Relato de incidente lembra o que não se pode esquecer
Pode não parecer, mas a atividade parlamentar a portas abertas, como na tomada de depoimentos em CPIs, é altamente coreografada – devido à presença da mídia.
Raras, nessas situações, são as manifestações verdadeiramente espontâneas dos políticos. Lembram-se de quando o senador petista Eduardo Suplicy foi à tribuna anunciar bombasticamente o seu apoio à CPI dos Correios? Eram 7 da noite, a tempo, portanto, de entrar no Jornal Nacional de logo mais.
À falta de um instrumento para medir objetivamente o oportunismo dos políticos quando se manifestam ou se exibem no Congresso, a imprensa não tem outro remédio a não ser registrar o que lhe é dado ver, e o leitor ou espectador que julgue por si.
Isso não quer dizer que não aconteçam no dia-a-dia do Legislativo fatos fora do script. Mas, por serem geralmente tidos como irrelevantes, não entram para a história.
É onde a mídia erra: irrelevante pode ser o fato em si, mas não o que eventualmente revela sobre o caráter do político que o protagonizou – ou confirma o que se sabe sobre.
Palmas para a Folha, portanto, por não ter “deletado” da edição de hoje o incidente entre o senador Antonio Carlos Magalhães e uma senhora, desempregada, cujo pai, segundo ela, foi torturado e morto pela ditadura.
Embora errasse ao colocar no mesmo saco o incidente da véspera e o bate-boca de cinco dias atrás entre ACM e o senador petista Aloizio Mercadante – porque este é da vida política e aquele é vida real –, só a Folha, entre os três grandes, noticiou que “senador xinga mulher que o acusa de ter apoiado a ditadura”.
Na sessão da CPI dos Bingos em que foram exibidas imagens do corpo do assassinado prefeito de Santo André, Celso Daniel, com marcas de tortura, ACM pediu um replay para depois deixar o senador Suplicy numa saia justa.
O PT sustenta que Daniel foi vítima de crime comum. A tortura indica o contrário. Exibidas as fotos, ACM voltou-se para Suplicy, perguntando-lhe se ele achava que o prefeito havia sido torturado. O petista disse acreditar que sim.
Depois, no momento em que saía da sala, ACM foi abordado por Rosa Cimiana dos Santos, de 46 anos. “Você não tem moral para falar em tortura porque você fez parte e apoiou a ditadura responsável pela morte e tortura de muitos brasileiros”, acusou-o Rosa, segundo a Folha.
ACM pode ter sido a favor ou contra a tortura. O certo é que, salvo prova em contrário, nunca a condenou enquanto era prática corrente no regime do qual era um dos baluartes civis.
A reação de ACM, de 78 anos, conforme registrada na matéria da Folha: “Venha conversar comigo aqui [fora da sala], sua p…" [no jornal o palavrão está por extenso].
Alguém poderá dizer que do quase octogenário político baiano não se poderia esperar outra coisa. Ainda assim, a Folha fez a coisa certa ao descrever o episódio, contar quem é a acusadora e fechar a matéria com estas irrefutáveis palavras:
“Fiquei espantada com a posição do senador ACM, que disse ter ficado chocado com as imagens das torturas sofridas pelo prefeito Celso Daniel. Se ele e outros senadores quiserem saber o que é tortura, bastam cinco minutos de conversa com integrantes de famílias que tiveram parentes desaparecidos durante a ditadura.”
É também um alento quando um grande jornal, pela voz da protagonista de um episódio aparentemente sem importância, traz a valor presente as dívidas dos políticos que contribuíram para um passado cujos horrores não se podem esquecer.
Blog do jornalista Luiz Weis (Verbo Solto)
sexta-feira, 27 de janeiro de 2006
Salário Mínimo
Poder de compra do mínimo aumenta 70%
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse ontem (26) que o governo federal está perto de conseguir dobrar o poder de compra do salário mínimo.
"Estamos chegando muito próximo de dobrar", afirmou o ministro, em entrevista coletiva concedida a emissoras de rádio da Radiobras.
Marinho afirmou que a decisão de aumentar o mínimo de R$ 300 para R$ 350 reflete o compromisso de melhorar a distribuição de renda e a justiça social no país.
Segundo ele, em março de 2003, era possível comprar 1,3 cesta básica com o mínimo, que valia R$ 200. De acordo com o ministro, com R$ 350 o trabalhador poderá comprar 2,2 cestas básicas. O aumento no poder de compra é de 70%.
Outras comparações dizem respeito à relação entre o valor do salário mínimo e os preços do feijão, do arroz e do cimento. "Em janeiro de 2003, o salário mínimo comprava 63 quilos de feijão e passará a comprar agora 133 quilos; comprava 11 sacos de cimento, passará a comprar 20 sacos de cimento; comprava 131 quilos de arroz, passará a comprar 257 quilos", exemplificou.
Na entrevista, o ministro defendeu que "Estados em melhores condições" adotem outros valores para o mínimo, desde que não sejam inferiores ao piso nacional.
"Temos que ter um piso nacional e, a partir daí, cada Estado pode adequar a sua condição em caso de ter essa condição melhor", disse Marinho. Ele citou o exemplo dos governos do Rio Grande do Sul e do Paraná, que já definiram um valor regionalizado.
Agência Brasil
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse ontem (26) que o governo federal está perto de conseguir dobrar o poder de compra do salário mínimo.
"Estamos chegando muito próximo de dobrar", afirmou o ministro, em entrevista coletiva concedida a emissoras de rádio da Radiobras.
Marinho afirmou que a decisão de aumentar o mínimo de R$ 300 para R$ 350 reflete o compromisso de melhorar a distribuição de renda e a justiça social no país.
Segundo ele, em março de 2003, era possível comprar 1,3 cesta básica com o mínimo, que valia R$ 200. De acordo com o ministro, com R$ 350 o trabalhador poderá comprar 2,2 cestas básicas. O aumento no poder de compra é de 70%.
