Luis Nassif acaba de criar um novo gênero jornalístico. É o Jornalismo Tapioca.
Nenhuma alusão à maneira como é preparada esta iguaria nordestina e à fama dos jornalistas de virarem de lado de acordo com a conveniência da situação.
O novo gênero se inspirou no episódio envolvendo o ministro dos Esportes, Orlando Silva, que pagou uma tapioca com o cartão corporativo do governo federal. A tapioca custou R$ 8,00.
A oposição, que não aceita ser oposição e quer governar no lugar do governo, espera apenas o fim do recesso parlamentar para instalar a "CPI da tapioca".
Luis Nassif divulgou o manual do Jornalismo Tapioca, que contém os critérios de noticiabilidade do Jornalismo Tapioca.
Confira:
1. Proximidade: pense numa "crise" que pode estar mais próxima. Por exemplo: esqueça a febre amarela, que já não rende notícia. Vá atrás, mesmo no outro lado do mundo, de tapiocas, diárias, cartões corporativos, etc.
2. Relevância: Mostre que as questões mais banais e prosaicas podem ser tratadas como se fossem relevantes. Afinal, não é dado ao jornalismo tapioca levar o leitor a pensar em coisas realmente sérias.
3. Curiosidade: não tenha vergonha de fazer coberturas curiosas. Por exemplo, faça seriamente (e de preferência com ar grave) perguntas em coletivas sobre, digamos, o preço das tapiocas.
4. Interesse Humano: dramatize se necessário, para tentar vender o peixe. Por exemplo, sugira que uma visita protocolar de um ministro a outro país pode esconder coisas graves, muito graves, graves mesmo, talvez mesmo gravíssimas. Não tenha medo do exagero.
5. Descobertas na Ciência e Inovação Tecnológica: entre a complexidade da reativação de um parque industrial militar e a composição da tapioca, fique com o último se assim o determinar o editor.
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