rio de Janeiro e no Nordeste.

Ainda segundo Paulo Henrique Amorim, a Carta Capital tem uma tiragem de quase 80 mil exemplares por mês (60% assinaturas e 40% venda em bancas).

Superterça

Hillary Clinton vence Barack Obama

Os resultados da chamada "superterça", dia em que 24 estados foram às urnas para escolher os candidatos à presidência americana, deram a vitória ao republicano John McCain e à democrata Hillary Clinton.

As vitórias de McCain e Hillary representaram, mais uma vez, a derrota dos institutos de pesquisa, que voltaram a errar em suas projeções eleitorais.

Na Califórnia, as pesquisas diziam que haveria empate entre Hillary e Obama. Hillary ganhou com ampla vantagem naquele estado - o mais importante em número de delegados para a convenção partidária.

Também na Califórnia, as pesquisas previam vitória do ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney. O vitorioso foi McCain, que se isolou na liderança das prévais republicanas.

No front democrata, Obama venceu em 22 dos 24 estados onde houve votação, mas Hillary ganhou nos estados mais representativos em número de delegados.

Na contabilidade geral, Hillary tem 818 delegados, contra 730 de Obama. Para ser o indicado pelo Partido Democrata, o pré-candidato precisa de 2.025 delegados.

O republicano McCain tem 680 delegados, contra 270 para Mitt Romney e 176 para Mike Huckabee.

No Partido Republicano, para ser o escolhido, o pré-candidato precisa somar 1.191 delegados.


Atualizado às 21h50

Ainda faltam 24 prévias e a indefinição sobre quem será o candidato democrata deve persistir durante um bom tempo.

No calendário dos democratas, o próximo embate será no sábado (dia 9), na Lousiana e em Nebraska.

Depois, na terça-feira (dia 12), acontecem as prévias da Virginia e em Maryland, que valem, somadas, 200 delegados.

Em seguida, será a vez do Texas e Ohio, no dia 4 de março, quando estarão em jogo 389 delegados.

A Pensilvânia realiza as suas prévias no dia 22 de abril. A disputa vale 188 delegados.

Os estados da Indiana e da Carolina do Norte fazem as prévias no dia 6 de maio.

Finalmente, no dia 7 de junho, acontecem as últimas prévias, em Porto Rico.

Os vencedores das prévias democratas e republicanas serão confirmados nas convenções dos partidos e disputarão as eleições americanas no dia 4 de novembro.

O nome da crise III

A "crise dos cartões" continua na pauta da mídia hoje.

A Folha de São Paulo segue em sua jornada incansável, atualizando diariamente a contagem dos gastos com os cartões corporativos.

Na edição de hoje, a manchete da capa diz que as agências reguladoras do governo federal (Anatel, Anvisa, entre outras) gastaram mais de R$ 1 milhão nos cartões de crédito corporativos do governo em 2007.

O jornal não esqueceu de levantar o tipo de gasto das agências, que teria sido, em sua maioria, gastos com lojas de material de construção, papelarias, postos de gasolina, supermercados ou por meio de saques em dinheiro.

O que isso quer dizer? Em princípio, absolutamente nada.

O que o jornal e o resto da mídia querem, ao ressaltar o valor gasto com os cartões, é que a gente associe automaticamente o uso destes cartões à corrupção. É manipulação das mais deslavadas.

As agências, por exemplo, como registra o próprio jornal, fazem a fiscalização dos serviços prestados pelas concessionárias, que atuam nos mais diversos setores, como energia, estradas e telefonia.

É evidente que este trabalho demanda gastos. É mais evidente ainda que a fiscalização exercida por estas agências, vital para o funcionamento correto dos serviços à população, não pode se pautar pelo ritmo da burocracia.

O direcionamento da cobertura é criminoso, além de ser também mais uma clara demonstração de engajamento da mídia na tentativa de derrubar o presidente Lula. Não esqueçamos que este ano tem eleições municipais.

Despedida de carnaval



Alô, fevereiro! É isso aí, queira ou não queira, todo carnaval tem seu fim...

E pra se despedir do carnaval, curtam o vídeo da Roberta Sá cantando "Novo Amor", no estúdio com Hamilton de Holanda.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

O nome da crise II

A "crise dos cartões" continua em alta na mídia.

