terça-feira, 3 de junho de 2008

Jornalista 'bosta'

Li um comentário no blog de Ailton Medeiros que dizia assim: "todo jornalista bosta gosta de bater nos outros".

Não sei o que o nobre leitor daquele blog chama de "bater nos outros". Mas, pelo visto, ele deve ser daqueles que acham que jornalista é um ser iluminado, senhor de toda razão, que vive num nível de existência acima dos simples mortais. Alguém assim não poder ser questionado nem contrariado, porque nunca comete erros, nunca está equivocado e nunca age por interesse próprio.

Eu penso diferente - muito difirente. Jornalistas, geralmente, confundem a profissão com status e só estão interessados em glamour. Há raras excessões, honrados jornalistas que ainda acreditam que fazer jornalismo é, antes de tudo, servir à sociedade, mesmo que seja necessário desafiar tudo e todos - principalmente os poderosos.

"Jornalista bosta" é aquele que abdica do senso crítico e serve aos donos do jogo com fidelidade canina, traindo os ideias que ele mesmo, quando recebeu o seu diploma, jurou defender.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Intimidade Virtual

O velho divã está dando lugar à internet e os relacionamentos virtuais estão virando moda entre adolescentes e jovens.

A Folha de São Paulo de ontem (segunda-feira, 2) trouxe uma matéria interessante sobre o tema, mostrando que os teens estão aderindo às amizades virtuais e trocando confidências com pessoas que só conhecem no frio ambiente do ciberespaço.

De acordo com a matéria, a vantagem de "se abrir" com amigos virtuais é não ter que "enfrentar o julgamento de amigos reais".

Andréa Jotta, psicóloga do Núcleo de Pesquisa de Psicologia e Informática da PUC, ouvida pelo jornal, vê "o aprofundamento das amizades virtuais" como um "processo natural". "O virtual está fazendo cada vez mais parte do real", observou à Folha.

Nos relacionamentos pela internet, ponderou a psicóloga, não existe a necessidade da "aceitação social", porque as pessoas não convivem umas com as outras.

Ela alerta, porém, para os perigos dos relacionamentos virtuais. O maior risco é não ter certeza sobre a identidade do outro, porque no mundo da internet as pessoas podem criar e assumir qualquer identidade.

"Não dá para acreditar em identidades virtuais. É preciso fazer o teste para se certificar de que aquela pessoa que está do outro lado do computador é real", orienta.

domingo, 1 de junho de 2008

O poder faz a diferença

Geraldo Alckmimn (PSDB), quando era governador de São Paulo, abafou várias CPIs que pretendiam investigar supostas irregularidades em seu governo. José Serra (PSDB) é quem governa São Paulo atualmente e usa a mesma estratégia do seu predecessor.

Enrolados com o escândalo da Alstom, Serra e Alckmin agora adotam discursos diferentes. Serra diz que "não há o que investigar", enquanto Alckmin defende a investigação e a "punição exemplar dos envolvidos".

A multinacional francesa, segundo o Ministério Público da Suíça, pagou R$ 13,5 milhões em propinas para políticos e autoridades de SP, entre 1998 e 2001, quando o Estado foi governado pelos tucanos Mário Covas e Alckmin.

O que aconteceu para Alckmin mudar e, somente agora, defender a "apuração, investigação e punição exemplar"?

É simples: Alckmin não está no poder. José Serra está e faz valer o peso desse poder para sufocar as investigações na Assembléia Legislativa de SP.

O discurso de Alckmin é o discurso da conveniência, falácia de alguém que é candidato e precisa dar respostas rápidas ao eleitorado, para não ficar mal na fita.

Ele não vai dizer nunca que "não há o que investigar", como disse Serra. Isso lhe custaria alguns preciosos votos numa disputa eleitoral que promete ser acirrada.

Estar ou não no poder faz toda a diferença.

O Mais Querido vence mais uma na Série B


Gama 0 x 2 ABC