Outras comparações dizem respeito à relação entre o valor do salário mínimo e os preços do feijão, do arroz e do cimento. "Em janeiro de 2003, o salário mínimo comprava 63 quilos de feijão e passará a comprar agora 133 quilos; comprava 11 sacos de cimento, passará a comprar 20 sacos de cimento; comprava 131 quilos de arroz, passará a comprar 257 quilos", exemplificou.
Na entrevista, o ministro defendeu que "Estados em melhores condições" adotem outros valores para o mínimo, desde que não sejam inferiores ao piso nacional.
"Temos que ter um piso nacional e, a partir daí, cada Estado pode adequar a sua condição em caso de ter essa condição melhor", disse Marinho. Ele citou o exemplo dos governos do Rio Grande do Sul e do Paraná, que já definiram um valor regionalizado.
Agência Brasil
quinta-feira, 26 de janeiro de 2006
Dois pesos, duas medidas
Cara de um, focinho de outro
Sairá caro para o PSDB o papelão que faz desde ontem no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Seus representantes ali foram orientados a votar contra o pedido de cassação do mandato do deputado Roberto Brant (PFL-MG).
O PFL apoiará o candidato do PSDB à sucessão de Lula. E os dois partidos movem dura oposição ao governo Lula.
Brant foi acusado de ter recebido R$ 108 mil da empresa Usiminas via Marcos Valério para sua campanha como candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2004.
Não declarou o dinheiro à Justiça Eleitoral.
Membro da CPI dos Correios que recomendou a cassação do mandato de Brant, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) é também membro do Conselho de Ética.
Fruet foi chamado ontem à noite ao gabinete de Alberto Goldman (SP), líder do PSDB na Câmara. E ouviu dele que deveria votar pela absolvição de Brant.
- Como posso desfazer no Conselho de Ética o trabalho que ajudei a fazer na CPI dos Correios? Seria uma incoerência - argumentou Fruet.
Goldman insistiu para que ele fosse incoerente mesmo assim.
- Mas essa é uma posição do partido? O partido vai lançar nota oficial defendendo a absolvição de Brant? - perguntou Fruet.
- Não podemos chegar a tanto - respondeu Goldman.
Então Fruet pediu para ser substituído no Conselho. E acabou sendo pelo deputado Juthay Magalhães Jr., futuro líder do PSDB na Câmara.
- Estou aqui só para votar em favor de Brant - disse Juthay ao chegar esta manhã para a reunião do Conselho.
Uma vez que votou, deu seu lugar ao suplente do PSDB no Conselho, o deputado Mendes Thame (PSDB-SP), que faltou à reunião de julgamento de Brant porque estava em São Paulo cuidando da saúde.
Mas voltou a Brasília a tempo de votar no Conselho esta tarde pela cassação do mandato do deputado Professor Luizinho (PT-SP), acusado de ter embolsado R$ 20 mil de Marcos Valério.
Esse é o PSDB que bate duro no PT (com razão) e que se diz diferente dele (sem razão).
Fonte: Blog do Noblat (www.blogdonoblat.com.br)
Entelinhas (o que Noblat esqueceu de dizer)...
Ricardo Noblat esqueceu de falar do discurso fajuto do PFL, que se arvora como defensor da moralidade pública, mas que, na verdade, é um partido que abriga as maiores ratazanas de nossa terra tupiniquim.
O que dizer do Rodrigo Maia (PFL-RJ), por exemplo? O dublê de deputado, que é filho do menino maluquinho (César Maia, prefeito do Rio de Janeiro), tentou de tudo para livrar a cara do pilantra do Brant, que recebeu mais de 100 mil reais de Marcos Valério. Depois vem acusar José Dirceu de ser chefe do "mensalão". Durma-se com uma dessas...
Ainda vem depois dizer que não houve tentativa de acordão para absolver Roberto Brant. Ta pensando que o povo é idiota?
Sairá caro para o PSDB o papelão que faz desde ontem no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.
Seus representantes ali foram orientados a votar contra o pedido de cassação do mandato do deputado Roberto Brant (PFL-MG).
O PFL apoiará o candidato do PSDB à sucessão de Lula. E os dois partidos movem dura oposição ao governo Lula.
Brant foi acusado de ter recebido R$ 108 mil da empresa Usiminas via Marcos Valério para sua campanha como candidato a prefeito de Belo Horizonte em 2004.
Não declarou o dinheiro à Justiça Eleitoral.
Membro da CPI dos Correios que recomendou a cassação do mandato de Brant, o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR) é também membro do Conselho de Ética.
Fruet foi chamado ontem à noite ao gabinete de Alberto Goldman (SP), líder do PSDB na Câmara. E ouviu dele que deveria votar pela absolvição de Brant.
- Como posso desfazer no Conselho de Ética o trabalho que ajudei a fazer na CPI dos Correios? Seria uma incoerência - argumentou Fruet.
Goldman insistiu para que ele fosse incoerente mesmo assim.
- Mas essa é uma posição do partido? O partido vai lançar nota oficial defendendo a absolvição de Brant? - perguntou Fruet.
- Não podemos chegar a tanto - respondeu Goldman.
Então Fruet pediu para ser substituído no Conselho. E acabou sendo pelo deputado Juthay Magalhães Jr., futuro líder do PSDB na Câmara.
- Estou aqui só para votar em favor de Brant - disse Juthay ao chegar esta manhã para a reunião do Conselho.
Uma vez que votou, deu seu lugar ao suplente do PSDB no Conselho, o deputado Mendes Thame (PSDB-SP), que faltou à reunião de julgamento de Brant porque estava em São Paulo cuidando da saúde.
Mas voltou a Brasília a tempo de votar no Conselho esta tarde pela cassação do mandato do deputado Professor Luizinho (PT-SP), acusado de ter embolsado R$ 20 mil de Marcos Valério.