A Folha de São Paulo de hoje traz uma reportagem sobre os gastos de seguranças do presidente Lula em São Bernardo (SP).

O jornal também dá espaço para a oposição, que quer instalar a "CPI da tapioca" e chama a "crise dos cartões" de "mensalinho para privilegiados".

Na mesma Folha de São Paulo, Eliane Cantanhêde (sempre ela!) também falou da "crise dos cartões".

No Jornal do Brasil, o presidente do senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), pede punição para quem cometeu irregularidades no cartão corporativo.

Leia abaixo o que você não vai ler nem ouvir nos jornais e telejornais do PIG:


Gasto com cartão corporativo representa 0,004% das despesas do governo


As despesas com cartões corporativos no governo Lula situam-se entre 0,002% e 0,004% do total de gastos do Poder Executivo, segundo dados divulgados pela CGU (Controladoria Geral da União).

“Quanto às despesas sigilosas”, lembra o secretário executivo da CGU, Luiz Navarro, “além de representarem uma pequena porcentagem do total, elas são previstas em lei há muito anos, não sendo criação do atual governo, nem particularidade do Brasil, pois existem em qualquer país do mundo”.

Tucanos gastaram quase o dobro

A Controaladoria também revela que enquanto em 2001 e 2002 os gastos do governo federal com suprimento de fundos (que envolvem o uso dos cartões corporativos e as chamadas contas tipo B) foram de R$ 213,6 milhões e R$ 233,2 milhões respectivamente, a partir de 2003 --início do governo Lula-- esse tipo de gasto foi significativamente reduzido, mantendo-se, nos últimos cinco anos, a média anual de R$ 143,5 milhões.

Em 2003 as despesas com suprimento de fundos foram de R$ 145,1 milhões; em 2004 de R$ 145,9 milhões: em 2005 de R$ 125,4 milhões; no ano seguinte de R$ 127,1 milhões. No ano passado, em decorrência de algumas excepcionalidades, chegaram a R$ 176,9 milhões, ainda assim muito longe dos gastos registrados em 2001 e 2002.

Eventos especiais

O crescimento dessas despesas em 2007 deveu-se à realização de dois censos pelo IBGE (censo agropecuário e contagem da população nos pequenos e médios municípios), às ações de inteligência da Abin visando a segurança durante os jogos Pan-americanos e a intensificação das operações especiais da Polícia Federal.

Nesses três órgãos, a soma das despesas pagas com o uso dos cartões chegou, em 2007, a R$ 41,4 milhões e representou 82,4% de todo o aumento de gastos do governo federal pagos com os cartões durante o ano. As informações estão disponíveis no Siafi e no Portal da Transparência, este último implantado a partir de 2004.

Situações como essas do IBGE, do PAN e da PF explicam não só o crescimento do uso do cartão, como também a expansão do volume de saques, em vez do faturamento direto, já que se trata da realização de despesas em áreas rurais e de pequenas comunidades onde não funcionam as redes afiliadas aos cartões eletrônicos, ou, no caso do PAN e da PF, de movimentação necessariamente sigilosa de agentes da Abin e outros órgãos de inteligência e segurança.

Transparência preservada

Ao divulgar essas informações, o secretário Luiz Navarro informou que o cartão de pagamento foi instituído no final de 2001. Segundo ele o crescimento do uso do cartão é uma política de governo, que vem sendo intencionalmente estimulada em substituição às contas tipo B, em que o funcionário recebe o suprimento, deposita no banco e vai emitindo cheques.

“O cartão é um instrumento mais moderno, que permite melhor controle do que o velho talonário de cheques”, disse ele, acrescentando que “o aumento das despesas pagas com o uso do cartão nos últimos anos acontece, na grande maioria dos casos, simultaneamente a uma redução no volume de pagamentos feitos pelo sistema antigo (tipo B) e corresponde à gradativa migração de um sistema para o outro.”

No entendimento da CGU, a utilização do cartão eletrônico em lugar das tradicionais contas com talão de cheque é muito positiva na medida em que facilita o controle tanto pelo próprio gestor sobre os funcionários que efetuam os pagamentos das pequenas despesas e dos gastos em viagens, como pela Controladoria, por meio dos extratos eletrônicos emitidos pela administradora do Banco do Brasil.

