sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Manual prático para se manipular uma pesquisa eleitoral

Do Blog do Luís Nassif:

"Se alguém tinha dúvidas sobre como as pesquisas eleitorais podem ser manipuladas, uma pequena matéria da “Folha” (que merecia destaque maior) demonstra.

A matéria fala de duas pesquisas do IBOPE sobre as eleições municipais de São Paulo. Em um dos levantamentos, divulgado pela TV Globo, Martha vence por 46% a 35%. Em outro, encomendado pela Associação Comercial de São Paulo (ligada a Kassab) ele vence por 47% a 38%. A diferença entre as pesquisas é de menos de um mês. [ A pesquisa em que Marta venceria foi realizada entre os dias 15 e 18 de dezembro, enquanto a outra, em que Kassab seria vencedor, foi realizada entre os dias 10 e 14 de novembro]

Qual o truque? No caso da pesquisa da ACSP, antes de perguntar sobre as intenções de voto, a pesquisa tinha oito questões sobre as obras de Kassab na cidade. Depois de lembrar (ou informar ) o leitor sobre as boas obras, sapecava a pergunta: em quem votaria?"

Em relação à pesquisa que deu Kassab à frente de Marta, A Folha informa que o Ibope afirmou ontem, por meio de nota, que as questões iniciais "podem ter influenciado os resultados obtidos nas perguntas sobre intenção de voto, principalmente nas simulações de segundo turno, dado o caráter plebiscitário dessas questões".

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Ibope diz que Marta lidera em São Paulo; Folha de S.Paulo diz que "Marta empata com Alckmin"

O Ibope divulgou nesta quarta-feira (19) uma pesquisa sobre a intenção de votos para a Prefeitura de São Paulo. De acordo com o instituto, a ex-prefeita e ministra do Turismo Marta Suplicy (PT) aparece na liderança com 27%, seguida do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), que aparece com 24%. A margem de erro é de quatro pontos percentuais. Dessa forma, Marta tem entre 23% e 31%, enquanto Alckmin tem entre 20% e 27%. O Ibope ouviu 602 eleitores, entre os dias 15 e 18 de dezembro.

Eu já comentei outras pesquisas que saíram para presidente e, em relação a essa para prefeito, digo o mesmo: pesquisa eleitoral agora e nada, dá no mesmo. Apesar das eleições para prefeito estarem mais próximas, ainda falta muita água pra passar debaixo da ponte.

Mas, o que chama a atenção agora não é nem a pesquisa em si, mas a repercussão da mesma. O Ibope mostra Marta à frente de Alckmin. A Folha dá na manchete que Marta apenas empata com o tucano.

Estranho, né?

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

O poder da amizade

Tenho dormido tarde nos últimos dias e, para compensar a falta de sono, aproveito para ler e assistir bons filmes. Na madrugada de ontem para hoje assisti "Reine Sobre Mim" (Reign Over Me), do diretor Mike Binder, com Adam Sandler, Don Cheadle e Liv Tyler. Talvez a sua reação ao se deparar com o nome de Adam Sandler tenha sido de desconfiança, igual a minha, como se dissesse "xiii, lá vem mais uma daquelas comédias americanas estilo pastelão", afinal de contas Sandler é conhecido pelo grande público por suas atuações nesse tipo de filme.

"Reine Sobre Mim" nada tem a ver com o gosto duvidoso daquelas comédias. Primeiro porque é um drama, que conta uma história de conteúdo profundamente humano e emocionante, sem ser piegas. Depois porque você vai se surpreender com uma interpretação tocante de Adam Sandler, como provavelmente você não o viu em nenhum outro momento.

No filme, Sandler é Charlie Fineman, um homem perturbado pela tragédia de ter perdido a mulher e as três filhas num dos aviões seqüestrados pelos terroristas da Al-Qaeda em 11 de setembro de 2001. Fineman não consegue lidar com a perda e isola-se de tudo e de todos. Tranca-se em seu apartamento e só sai a bordo do seu patinete motorizado para ir a uma loja de antiguidades que vende discos de vinil. O apartamento onde mora é um lugar sombrio. Ele reforma a cozinha à cada duas semanas. Os quadros estão pelo chão. Não há moveis; apenas um velho sofá na sala, um projetor de imagens e uma tv de plasma gigante, que ele só liga pra jogar video-game. Nunca vê os noticiários. É uma forma de estar no mundo, mas ao mesmo tempo não se sentir parte dele.

Fineman tenta fugir das lembranças da esposa e das filhas. As lembranças são dolorosas demais e ele não consegue conviver com isso. Ele já tem que suportar a ausência delas, o vazio infinito advindo dessa ausência, a absoluta sensação de estar perdido num universo gigantesco, a vertiginosa percepção de gravitar em torno do invisível, do intangível.