Esse é o PSDB que bate duro no PT (com razão) e que se diz diferente dele (sem razão).
Fonte: Blog do Noblat (www.blogdonoblat.com.br)
Entelinhas (o que Noblat esqueceu de dizer)...
Ricardo Noblat esqueceu de falar do discurso fajuto do PFL, que se arvora como defensor da moralidade pública, mas que, na verdade, é um partido que abriga as maiores ratazanas de nossa terra tupiniquim.
O que dizer do Rodrigo Maia (PFL-RJ), por exemplo? O dublê de deputado, que é filho do menino maluquinho (César Maia, prefeito do Rio de Janeiro), tentou de tudo para livrar a cara do pilantra do Brant, que recebeu mais de 100 mil reais de Marcos Valério. Depois vem acusar José Dirceu de ser chefe do "mensalão". Durma-se com uma dessas...
Ainda vem depois dizer que não houve tentativa de acordão para absolver Roberto Brant. Ta pensando que o povo é idiota?
Contra Lula, é Serra
Jogo de cena tucano
O alto comando do PSDB encena a peça “Como descer do muro e escolher afinal o melhor candidato para concorrer com Lula”.
Ela ficará em cartaz até meados de março, pelo menos. O governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra terão de largar seus respectivos cargos antes do fim de março se quiserem disputar as eleições de outubro.
Mas o desfecho da peça está na mente e nos corações dos seus autores – gente como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Tasso Jereissati (CE), presidente do partido, e o governador Aécio Neves.
E só será reescrito se o distinto público reagir por antecipação contra ele - é pouco provável.
Descerá o pano depois que o nome de Serra for anunciado como candidato à sucessão de Lula.
Em seguida, e tendo o povo como co-autor, começará a ser encenada a peça “A Peleja do Homem que Sabe Tudo contra o Homem que Não Sabia de Nada”.
Pois este é um dos defeitos de Serra: imaginar-se um sábio e derrapar na arrogância.
E este é um dos defeitos de Lula: jurar que não sabia de nada e se dizer traído. A ser apontado como cúmplice de irregularidades, prefere ser tido como um inepto. No mínimo, é o que ele é.
Há razões de sobra para que o candidato seja Serra. Em conversa recente com amigos, ele próprio confidenciou uma: “Nesse partido tem fila. E eu sou o primeiro da fila”.
Serra sacrificou-se pelo PSDB em 2002 disputando a eleição como candidato de um governo impopular. Não abre mão de tentar derrotar agora quem antes lhe derrotou.
Alckmin tem idade para esperar - Serra, não. Em 2010, haverá o próprio Alckmin, Aécio Neves e sabe-se lá mais quem na fila.
Sem falar que Serra abre larga vantagem sobre Alckmin nas pesquisas eleitorais quando ambos são confrontados com Lula.
Sem falar que Serra é o queridinho do PFL.
Sem falar ainda que Lula chegará a março mais forte.
Estão por refletir na imagem dele os efeitos positivos dos reajustes do salário mínimo e da tabela do Imposto de Renda, da operação tapa-buraco e de tantos outros mimos que Lula ainda distribuirá.
A recuperação de Lula selou dentro do PSDB a escolha de Serra para enfrentá-lo.
Fonte: Blog do Noblat (www.blogdonoblat.com.br)
O alto comando do PSDB encena a peça “Como descer do muro e escolher afinal o melhor candidato para concorrer com Lula”.
Ela ficará em cartaz até meados de março, pelo menos. O governador Geraldo Alckmin e o prefeito José Serra terão de largar seus respectivos cargos antes do fim de março se quiserem disputar as eleições de outubro.
Mas o desfecho da peça está na mente e nos corações dos seus autores – gente como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador Tasso Jereissati (CE), presidente do partido, e o governador Aécio Neves.
E só será reescrito se o distinto público reagir por antecipação contra ele - é pouco provável.
Descerá o pano depois que o nome de Serra for anunciado como candidato à sucessão de Lula.
Em seguida, e tendo o povo como co-autor, começará a ser encenada a peça “A Peleja do Homem que Sabe Tudo contra o Homem que Não Sabia de Nada”.
Pois este é um dos defeitos de Serra: imaginar-se um sábio e derrapar na arrogância.
E este é um dos defeitos de Lula: jurar que não sabia de nada e se dizer traído. A ser apontado como cúmplice de irregularidades, prefere ser tido como um inepto. No mínimo, é o que ele é.
Há razões de sobra para que o candidato seja Serra. Em conversa recente com amigos, ele próprio confidenciou uma: “Nesse partido tem fila. E eu sou o primeiro da fila”.
Serra sacrificou-se pelo PSDB em 2002 disputando a eleição como candidato de um governo impopular. Não abre mão de tentar derrotar agora quem antes lhe derrotou.
Alckmin tem idade para esperar - Serra, não. Em 2010, haverá o próprio Alckmin, Aécio Neves e sabe-se lá mais quem na fila.
Sem falar que Serra abre larga vantagem sobre Alckmin nas pesquisas eleitorais quando ambos são confrontados com Lula.
Sem falar que Serra é o queridinho do PFL.
Sem falar ainda que Lula chegará a março mais forte.
Estão por refletir na imagem dele os efeitos positivos dos reajustes do salário mínimo e da tabela do Imposto de Renda, da operação tapa-buraco e de tantos outros mimos que Lula ainda distribuirá.
A recuperação de Lula selou dentro do PSDB a escolha de Serra para enfrentá-lo.
Fonte: Blog do Noblat (www.blogdonoblat.com.br)
quarta-feira, 25 de janeiro de 2006
"Reeleição de Lula é fundamental para América Latina"
América Latina teme derrota de Lula, dizem petistas no Fórum Social Mundial
Dirigentes do PT admitiram nesta quarta-feira naVenezuela que perceberam a preocupação entre os participantes do 6º Fórum Social Mundial (FSM) com uma eventual derrota eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais brasileiras.
