Luís Nassif comenta em seu blog (http://luisnassif.blig.ig.com.br) o editorial do "Estadão" sobre o programa "Bolsa Família" do Governo Federal.
O jornalista, um dos mais respeitados comentaristas econômicos do país, menciona "o Bolsa Família como a grande obra legitimadora do governo Lula".
A respeito do editorial, Nassif diz que o "Estadão" se rendeu aos fatos ao não tratar o programa como "bolsa esmola, como fator de atraso, de acomodação" - é isso o que faz a maior parte da grande mídia.
É o que fica claro na transcrição de um trecho do editorial:
"Nem todos os bolsistas são necessariamente lulistas. Existem os que nem sequer sabem de onde vem o dinheiro. Mas o desempenho eleitoral do presidente no Nordeste decerto guarda íntima relação com o fato de que ali vive praticamente a metade dos destinatários do programa".
Escreve Nassif:
"A grande arma do grande Patrus Ananias foi cercar o programa de técnicas estatísticas modernas, de indicadores relevantes, de ter a humildade de aceitar assessoramento para programas de qualidade e gestão. Foram os indicadores que derrubaram os maliciosos das planilhas e conquistaram a adesão quase geral.
A grande batalha de inclusão social foi possível quando estatísticos bem intencionados se colocaram a campo, com números e dados, e derrubaram as manipulações daqueles que usam a planilha exclusivamente com objetivos anti-sociais".
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Artigo no Observatório da Imprensa
O "Observatório da Imprensa" publicou o artigo "O pau come", onde comento o estilo "Eliane Cantanhêde" de escrever. Eliane é articulista do jornal Folha de São Paulo.
No site, o artigo foi rebatizado: "Leituras da Folha: Aprender a escrever bem com a colunista".
É meu quarto artigo publicado no OI.
O link para a página no site do OI é esse aí: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=447FDS005.
No site, o artigo foi rebatizado: "Leituras da Folha: Aprender a escrever bem com a colunista".
É meu quarto artigo publicado no OI.
O link para a página no site do OI é esse aí: http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=447FDS005.
A ética tucana
Aos amigos tudo, aos inimigos a lei...
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), copiou o presidente Lula e comparou o chamado "esquema do mensalão" a um "câncer". Lula havia feito a mesma comparação quando disse que a crise do setor aéreo assemelhava-se a um "câncer" em estado de "metástase".
Amanhã, o STF (Supremo Tribunal Federal) decide se acolhe a denúncia do Ministério Público Federal contra os acusados de integrarem o suposto esquema. O líder dos tucanos disse ainda que o governo Lula protege "todos os delinqüentes".
Quando instado a dizer se a mesma indiganção valia para o seu colega de partido, senador Eduardo Azeredo (MG), beneficiário do "valerioduto" quando foi candidato a governador de Minas Gerais em 1988, Tasso saiu-se pela tangente, dizendo que, nesse caso, "não há provas".
Essa é a ética tucana: aos amigos tudo (inclusive o benefício da dúvida), ao inimigos a lei (inclusive na ausência de provas).
Com informações da Folha Online
O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), copiou o presidente Lula e comparou o chamado "esquema do mensalão" a um "câncer". Lula havia feito a mesma comparação quando disse que a crise do setor aéreo assemelhava-se a um "câncer" em estado de "metástase".
Amanhã, o STF (Supremo Tribunal Federal) decide se acolhe a denúncia do Ministério Público Federal contra os acusados de integrarem o suposto esquema. O líder dos tucanos disse ainda que o governo Lula protege "todos os delinqüentes".
Quando instado a dizer se a mesma indiganção valia para o seu colega de partido, senador Eduardo Azeredo (MG), beneficiário do "valerioduto" quando foi candidato a governador de Minas Gerais em 1988, Tasso saiu-se pela tangente, dizendo que, nesse caso, "não há provas".
Essa é a ética tucana: aos amigos tudo (inclusive o benefício da dúvida), ao inimigos a lei (inclusive na ausência de provas).
Com informações da Folha Online
Leituras da Tribuna do Norte
Na edição do último domingo [19/08], o jornal "Tribuna do Norte" traz uma entrevista com deputado federal do PT de São Paulo, Vicentinho, acariense radicado em São Bernardo dos Campos.
Na chamada de capa, o jornal anuncia Vicentinho como "o último petista sincero".
Isso é jornalismo?
Na chamada de capa, o jornal anuncia Vicentinho como "o último petista sincero".
Isso é jornalismo?
domingo, 19 de agosto de 2007
Mais um poeminha de domingo à tarde
Palhaço procurando picadeiro
Pierrô procurando colombina
Folião procurando carnaval
Abraço procurando repouso
Saudade procurando lembrança
Aplauso procurando mérito
Sorriso procurando motivo
Barco procurando mar
Navio procurando cais
Estrela procurando céu
Andarilho procurando trilha
Pintor procurando sonho
Verso procurando rima
Música procurando refrão
Descrente procurando fé
Pagão procurando Deus
Vela procurando lágrima
Dor procurando fim...
Esse sou eu!
Pierrô procurando colombina
Folião procurando carnaval
Abraço procurando repouso
Saudade procurando lembrança
Aplauso procurando mérito
Sorriso procurando motivo
Barco procurando mar
Navio procurando cais
Estrela procurando céu
Andarilho procurando trilha
Pintor procurando sonho
Verso procurando rima
Música procurando refrão
Descrente procurando fé
Pagão procurando Deus
Vela procurando lágrima
Dor procurando fim...
Esse sou eu!