O que deve ser observada é a preferência pela compra direta mediante faturamento e a limitação dos saques em dinheiro para os casos em que isso seja inevitável, como os revelados acima e outros órgãos que operam em zonas rurais, como o Ibama, o Incra, a Funai; e dos que têm de fazer deslocamentos constantes e sigilosos como a Polícia Federal e a Abin.

Por fim, diz ele, “cabe lembrar que a imprensa e, por meio dela, a sociedade hoje podem acompanhar fácil e completamente tudo isso graças à política de transparência pública adotada pelo atual governo – por exemplo, por meio do Portal da Transparência. Até 2004 essa possibilidade simplesmente inexistia”, conclui.

Fonte: Portal do PT

Prefeito de Recife manda Igreja Católica "cuidar das almas"

A Igreja Católica tentou impedir a distribuição de pílulas do dia seguinte pela Secretaria Municipal de Saúde do Recife, durante o carnaval.

O arcebispo de Recife e Olinda, d. José Cardoso Sobrinho, tentou entrar com uma ação judicial, alegando que o contraceptivo era abortivo e contrário à vida, mas o Ministério Público Estadual (MP-PE) não levou o processo adiante. As informações são do Portal Terra.

O prefeito do Recife, João Paulo (PT), disse que a prefeitura não poderia acatar a posição da arquidiocese.

Ainda segundo o portal da internet, o prefeito ressaltou que a oferta de pílulas do dia seguinte segue uma orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Se a Igreja quiser cuidar das almas que cuide, mas não da saúde pública", declarou o prefeito.

Tapioca virou gênero jornalístico

Luis Nassif acaba de criar um novo gênero jornalístico. É o Jornalismo Tapioca.

Nenhuma alusão à maneira como é preparada esta iguaria nordestina e à fama dos jornalistas de virarem de lado de acordo com a conveniência da situação.

O novo gênero se inspirou no episódio envolvendo o ministro dos Esportes, Orlando Silva, que pagou uma tapioca com o cartão corporativo do governo federal. A tapioca custou R$ 8,00.

A oposição, que não aceita ser oposição e quer governar no lugar do governo, espera apenas o fim do recesso parlamentar para instalar a "CPI da tapioca".

Luis Nassif divulgou o manual do Jornalismo Tapioca, que contém os critérios de noticiabilidade do Jornalismo Tapioca.

Confira:

1. Proximidade: pense numa "crise" que pode estar mais próxima. Por exemplo: esqueça a febre amarela, que já não rende notícia. Vá atrás, mesmo no outro lado do mundo, de tapiocas, diárias, cartões corporativos, etc.

2. Relevância: Mostre que as questões mais banais e prosaicas podem ser tratadas como se fossem relevantes. Afinal, não é dado ao jornalismo tapioca levar o leitor a pensar em coisas realmente sérias.

3. Curiosidade: não tenha vergonha de fazer coberturas curiosas. Por exemplo, faça seriamente (e de preferência com ar grave) perguntas em coletivas sobre, digamos, o preço das tapiocas.

4. Interesse Humano: dramatize se necessário, para tentar vender o peixe. Por exemplo, sugira que uma visita protocolar de um ministro a outro país pode esconder coisas graves, muito graves, graves mesmo, talvez mesmo gravíssimas. Não tenha medo do exagero.

5. Descobertas na Ciência e Inovação Tecnológica: entre a complexidade da reativação de um parque industrial militar e a composição da tapioca, fique com o último se assim o determinar o editor.

Roberta Sá canta na "apoteose do frevo" de Recife

A cantora potiguar Roberta Sá voltar a dar o ar da sua graça hoje à noite no carnaval de Recife, quando acontece a apoteose do frevo, espécie de despedida da folia, tradição do carnaval da capital pernambucana.

Roberta Sá canta no Pólo Multicultural, no Marco Zero. A apoteose do frevo começa à meia-noite com show de Alceu Valença.

Depois do show de Alceu, o maestro Spok comanda a festa, que contará ainda com Alcione, Moraes Moreira, Pedro Luiz, Claudinor Germano, Lenine, Alceu, Antúlio Madureira, Silvério Pessoa, Coral Edgar Moraes, Gustavo Travassos, Lula e Nena Queiroga.

Ano que vem, Recife que me espere... Ah, se eu vou...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

O nome da crise

Faz tempo que a chamada grande imprensa atua como se fosse um partido político no Brasil. Desde que Lula tomou posse como presidente pela primeira vez, em 2003, a mídia fez inúmeras tentativas de derrubar o governo, produzindo uma crise atrás da outra.