O secretário-geral do PT, Raul Pont, disse à EFE que tem mostrado "aos preocupados" que pesquisas recentes apontam Lula como favorito, embora algumas indiquem um empate técnico com o prefeito de São Paulo, José Serra, do PSDB.
Pont acrescentou que, em breve, o PT fará suas próprias pesquisas e disse acreditar que o presidente se distanciará de Serra e outros candidatos nas eleições presidenciais de 1º de outubro.
Mais cedo, o chefe de Relações Internacionais do PT, disse, em entrevista coletiva, que "para a América Latina, a reeleição de Lula é fundamental". Ele também identificou temores de "uma regressão" da esquerda regional com a eventual derrota do partido do presidente brasileiro nas urnas.
De qualquer forma, Pomar reconheceu que o PT "já está em campanha". Ele duvidou que Lula tenha acusado seu partido de atrapalhar sua gestão, como afirmam versões da imprensa, que o chefe de Relações Internacionais do partido considera "exageradas". Os meios de comunicação brasileiros, segundo Pomar, consideram o presidente venezuelano, Hugo Chávez, "ditador e autoritário" e afirmam que ele acabou com a propriedade privada na Venezuela.
"No Brasil, se apresenta um Chávez muito diferente", acrescentou, e atribuiu às mesmas fontes jornalísticas uma tentativa de dividir "as forças progressistas" latino-americanas, ao chamar o governo Lula de "esquerda light" e o de Chávez de "esquerda radical". "Esta é a mesma intenção, muito clara", do Governo dos EUA e "nós não estamos nesse jogo", acrescentou.
O PT é uma das dezenas de organizações políticas e sociais brasileiras que participam do FSM em Caracas. Há aproximadamente 8.000 ativistas brasileiros entre os cerca de 70 mil de vários países que participam do encontro iniciado na terça-feira e que se estenderá até domingo na capital venezuelana.
Fonte: UOL Últimas Notícias
Dirigentes do PT admitiram nesta quarta-feira naVenezuela que perceberam a preocupação entre os participantes do 6º Fórum Social Mundial (FSM) com uma eventual derrota eleitoral de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais brasileiras.
O secretário-geral do PT, Raul Pont, disse à EFE que tem mostrado "aos preocupados" que pesquisas recentes apontam Lula como favorito, embora algumas indiquem um empate técnico com o prefeito de São Paulo, José Serra, do PSDB.
Pont acrescentou que, em breve, o PT fará suas próprias pesquisas e disse acreditar que o presidente se distanciará de Serra e outros candidatos nas eleições presidenciais de 1º de outubro.
Mais cedo, o chefe de Relações Internacionais do PT, disse, em entrevista coletiva, que "para a América Latina, a reeleição de Lula é fundamental". Ele também identificou temores de "uma regressão" da esquerda regional com a eventual derrota do partido do presidente brasileiro nas urnas.
De qualquer forma, Pomar reconheceu que o PT "já está em campanha". Ele duvidou que Lula tenha acusado seu partido de atrapalhar sua gestão, como afirmam versões da imprensa, que o chefe de Relações Internacionais do partido considera "exageradas". Os meios de comunicação brasileiros, segundo Pomar, consideram o presidente venezuelano, Hugo Chávez, "ditador e autoritário" e afirmam que ele acabou com a propriedade privada na Venezuela.
"No Brasil, se apresenta um Chávez muito diferente", acrescentou, e atribuiu às mesmas fontes jornalísticas uma tentativa de dividir "as forças progressistas" latino-americanas, ao chamar o governo Lula de "esquerda light" e o de Chávez de "esquerda radical". "Esta é a mesma intenção, muito clara", do Governo dos EUA e "nós não estamos nesse jogo", acrescentou.
O PT é uma das dezenas de organizações políticas e sociais brasileiras que participam do FSM em Caracas. Há aproximadamente 8.000 ativistas brasileiros entre os cerca de 70 mil de vários países que participam do encontro iniciado na terça-feira e que se estenderá até domingo na capital venezuelana.
Fonte: UOL Últimas Notícias
Bolsa Família
Comprovação da freqüência escolar no Bolsa Família ultrapassa meta, revela MEC
Nos meses de agosto e setembro do ano passado, 77% das crianças e adolescentes de 6 a 15 anos que recebem recursos do programa Bolsa Família tiveram a freqüência escolar acompanhada pelo Ministério da Educação (MEC).
O número ultrapassou a meta do programa, que era chegar ao fim do ano com 70% do acompanhamento da freqüência escolar. "Ultrapassamos a meta, o que é essencial para que possamos quebrar a desigualdade entre gerações investindo na educação", afirmou o secretário executivo do ministério, Jairo Jorge da Silva.
Dos 5.562 municípios brasileiros, apenas 15 deixaram de repassar os dados ao ministério. O número de escolas que informaram a freqüência dos alunos beneficiados pelo programa passou de 80% no levantamento anterior para 90,8% do total.
A freqüência escolar de pelo 85% de cada criança inscrita no Bolsa Família é uma das condições para receber o benefício. Atualmente, o programa atende 13,3 milhões de crianças com idade entre 6 e 15 anos.
Agência Brasil
Nos meses de agosto e setembro do ano passado, 77% das crianças e adolescentes de 6 a 15 anos que recebem recursos do programa Bolsa Família tiveram a freqüência escolar acompanhada pelo Ministério da Educação (MEC).
O número ultrapassou a meta do programa, que era chegar ao fim do ano com 70% do acompanhamento da freqüência escolar. "Ultrapassamos a meta, o que é essencial para que possamos quebrar a desigualdade entre gerações investindo na educação", afirmou o secretário executivo do ministério, Jairo Jorge da Silva.