Um dia, por acaso, Fineman reencontra um antigo amigo de faculdade, Alan Johnson (vivido por Don Cheadle). É quando sua pobre vida triste começa a mudar. Johnson é um dentista que vive para a família e o trabalho, mas sente-se frustrado por ter que se anular o tempo todo. O reencontro de Fineman e Johnson reascende a amizade esquecida e essa nova relação vai ensinar muita coisa aos dois.

A partir desse reencontro, o tema da amizade é explorado com muita sensibilidade e filme mexe com algo que é comum a todos nós: a estranha necessidade de não nos sentirmos sós. Fineman descobre que não está só, enquanto Johnson começa a intuir que aquela amizade pode trazer à tona um lado seu que nem ele mesmo conhecia.

Em tempos difíceis como os nossos, quando as relações são, muitas vezes, movidas por interesses egoístas, é sempre bom ver histórias como essa, que mostram a força da verdadeira amizade. Não importa que seja um pouco idealizado. É bom sonhar de vez em quando.

"Coisa mais linda é você..."



Fernanda Tavares no mar da Grécia, em ensaio para o perfume

"Davidof Cool Water"

Vereador quer censurar Rita Lee

Li a seguinte nota no blog "Panorama Político" da jornalista Ana Ruth Dantas:

Vereador defende que Prefeitura “vete” Rita Lee

"O vereador Carlos Santos se revoltou com a cantora Rita Lee, que se apresentou na última quinta-feira no projeto Natal em Natal. O parlamentar do PR se mostrou indignado pelo fato da roqueira ter testado a popularidade do senador potiguar Garibaldi Filho, no momento em que disse, durante o show, “se o senador for bom aplaudam, se for ruim vaiem”.

“Ela (Rita Lee) orquestrou uma vaia para o senador Garibaldi Filho. Entendo que nós do Rio Grande do Norte não podemos aceitar isso. Garibaldi Filho não é uma questão do PMDB é do Rio Grande do Norte. Ele é o presidente do Senado do Rio Grande do Norte. Não admito que ela incentive a vaia”, disse Carlos Santos.

O vereador ponderou que “Rita Lee é uma boa cantora, fez bom show, mas não pode ferir algo que é nosso”."

Deixei o seguinte comentário no blog da jornalista:

O vereador Carlos Santos deveria se preocupar com outras coisas. Agora ele quer ser censor? Deveria se ocupar em legislar em favor do município pelo qual foi eleito. Desconheço qualquer coisa relevante feita pelo nobre vereador na Câmara Municipal - a não ser que ele considere relevante conceder honrarias às musas do axé baiano.

O verdadeiro artista, vereador, é um vanguardista, um visionário. Ele se move por entre as intermitências do tempo presente e escapa do pensamento único e do senso comum. Quando todos olham para os lados, o artista mira para cima, porque a "novidade" pode estar pairando sobre nossas cabeças. E antes que se precipite a "chuva", ele a traduz em arte, em protesto, em contestação. A verdadeira arte não se alinha à vontade nem dos velhos nem dos novos coronéis.

Deixem o (a) artista livre.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Mais brasileiros na rede mundial de computadores

Em um ano, Brasil tem 1,8 milhão de novos internautas de banda larga

O número de conexões à internet por meio de banda larga no Brasil cresceu 36% entre setembro de 2006 e setembro de 2007, registrando 1,870 milhão de novas conexões. É o que mostra a sétima edição do estudo Barômetro Cisco de Banda Larga, realizado pela IDC Brasil e divulgado nesta terça-feira.

Na comparação com o segundo trimestre deste ano, o aumento foi de 8,3%. Uma das razões das adesões, segundo o estudo, é a queda no preço desses serviços. O crescimento na venda de PCs também estaria ajudando no crescimento da banda larga.

Quase metade das conexões, no entanto, concentra-se no estado de São Paulo (40,1%). O estado também detém 36% das conexões discadas à rede.

O preço das conexões entre 1 e 2 Mbps caiu 30% de setembro deste ano a setembro de 2006, informou o relatório.

Fonte: Folha Online

Quem tem medo da TV Pública?

Em discurso na Câmara Federal, a deputada Manuela D'Ávila (PCdoB-RS) defende a TV Brasil e afirma que a oposição critica a nova rede porque tem o apoio de "grandes grupos privados de comunicação brasileiros, que não se conformam com a aparição de uma alternativa de televisão para o público brasileiro, insatisfeito com os padrões atuais da TV comercial".