É verdade que alguns integrantes do governo e do PT deram margem à execração, mas é fato que os grandes jornais e redes de televisão pautaram a cobertura dos acontecimentos pela manipulação e distorção da realidade.

Em vez de permitir que o cidadão tivesse acesso às várias versões da notícia e, a partir daí, tirasse suas conclusões, a mídia agiu como grande juiz da opinião pública, oferecendo versões prontas às pessoas, que tinham o direito ao contraditório sempre negado.

Em 2006, a mídia fez o que pôde para impedir a reeleição do presidente Lula. Mais uma vez derrotada, a mídia voltou à estratégia anterior: exacerbar os fatos e produzir crises artificiais para tentar "sangrar" o presidente Lula.

Em 2007, a mídia assumiu de vez o papel de partido de oposição e apostou nos "apagões" aéreo e energético para tirar Lula de lá. A realidade frustrou outra vez os velhos planos golpistas.

Mas a mídia é incansável e não desiste tão fácil. Este ano já testou duas estratégias para ver se, finalmente, consegue depôr o governo democraticamente eleito pela maioria absoluta dos brasileiros. Inventou a "epidemia" da febre amarela e ressuscitou a "epidemia" da dengue. Os jornais impressos e televisivos passaram a divulgar diariamente o placar atualizado dos novos casos das duas doenças. Até que se disseminou o pânico na população e as pessoas começaram a morrer por causa da dose dupla da vacina contra a febre amarela.

E quando a gente pensava que a fábrica de criatividade da mídia não tinha mais o que criar, veio o caso dos cartões corporativos do governo. Eis a nova senha do PIG (Partidoa da Imprensa Golpista - nomenclatura criada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim para denominar o setor da mídia que quer derrubar o presidente Lula).

Primeiro foi o episódio da ministra Matilde Ribeiro, que teve que pedir demissão por gastar pouco mais de R$ 400,00 num free shop e usar carro com motorista enquanto estava de férias. Eu já disse que não se pode relativizar a ética. A ministra errou, reconheceu a bobagem que fez e agiu certo ao se demitir para evitar que a sanha golpista da mídia continuasse.

Mas o episódio não se restringiu apenas à Matilde Ribeiro. Depois de derrubar a ministra, o PIG centrou fogo no ministro dos Esportes, Orlando Silva. A mídia expôs o ministro à execração pública por ter pago R$ 8,00 por uma tapioca com o cartão corporativo.

Orlando Silva deu entrevista coletiva e explicou o acontecido. O ministro mostrou à TV que tem um cartão pessoal igual ao cartão corporativo do governo. Quando foi pagar a tapioca, trocou os cartões e usou o corporativo por engano.

O ministro depositou o valor (R$ 8,00) aos cofres públicos depois que percebeu o engano. Irritado com a perseguição da mídia, Orlando Silva adotou uma postura radical: depositou a quantia integral gasta com o cartão corporativo (cerca de R$ 30 mil), mesmo estando todos os gastos justificados com as devidas notas fiscais. A oposição oportunista aproveitou a deixa do PIG e passou a falar na "CPI da tapioca".

Enquanto isso, na sala de justiça... A panfletária Veja desta semana trouxe uma reportagem sobre a "crise dos cartões corporativos". A reportagem divulgou os gastos, referentes a 2007, de três funcionários da presidência.

A Folha Online diz que os três funcionários gastaram "R$ 205 mil, entre mantimentos e vinhos finos" para abastecer a dispensa da Presidência da República.

Os dados deveriam ser sigilosos. Ainda segundo a Folha Online, o general Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional), que cuida da segurança do presidente Lula e dos seus familiares, mandou retirar da rede as informações que dizem respeito a Lula no "Portal Transparência", uma homepage de responsabilidade da CGU (Controladoria-Geral da União), e determinou a abertura de um processo administrativo, para identificar os responsáveis pela divulgação dos dados que supunha sigilosos.

A Folha de São Paulo também deu sua colaboração à "crise dos cartões corporativos". Na edição de hoje, traz uma matéria sobre um segurança pessoal de Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que teria gasto R$ 55 mil nos últimos nove meses usando um cartão de crédito corporativo do governo . O segurança é João Roberto Fernandes Júnior, que disse não ter havido nenhuma irregularidade no uso do cartão.