Dos 5.562 municípios brasileiros, apenas 15 deixaram de repassar os dados ao ministério. O número de escolas que informaram a freqüência dos alunos beneficiados pelo programa passou de 80% no levantamento anterior para 90,8% do total.
A freqüência escolar de pelo 85% de cada criança inscrita no Bolsa Família é uma das condições para receber o benefício. Atualmente, o programa atende 13,3 milhões de crianças com idade entre 6 e 15 anos.
Agência Brasil
Fórum Social Mundial 2006, Policêntrico
Esquerda desfila pelas ruas de Caracas
Marcha de abertura do sexto Fórum Social Mundial faz valer a máxima de que a rua é o lugar das massas - e da esquerda. Cerca de 20 mil pessoas tomaram as ruas de Caracas contra a guerra e o imperialismo.
A esquerda se apresentou às ruas de Caracas para abrir oficialmente a sexta edição do Fórum Social Mundial, na tarde desta terça-feira (24). Compacta em relação aos eventos anteriores, mas bastante efetiva, cerca de 20 mil pessoas manifestaram, com muita energia, descontentamento e insatisfação contra a guerra e o atual modelo neoliberal. Grande parte dos participantes não poupou esforços para gritar, principalmente contra o capitalismo. Muitos se apresentavam de maneira simbólica, apaixonada e descontraída, enrolados em bandeiras vermelhas da antiga União Soviética ou empunhando réplicas de facões, figuras tradicionais da luta no campo.
Defensores do meio ambiente, do direito das minorias, sindicalistas, feministas e militantes da comunicação comunitária, entre outros, deram um caráter de diversidade à manifestação, que foi ganhando volume e as vias da capital Venezuelana até chegar no Passeo los Próceres, onde uma série de concertos de música popular aguardava os manifestantes.
A marcha de abertura também marcou o início das 2.200 atividades oficiais do sexto Fórum Social Mundial, que começam hoje, em vários pontos da cidade.
Marcha de abertura do sexto Fórum Social Mundial faz valer a máxima de que a rua é o lugar das massas - e da esquerda. Cerca de 20 mil pessoas tomaram as ruas de Caracas contra a guerra e o imperialismo.
A esquerda se apresentou às ruas de Caracas para abrir oficialmente a sexta edição do Fórum Social Mundial, na tarde desta terça-feira (24). Compacta em relação aos eventos anteriores, mas bastante efetiva, cerca de 20 mil pessoas manifestaram, com muita energia, descontentamento e insatisfação contra a guerra e o atual modelo neoliberal. Grande parte dos participantes não poupou esforços para gritar, principalmente contra o capitalismo. Muitos se apresentavam de maneira simbólica, apaixonada e descontraída, enrolados em bandeiras vermelhas da antiga União Soviética ou empunhando réplicas de facões, figuras tradicionais da luta no campo.
Defensores do meio ambiente, do direito das minorias, sindicalistas, feministas e militantes da comunicação comunitária, entre outros, deram um caráter de diversidade à manifestação, que foi ganhando volume e as vias da capital Venezuelana até chegar no Passeo los Próceres, onde uma série de concertos de música popular aguardava os manifestantes.
A marcha de abertura também marcou o início das 2.200 atividades oficiais do sexto Fórum Social Mundial, que começam hoje, em vários pontos da cidade.
terça-feira, 24 de janeiro de 2006
Mainardi é um cara de pau
Mainardi defende secretário de Alckmim e pede votos para o tucano
Diogo Mainardi nunca escondeu seu ódio pelo PT nem sua admiração pelo neoliberalismo. Entretanto, o articulista da revista Veja nunca havia exibido tão claramente a plumagem tucana como o fez na sua coluna desta semana na publicação da Editora Abril.
A pretexto de exaltar o secretário de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita, apresentado no título como "O intelectual de Alckmin", Mainardi aproveita o espaço que tem na revista mais lida do país para fazer campanha para os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin (preferido pelo dublê de jornalista), que disputam a vaga de candidato à Presidência da República pelo PSDB.
Segundo Mainardi, Gabriel Chalita "é o sábio de cartola do alckminismo". Como prova de tal sabedoria, o colunista de Veja cita que Chalita já publicou 39 livros em 36 anos de vida. Entre tantas obras, destaca-se o impagável Seis Lições de Solidariedade com Lu Alckmin, ninguém menos que a esposa do governador Geraldo Alckmin.
Outra pérola de Gabriel Chalita é a biografia da cantora Vanusa, A Vida Não Pode Ser Só Isso, escrita em 1997.
Mainardi também faz suas previsões políticas: "Seja quem for o candidato presidencial do PSDB, ele ganha de Lula. (...) Com Alckmin no Palácio do Planalto, Chalita será alçado à condição de Rasputin brasiliense. Alckmin tem grande consideração por ele".
Finaliza a coluna com uma indisfarcável declaração de amor ao tucano Geraldo Alckmin: "Fico enauseado só de ouvir falar em Lula e em lulistas. Para quem não agüentava mais essa gente, como eu, a chegada ao poder de Vanusa e do Visconde de Sabugosa (Chalita) é uma liberação".
O que Diogo Mainardi não diz é que o mesmo Geraldo Alckmin, generosamente, doou uma fazenda de 87 hectares a um grupo da Renovação Carismática Católica ligado a Gabriel Chalita. A fazenda que fica no município de Lorena, era pretendida pelo Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) para fins de reforma agrária.
A notícia sobre a doação da fazenda saiu na reportagem publicada no último sábado (20) pelo jornal Folha de S.Paulo. A edição 1940 da Veja é de 25 de janeiro de 2006. Providencial coincidência!