Leia abaixo a íntegra do discurso de Manuela na Câmara dos Deputados e reproduzido no site "Vermelho":

Nosso país viveu um ano de profundas transformações, este fato é reconhecido por todas as forças políticas desta Casa. Uma destas grandes transformações foi o início das operações da TV Brasil. Início este ofuscado pela estréia das transmissões da TV digital brasileira. Apesar da estréia tímida, resumida à cidade de São Paulo, a tv digital concentrou todas as atenções, enquanto o verdadeiro salto está sendo dado com o lançamento de um novo veículo de comunicação, que pode vir a cumprir um papel previsto pelos constituintes de 1988 mas nunca concretizado, o de democratizar o acesso às informações.

Ouvi aqui, diversos discursos acusando a iniciativa do governo Lula de se criar uma TV chapa-branca. Mas todos estes ataques caem por terra quando conversamos com a nova presidente da TV, jornalista Tereza Cruvinel.

Um profissional respeitada, tratada com muita deferência por todos os partidos, certamente empresta além de sua competência sua seriedade e sua credibilidade a este novo veículo.

Em entrevista publicada na semana passada, a jornalista afirmava que ''a TV Brasil fará um jornalismo sem adjetivos cromáticos, guiado pelos fatos, pelo equilíbrio e isenção. E independente da boa intenção ou das virtudes de seus dirigentes, a vigilância da sociedade deve prevalecer''.

Não há dúvida de que a TV Brasil será fiscalizada diuturnamente pelos mais diversos segmentos da sociedade. Então qual a razão para tanto temor, o que justifica que um partido entre com uma ação no Supremo Tribunal Federal contra a medida provisória que criou a TV Brasil?

O que teme este partido e os ácidos críticos à nova TV é que ela seja um instrumento da sociedade. A mesma insegurança que move setores da mídia contra o governo Lula, não pelos seus atos administrativos mas pela sua origem popular. Senhor presidente, senhoras e senhores deputados, eu pergunto quem tem medo da TV Brasil?

Os mesmos setores que têm medo do nosso povo e da nossa cultura.

Segmentos que buscam desesperadamente se sentirem mais cultos e urbanos voltando suas vidas para os exemplos norte-americanos de cultura e consumo.

Pessoas que se sentem mais à vontade em Nova York do que no Rio de Janeiro.

Estes setores irão descobrir a riqueza da alma e da cultura de nosso país.

O surgimento de mais uma rede de televisão, e de natureza pública, pode contribuir para o aumento da diversidade na oferta de oportunidades de informação ao cidadão. Quanto maior a diversidade do sistema de radiodifusão, mais democrático ele se torna, permitindo que a sociedade possa formar seus juízos a partir do acesso a um conjunto variado de mensagens que expressem o pluralismo da própria sociedade.

Concluo saudando a nova rede de TV Brasil e afirmando que meu mandato e minha atuação política serão voltados para o sucesso desta iniciativa, que não é iniciativa de um governo, mas é uma conquista para todo o país.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Entrevista Roberta Sá



Roberta Sá falou com exclusividade ao blog após o show no "Auto de Natal", domingo passado (16), no Machadão. Mais de 10 mil pessoas assistiram a apresentação impecável da cantora potiguar radicada no Rio de Janeiro. "Foi o meu maior público", disse uma Roberta visivelmente emocionada.

Nem o probleminha com o retorno atrapalhou o show. No repertório, 12 músicas do segundo cd e sete do "Braseiro", seu primeiro trabalho profissional. A enorme estrutura do palco ficou pequena frente à desenvoltura de uma Roberta Sá supreendentemente desenvolta, levando-se em consideração sua conhecida timidez. Pois nessa noite, ela esqueceu a timidez e tomou conta do pedaço: sem deixar a elegância de lado, caiu no samba e fez todo mundo sambar também.
Particularmente, considero o momento mais marcante quando ela cantou "Samba de Amor e Ódio", faixa do "Que Belo Estranho Dia Para Se Ter Alegria". A voz marcante, a força do olhar, a perfeição dos movimentos, imprimiam ainda mais personalidade ao canto e davam mais amplitude a cada verso.

Nessa rápida entrevista, concedida em seu camarim, Roberta falou da emoção de se apresentar em Natal, comentou o prêmio de melhor cantora de 2007 da APCA, disse que gostaria de ter contato com os compositores potiguares e revelou que já está pensando no próximo cd.

Confira o papo na íntegra:

Contraponto: É a primeira vez que você canta no “Auto de Natal”. Como é que foi essa experiência de ver essa multidão te aplaudindo?

Roberta: Foi maravilhosa a experiência, foi um presente mesmo pra mim, presente de aniversário e de natal, porque eu fazer aniversário daqui a pouquinho, daqui a três dias... Três dias? Eu sou ruim de matemática à beça... Foi um presente, como eu já falei... A gente adorou; eu acho que nunca cantei pra tanta gente; assim, nunca tive um show meu, pelo menos, pra tanta gente. Foi emocionante ver todo mundo curtindo o show, curtir junto com todo mundo. Foi muito bacana.