Será que desta vez os intrépidos e criativos donos do PIG vão conseguir derrubar o presidente Lula? A se julgar pelas tentativas do passado, eu diria que será mais um tiro na água. Mas aí depois eles inventam outra crise e começa tudo de novo...

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Nassif x Veja II

Editora Abril contesta "Dossiê Veja"

Luis Nassif divulgou a carta que a Editora Abril enviou ao portal IG, em resposta à série "Dossiê Veja", que o jornalista vem publicando em seu blog.

A EDITORA ABRIL, responsável pela publicação da revista VEJA, repudia veementemente as informações divulgadas no blog do jornalista Luis Nassif nos dias 18.12.2007, 10.01 e 11.01.2008.

Ao contrário do que quer fazer crer Luis Nassif, o jornalismo praticado pela revista Veja jamais esteve mancomunado com os interesses alheios à postura adequada de órgão informativo ético. A revista Veja sempre postou-se pelo exercício de um jornalismo honesto, sério e imparcial, portanto, bastante contrário às acusações descabidas de Nassif.

As Farc anunciam a libertação de mais três reféns

As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) divulgaram um comunicado hoje anunciando a libertação dos ex-congressistas Gloria Polanco, Luis Eladio Pérez e Orlando Beltrán. Eles serão entregues em território colombiano ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, à senadora opositora Piedad Córdoba, ou a seus representantes. As informações são do "Último Segundo" do IG.

Gloria Polanco, foi seqüestrada em Neiva, em Huila (sul), no dia 19 de agosto de 2001.Luis Eladio Pérez foi capturado em Ipiales, Nariño, fronteira com o Equador, em 6 de junho de 2001, enquanto Orlando Beltrán caiu em poder da guerrilha em 28 de agosto de 2001, em Gigante, Huila.

Enquanto isso, a Folha de São Paulo noticiou a captura pelas autoridades colombianas de Luz Dary Conde, conhecida como Doris Adriana, uma das mulheres com cargo mais alto na hierarquia das Farc. Ela foi detida durante uma operação militar na selva, na região da fronteira com a Venezuela.

De acordo com o jornal, Doris Adriana é tida como responsável pelo seqüestro de três cidadãos americanos, que estão em poder das Farc desde 2003.

Mapa da Violência

Folha de S. Paulo diz que número de homicídios foi subestimado pelo governo federal

Na semana passada, o governo federal divulgou o "Mapa da Violência", que mostrou uma redução no número de homicídios no país. De acordo com o estudo, houve 46.653 homicídios em 2006. Mas, segundo a Folha de São Paulo, os números divulgados foram subestimados e não refletem a realidade brasileira. O jornal afirma que o número de assassinatos é bem maior - mas não quantifica isso.

Ainda segundo o jornal, o problema ocorre em decorrência de uma falha no sistema de informação dos Institutos Médicos Legais (IML's), que lançam muitas mortes no sistema como "intenção indeterminada" - quando não se tem precisão sobre a causa da morte. A Folha diz que, muitas vezes, mesmo após investigação e esclarecimento do caso, os dados não são atualizados.

O jornal também acusa peritos e policiais de "maquiar as estatísticas" deliberadamente.

O índice de "intenção indeterminada" em mortes por causa externa considerado aceitável pelos pesquisadores é de até 5% do total. No Brasil, contudo, ele nunca foi inferior a 8%. Em São Paulo, o percentual foi de 17,25% em 2005.

O índice de São Paulo, observa o jornal, é o maior responsável pela distorção, por tratar-se do Estado com a maior população e, por conseqüência, o maior número de mortes.

O índice no Rio Grande do Norte foi de 19,45% - o maior do país. Isso significa que a violência no RN é camuflada e morre muito mais gente assassinada do que mostram as estatísticas oficiais.

O jornal diz que essa distorção não afeta a conclusão de que o número de homicídios no país está em queda. Mas acrescenta que a proporção da redução pode ser menor do que a apontada pelo "Mapa da Violência".

A Folha baseou sua reportagem nos dados do Datasus (sistema do Ministério da Saúde) de 1996 a 2005. O "Mapa da Violência", divulgado na semana passada, usou os números de 2006. O jornal diz que os dados de 2006 não estam disponíveis no Datasus.