Vale à pena relembrar um trecho do livro de Mainardi, onde ele assume sua condição de vendido com todas as letras: "Hoje em dia, só dou opinião sobre algo mediante pagamento antecipado. Quando me mandam um e-mail, não respondo, porque me recuso a escrever de graça. Quando minha mulher pede uma opinião sobre uma roupa, fico quieto, à espera de uma moedinha. (Diogo Mainardi, "A tapas e pontapés", orelha, Editora Record, 2004)"
Quantas moedinhas Mainardi terá recebido de Geraldo Alckmin e Gabriel Chalita? Há algo de podre no reino dos bandeirantes...
Diogo Mainardi nunca escondeu seu ódio pelo PT nem sua admiração pelo neoliberalismo. Entretanto, o articulista da revista Veja nunca havia exibido tão claramente a plumagem tucana como o fez na sua coluna desta semana na publicação da Editora Abril.
A pretexto de exaltar o secretário de Educação de São Paulo, Gabriel Chalita, apresentado no título como "O intelectual de Alckmin", Mainardi aproveita o espaço que tem na revista mais lida do país para fazer campanha para os tucanos José Serra e Geraldo Alckmin (preferido pelo dublê de jornalista), que disputam a vaga de candidato à Presidência da República pelo PSDB.
Segundo Mainardi, Gabriel Chalita "é o sábio de cartola do alckminismo". Como prova de tal sabedoria, o colunista de Veja cita que Chalita já publicou 39 livros em 36 anos de vida. Entre tantas obras, destaca-se o impagável Seis Lições de Solidariedade com Lu Alckmin, ninguém menos que a esposa do governador Geraldo Alckmin.
Outra pérola de Gabriel Chalita é a biografia da cantora Vanusa, A Vida Não Pode Ser Só Isso, escrita em 1997.
Mainardi também faz suas previsões políticas: "Seja quem for o candidato presidencial do PSDB, ele ganha de Lula. (...) Com Alckmin no Palácio do Planalto, Chalita será alçado à condição de Rasputin brasiliense. Alckmin tem grande consideração por ele".
Finaliza a coluna com uma indisfarcável declaração de amor ao tucano Geraldo Alckmin: "Fico enauseado só de ouvir falar em Lula e em lulistas. Para quem não agüentava mais essa gente, como eu, a chegada ao poder de Vanusa e do Visconde de Sabugosa (Chalita) é uma liberação".
O que Diogo Mainardi não diz é que o mesmo Geraldo Alckmin, generosamente, doou uma fazenda de 87 hectares a um grupo da Renovação Carismática Católica ligado a Gabriel Chalita. A fazenda que fica no município de Lorena, era pretendida pelo Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) para fins de reforma agrária.
A notícia sobre a doação da fazenda saiu na reportagem publicada no último sábado (20) pelo jornal Folha de S.Paulo. A edição 1940 da Veja é de 25 de janeiro de 2006. Providencial coincidência!
Vale à pena relembrar um trecho do livro de Mainardi, onde ele assume sua condição de vendido com todas as letras: "Hoje em dia, só dou opinião sobre algo mediante pagamento antecipado. Quando me mandam um e-mail, não respondo, porque me recuso a escrever de graça. Quando minha mulher pede uma opinião sobre uma roupa, fico quieto, à espera de uma moedinha. (Diogo Mainardi, "A tapas e pontapés", orelha, Editora Record, 2004)"
Quantas moedinhas Mainardi terá recebido de Geraldo Alckmin e Gabriel Chalita? Há algo de podre no reino dos bandeirantes...
Mídia Alternativa e Movimentos Sociais
Jornalista equatoriano defende união entre mídia alternativa e movimentos sociais
A reunião termina em uma das espaçosas salas do Hilton, em frente à Praça Venezuela, centro nervoso da capital e do 6º Fórum Social Mundial. O luxuoso e antigo hotel estatal acabava de abrigar um encontro entre repórteres de veículos alternativos latino-americanos. O coordenador da reunião passa para apagar luzes e recolher copos. Com estatura, cabelo e fisionomia incaicos, o jornalista Osvaldo Leon, nacionalidade equatoriana, senta-se para falar calmamente sobre políticas de comunicação em uma entrevista à Agência Brasil.
"Os movimentos sociais e os veículos alternativos de comunicação são como trilhos que caminham lado a lado, mas nunca se unem", compara. Para ele, ambos estão apenas em "estações", como os fóruns sociais, mas "ainda não têm fluxos de troca"."Queremos utilizar a força que o Fórum tem como espaço de convergência", afirma Leon, que prepara a Minga – rede de veículos unida para fazer uma cobertura conjunta do encontro, acessível pela página eletrônica http://movimientos.org/coberturas.php.
Na tradição inca, minga era a palavra usada para identificar o trabalho comunal nas aldeias. Hoje, o jornalista equatoriano usa a expressão para batizar o trabalho conjunto de seus colegas. Na visão de Leon, essa convergência de trabalho e de setores é o que falta para fortalecer a luta pelo direito à comunicação. "Não temos ainda alianças entre os observatórios das mídias e os sindicatos de jornalistas. Ou entre as associações de usuários de TV, que lutam pela melhoria de sua qualidade e os veículos alternativos", exemplifica.
Além do Fórum, outro espaço de convergência, segundo Leon, é a Campanha pelo Direito na Sociedade da Informação (Cris). Lançada internacionalmente no 2º FSM, a campanha pede a democratização dos meios de comunicação e trabalha pressionando a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (WSIS, pela sigla em inglês). A cúpula é a instância da Organização das Nações Unidas (ONU) de debater da comunicação.
Leon acredita que a campanha deve ganhar cores e caras latino-americanas. "Temos que trazer a Cris para temas que são próximos a nós, como a integração continental, políticas públicas para o setor e inserir o tema em assuntos regionais, como o Mercosul", defende o jornalista, que é diretor da Agência Latino-americana de Informação (Alai).