Contraponto: Os seus fãs de Natal sempre reclamam que você faz poucos shows aqui. Por que isso?

Roberta: Não tem um por que; a gente vem, quando as pessoas chamam a gente ta aqui; é simples assim. Eu vim três vezes esse ano. Vim à beça.

Contraponto: Você foi eleita pela Associação Paulista dos Críticos de Arte (APCA) a melhor cantora do Brasil em 2007. O que é que passa pela sua cabeça quando você recebe um título desses? Hoje você é quase uma unanimidade de crítica, então como é que você encara essa responsabilidade?

Roberta: A gente fica contente. Quando eu falo a gente, digo eu e a minha equipe toda, todo mundo que trabalha, porque a gente trabalha pra caramba. E um prêmio desses é um carinho pra gente que realiza esse trabalho com tanto amor. Então, eu fico muito feliz e, ao mesmo tempo, é uma grande responsabilidade, porque [a APCA] é uma associação super séria. Todo ano os premiados são os maiores da nossa música brasileira. Eu fiquei muito surpresa e não esperava mesmo. Quando eu vi, eu achei até que fosse mentira. Eu falei: “Não, mentira. Não, não fui eu não. Vocês não confundiram o nome não?” (risos). Foi uma surpresa muito boa. Eu tô cheia de presente de natal e de aniversário. O povo não pára de me dar presente, graças a Deus.

Contraponto: Eu queria falar um pouco do “Braseiro”, que foi seu cd de estréia. Quando esse cd foi lançado, a crítica do sul e sudeste o comparou ao cd de estréia da Marisa Monte, dizendo que em termos de estréia, o “Braseiro” foi melhor que o da Marisa Monte. Como você recebeu essa comparação? Há alguma competição?

Roberta: Claro que não, imagina. Imagina gente, não há competição com ninguém. Tem espaço pra todo mundo. A Marisa é uma grande cantora...

Contraponto: É possível uma parceria Marisa-Roberta?

Roberta: Talvez, quem sabe... Eu adoraria. Eu acho que as comparações são inevitáveis. Qualquer pessoa, qualquer artista novo que se lança no mercado, ele logo é encaixado numa categoria, como se fosse numa prateleira. Eles querem te colocar numa prateleira, numa fôrma. Mas depois isso vai acabando e morrendo.

Contraponto: Você acompanha as discussões sobre você e seu trabalho na internet e nas comunidades do Orkut?

Roberta: Olha, quando dá tempo, eu até dou uma olhadinha. Mas na verdade eu acho que a internet é um espaço tão democrático que eu prefiro deixar as pessoas à vontade pra elas discutirem o que elas quiserem. É o espaço que as pessoas têm pra falar o que elas quiserem, pra reclamar se não gostaram de alguma coisa. Então eu não fico vendo muito não. Eu deixo as pessoas livres e à vontade.

Contraponto: Você tem algum contato com compositores potiguares?

Roberta: Infelizmente não tenho nenhum contato com os compositores potiguares. Adoraria que eles me mandassem músicas, mas simplesmente não aconteceu, por incrível que pareça. Eu nunca recebi músicas de compositores potiguares. Engraçado, né?

Contraponto: “Que Belo Estranho Dia” é recente ainda. Mas você já ta pensando em alguma coisa pra um novo trabalho?

Roberta: Cara, sempre que eu termino um disco, eu já to pensando no outro. Eu gosto muito de fazer disco, de pensar o disco. E pra ele sair sempre do jeito que eu quero, eu tenho que pensar durante muito tempo. Esse segundo, quando eu lancei o “Braseiro”, eu já tinha idéia mais ou menos do que eu queria fazer. E aí eu já tenho idéia mais ou menos pro próximo. Mas muda muito. Daqui pra lá, daqui pra fazer muda tudo.

Contraponto: Há pouco tempo havia uma discussão na sua comunidade no Orkut que perguntava assim: Roberta Sá é do samba ou da moda? A chance agora é sua de responder.

Roberta: Eu sou da Música Popular Brasileira, incluindo o samba. Eu não sou nem do samba nem da moda. Eu faço o que eu escuto e a música brasileira que eu amo e acredito.

Contraponto: Você ta feliz com a repercussão do seu trabalho?

Roberta: Poxa, como não, né? (risos) Tô muito feliz com a repercussão do trabalho, tô feliz em ta trabalhando com as pessoas que eu gosto e que eu quero. Aquilo ali que eu falei no show procede, a minha equipe, os meus músicos, eles são uma família pra mim. Sabe quando o trabalho tem uma energia boa? Tá todo mundo trabalhando pro bem; isso é o que importa de verdade. Acho que o público sente e devolve essa energia.


Correção


O show de Roberta Sá foi no "Festival de Música de Natal", não no "Auto de Natal", como escrevi acima.