Agência Brasil
A reunião termina em uma das espaçosas salas do Hilton, em frente à Praça Venezuela, centro nervoso da capital e do 6º Fórum Social Mundial. O luxuoso e antigo hotel estatal acabava de abrigar um encontro entre repórteres de veículos alternativos latino-americanos. O coordenador da reunião passa para apagar luzes e recolher copos. Com estatura, cabelo e fisionomia incaicos, o jornalista Osvaldo Leon, nacionalidade equatoriana, senta-se para falar calmamente sobre políticas de comunicação em uma entrevista à Agência Brasil.
"Os movimentos sociais e os veículos alternativos de comunicação são como trilhos que caminham lado a lado, mas nunca se unem", compara. Para ele, ambos estão apenas em "estações", como os fóruns sociais, mas "ainda não têm fluxos de troca"."Queremos utilizar a força que o Fórum tem como espaço de convergência", afirma Leon, que prepara a Minga – rede de veículos unida para fazer uma cobertura conjunta do encontro, acessível pela página eletrônica http://movimientos.org/coberturas.php.
Na tradição inca, minga era a palavra usada para identificar o trabalho comunal nas aldeias. Hoje, o jornalista equatoriano usa a expressão para batizar o trabalho conjunto de seus colegas. Na visão de Leon, essa convergência de trabalho e de setores é o que falta para fortalecer a luta pelo direito à comunicação. "Não temos ainda alianças entre os observatórios das mídias e os sindicatos de jornalistas. Ou entre as associações de usuários de TV, que lutam pela melhoria de sua qualidade e os veículos alternativos", exemplifica.
Além do Fórum, outro espaço de convergência, segundo Leon, é a Campanha pelo Direito na Sociedade da Informação (Cris). Lançada internacionalmente no 2º FSM, a campanha pede a democratização dos meios de comunicação e trabalha pressionando a Cúpula Mundial da Sociedade da Informação (WSIS, pela sigla em inglês). A cúpula é a instância da Organização das Nações Unidas (ONU) de debater da comunicação.
Leon acredita que a campanha deve ganhar cores e caras latino-americanas. "Temos que trazer a Cris para temas que são próximos a nós, como a integração continental, políticas públicas para o setor e inserir o tema em assuntos regionais, como o Mercosul", defende o jornalista, que é diretor da Agência Latino-americana de Informação (Alai).
Agência Brasil
FSM debate comunicação
Fórum Social Mundial debate controle social dos meios de comunicação
A 6º Forum Social Mundial também discute até domingo (29) a questão do controle social sobre os meios de comunicação, a qualidade da programação dos meios públicos comunitários e alternativos, bem como o lançamento de uma campanha latino-americana pelo direito a comunicação.
Entre as entidades que estão organizando atividades sobre o tema no Fórum estão a Agência Latino-Americana de Informação (Alai), a Inter Press Service (IPS) e a Associacao Mundial de Radios Comunitarias (Amarc). "Tem crescido muito a consciência sobre a necessidade de trabalhar em conjunto. Está chegando o momento de que essa articulação se faça efetiva. Agora, temos que dar um passo", diz o ativista argentino Nestor Busso, da Associação Latino-Americana de Educação Radiofônica (Aler).
"Os movimentos sociais em geral precisam assumir o tema da comunicação como um de seus eixos centrais de trabalho", diz Busso, lembrando que nos campos mais diversos, como as lutas pela reforma agrária ou pelos direitos humanos, a comunicação pode ter incidência decisiva.
Agência Brasil
A 6º Forum Social Mundial também discute até domingo (29) a questão do controle social sobre os meios de comunicação, a qualidade da programação dos meios públicos comunitários e alternativos, bem como o lançamento de uma campanha latino-americana pelo direito a comunicação.
Entre as entidades que estão organizando atividades sobre o tema no Fórum estão a Agência Latino-Americana de Informação (Alai), a Inter Press Service (IPS) e a Associacao Mundial de Radios Comunitarias (Amarc). "Tem crescido muito a consciência sobre a necessidade de trabalhar em conjunto. Está chegando o momento de que essa articulação se faça efetiva. Agora, temos que dar um passo", diz o ativista argentino Nestor Busso, da Associação Latino-Americana de Educação Radiofônica (Aler).
"Os movimentos sociais em geral precisam assumir o tema da comunicação como um de seus eixos centrais de trabalho", diz Busso, lembrando que nos campos mais diversos, como as lutas pela reforma agrária ou pelos direitos humanos, a comunicação pode ter incidência decisiva.
Agência Brasil
E agora Bonner?
Agora está confirmado: novela da Record desbanca Jornal Nacional
As coisas não andam nada bem na emissora do Jardim Botânico. Depois da trapalhada da quarta-feira 18, veio a confirmação de que a novela Prova de Amor da Record ficou em primeiro lugar no Ibope, na quinta-feira 19, durante 17 minutos, no Rio de Janeiro, deixando para trás o outrora imbatível Jornal Nacional.
O detalha é que o Rio de Janeiro é a sede da Globo, o que faz a derrota ser ainda maior.
Com informações da Folha de S.Paulo
As coisas não andam nada bem na emissora do Jardim Botânico. Depois da trapalhada da quarta-feira 18, veio a confirmação de que a novela Prova de Amor da Record ficou em primeiro lugar no Ibope, na quinta-feira 19, durante 17 minutos, no Rio de Janeiro, deixando para trás o outrora imbatível Jornal Nacional.
O detalha é que o Rio de Janeiro é a sede da Globo, o que faz a derrota ser ainda maior.
Com informações da Folha de S.Paulo
ACM e a ditadura militar
Desempregada acusa ACM de ter colaborado com a ditadura militar
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) foi acusado nesta terça-feira, pela desempregada Rosa Simiano dos Santos, de ter colaborado com o regime militar. Durante o depoimento do médico-legista Paulo Vasques à CPI dos Bingos, Rosa abordou o senador na saída do plenário e o acusou de ser um dos "mentores da ditadura militar".
Inicialmente, ele se aproximou dela sorrindo, imaginado tratar-se de uma eleitora, e ameaçou abraçá-la.
Neste momento, ela se apresentou como filha de Antônio Pereira da Silva, que segundo ela foi torturado pela ditadura, e disse que deveria ser apresentado um dossiê contra ACM.
O senador indagou: "Eu?". "Sim, o senhor. O senhor é responsável pela tortura no período da ditadura. Responsável pela morte do meu pai", respondeu a desempregada. O senador revidou a acusação com xingamentos.
"Causa espanto o ACM ficar indignado com fotos de tortura. Basta falar com a família de alguma vitima da ditadura ou ver alguma imagem do período que ele ajudou a construir", disse Rosa aos jornalistas.
Durante a sessão, o legista havia apresentado fotos da autópsia feita no prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002.
Folha de S. Paulo
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) foi acusado nesta terça-feira, pela desempregada Rosa Simiano dos Santos, de ter colaborado com o regime militar. Durante o depoimento do médico-legista Paulo Vasques à CPI dos Bingos, Rosa abordou o senador na saída do plenário e o acusou de ser um dos "mentores da ditadura militar".
Inicialmente, ele se aproximou dela sorrindo, imaginado tratar-se de uma eleitora, e ameaçou abraçá-la.
Neste momento, ela se apresentou como filha de Antônio Pereira da Silva, que segundo ela foi torturado pela ditadura, e disse que deveria ser apresentado um dossiê contra ACM.
O senador indagou: "Eu?". "Sim, o senhor. O senhor é responsável pela tortura no período da ditadura. Responsável pela morte do meu pai", respondeu a desempregada. O senador revidou a acusação com xingamentos.
"Causa espanto o ACM ficar indignado com fotos de tortura. Basta falar com a família de alguma vitima da ditadura ou ver alguma imagem do período que ele ajudou a construir", disse Rosa aos jornalistas.
Durante a sessão, o legista havia apresentado fotos da autópsia feita no prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002.
Folha de S. Paulo
segunda-feira, 23 de janeiro de 2006
A Queda do JN
Homer Simpson abandona Jornal Nacional
A semana passada foi muito agitada lá pelas bandas da emissora do Jardim Botânico. Acontece que o Jornal Nacional, telejornal mais visto do país e principal produto da TV Globo, viveu o pior momento da sua história ao ser superado na audiência pela novela da Record, Prova de Amor, durante 5 minutos, na quarta-feira 18.
Na medição prévia feita na Grande São Paulo, enviada pelo Ibope em tempo real às emissoras, "Prova de Amor" chegou a abrir quatro pontos de vantagem sobre o "JN" (25 a 21 pontos, às 20h30).
Depois, no relatório com os dados consolidados, remetido pelo instituto às redes no dia seguinte, acontece o milagre: em nenhum minuto a Record vence a Globo. A "vantagem" de quatro pontos das 20h30 "virou" a favor da Globo: no consolidado, nesse momento o "JN" aparece com 26 pontos, contra 25 da Record. Cada ponto na Grande SP equivale a 52 mil domicílios.
Apesar da tentativa de manipulação dos resultados, a derrota do JN é uma resposta do público ao editor-chefe e apresentador William Bonner, para quem o telespectador médio do telejornal é como o Homer Simpson, pai folgado e bonachão da família do seriado "Os Simpsons". Ou seja, tem dificuldade de entender reportagens sobre temas mais complexos, como o jogo de interesses da política em Brasília e os números áridos da economia e finanças.
Parece que o Homer Simpson resolveu reagir e pegou a turma do JN de calças nas mãos. A derrota do JN é uma vitória para todos aqueles que estão cansados do jornalismo meia-boca da TV Globo. Imagino o que aconteceria se essa queda momentânea se consolidasse. Já imaginou não ter que aturar mais aquelas charges sem graça nem aquele tucanalha do Arnaldo Jabor e seu revoltismo ensaiado? Seria a glória...
A semana passada foi muito agitada lá pelas bandas da emissora do Jardim Botânico. Acontece que o Jornal Nacional, telejornal mais visto do país e principal produto da TV Globo, viveu o pior momento da sua história ao ser superado na audiência pela novela da Record, Prova de Amor, durante 5 minutos, na quarta-feira 18.
Na medição prévia feita na Grande São Paulo, enviada pelo Ibope em tempo real às emissoras, "Prova de Amor" chegou a abrir quatro pontos de vantagem sobre o "JN" (25 a 21 pontos, às 20h30).
Depois, no relatório com os dados consolidados, remetido pelo instituto às redes no dia seguinte, acontece o milagre: em nenhum minuto a Record vence a Globo. A "vantagem" de quatro pontos das 20h30 "virou" a favor da Globo: no consolidado, nesse momento o "JN" aparece com 26 pontos, contra 25 da Record. Cada ponto na Grande SP equivale a 52 mil domicílios.
Apesar da tentativa de manipulação dos resultados, a derrota do JN é uma resposta do público ao editor-chefe e apresentador William Bonner, para quem o telespectador médio do telejornal é como o Homer Simpson, pai folgado e bonachão da família do seriado "Os Simpsons". Ou seja, tem dificuldade de entender reportagens sobre temas mais complexos, como o jogo de interesses da política em Brasília e os números áridos da economia e finanças.
Parece que o Homer Simpson resolveu reagir e pegou a turma do JN de calças nas mãos. A derrota do JN é uma vitória para todos aqueles que estão cansados do jornalismo meia-boca da TV Globo. Imagino o que aconteceria se essa queda momentânea se consolidasse. Já imaginou não ter que aturar mais aquelas charges sem graça nem aquele tucanalha do Arnaldo Jabor e seu revoltismo ensaiado? Seria a glória...
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