Poeminha de domingo à tarde
Achei você
Foi como colecionar estrelas
E fazer castelos de vento
Decorar seus passos rasos
E fazer uma canção
Dessas sem refrão
Para não repetir explicações
Achei que era meu
O futuro, mesmo incerto
Ao seu lado, aqui por perto
Agora
É o silêncio por companhia
Punhados de imaginação
A vida em apuros
O amor em pedaços
Isso é tudo
Foi como colecionar estrelas
E fazer castelos de vento
Decorar seus passos rasos
E fazer uma canção
Dessas sem refrão
Para não repetir explicações
Achei que era meu
O futuro, mesmo incerto
Ao seu lado, aqui por perto
Agora
É o silêncio por companhia
Punhados de imaginação
A vida em apuros
O amor em pedaços
Isso é tudo
Governo Federal fará contagem das populações em situação de rua
O ministro do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Patrus Ananias, revelou, em artigo para a Folha de S. Paulo deste domingo, que o governo federal vai realizar a contagem das populações em situação de rua de 60 cidades com mais de 300 mil habitantes. Os trabalhos de contagem comeam em outubro.
"O objetivo", escreve o ministro em seu artigo, "é formular, a partir do estudo, políticas nacionalmente articuladas para esse público, construindo iniciativas que contribuam para a inclusão dessas pessoas."
Patrus Ananias refere-se aos moradores das ruas como "os mais pobres entre os pobres" e diz que "Retirar as pessoas da rua significa oferecer a cada uma delas alternativas de vida, oportunidades de trabalho, de moradia, condições de formar e manter estruturada uma família."
O ministro também diz que os moradores das ruas foram tratados como "invisíveis" por muitos anos, mas acrescenta que, citando as palavras do papa Paulo 6º na encíclica "Populorum Progressio", sobre o desenvolvimento dos povos, escrita em 1967, agora é preciso que "os mais ricos saibam que os pobres estão à sua porta e esperam os sobejos dos festins"
"O objetivo", escreve o ministro em seu artigo, "é formular, a partir do estudo, políticas nacionalmente articuladas para esse público, construindo iniciativas que contribuam para a inclusão dessas pessoas."
Patrus Ananias refere-se aos moradores das ruas como "os mais pobres entre os pobres" e diz que "Retirar as pessoas da rua significa oferecer a cada uma delas alternativas de vida, oportunidades de trabalho, de moradia, condições de formar e manter estruturada uma família."
O ministro também diz que os moradores das ruas foram tratados como "invisíveis" por muitos anos, mas acrescenta que, citando as palavras do papa Paulo 6º na encíclica "Populorum Progressio", sobre o desenvolvimento dos povos, escrita em 1967, agora é preciso que "os mais ricos saibam que os pobres estão à sua porta e esperam os sobejos dos festins"
Radiodifusão
A farra das concessões pode ter fim
Do Observatório da Imprensa:
"Se depender dos próximos passos planejados pela Subcomissão de Radiodifusão da Câmara, deputados e senadores não poderão mais ser donos ou sócios de rádios e TVs em todo o país. A presidente da subcomissão, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), confirmou ao Congresso em Foco que vai propor uma emenda constitucional ou até mesmo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer valer o que prevê a Constituição de 1988.
De acordo com o artigo 54 da Constituição Federal, deputados e senadores não podem ter participação nesse tipo de empresa, concessionária da administração pública. Na prática, até mesmo colegas da deputada na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), à qual a Subcomissão de Radiodifusão está subordinada, descumprem a Constituição.
Como revelou o Congresso em Foco em março deste ano, um em cada cinco deputados da CCTCI tem ligações com emissoras de rádio ou TV. Dos 76 membros (titulares e suplentes) do colegiado, que tem o poder de analisar e aprovar projetos de outorga e renovação das concessões dos serviços de radiodifusão, 16 mantêm relações diretas ou indiretas com veículos de comunicação.
Junto com a relatora da subcomissão, deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG), Erundina quer acabar com as discussões sobre a legalidade das concessões dos parlamentares e as interpretações sobre o artigo 54. Para conseguir organizar as mais de 100 propostas sobre a regulação do setor que tramitam na Câmara, a deputada também já decidiu pedir nova prorrogação dos trabalhos até o fim do ano legislativo."
Do Observatório da Imprensa:
"Se depender dos próximos passos planejados pela Subcomissão de Radiodifusão da Câmara, deputados e senadores não poderão mais ser donos ou sócios de rádios e TVs em todo o país. A presidente da subcomissão, deputada Luiza Erundina (PSB-SP), confirmou ao Congresso em Foco que vai propor uma emenda constitucional ou até mesmo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer valer o que prevê a Constituição de 1988.
De acordo com o artigo 54 da Constituição Federal, deputados e senadores não podem ter participação nesse tipo de empresa, concessionária da administração pública. Na prática, até mesmo colegas da deputada na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), à qual a Subcomissão de Radiodifusão está subordinada, descumprem a Constituição.
Como revelou o Congresso em Foco em março deste ano, um em cada cinco deputados da CCTCI tem ligações com emissoras de rádio ou TV. Dos 76 membros (titulares e suplentes) do colegiado, que tem o poder de analisar e aprovar projetos de outorga e renovação das concessões dos serviços de radiodifusão, 16 mantêm relações diretas ou indiretas com veículos de comunicação.
Junto com a relatora da subcomissão, deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG), Erundina quer acabar com as discussões sobre a legalidade das concessões dos parlamentares e as interpretações sobre o artigo 54. Para conseguir organizar as mais de 100 propostas sobre a regulação do setor que tramitam na Câmara, a deputada também já decidiu pedir nova prorrogação dos trabalhos até o fim do ano legislativo."
"O pau come"
Não sou especialista em análise do discurso. Esforço-me para entender o que muitas vezes não está escrito, mas está dito nas entrelinhas.
Algumas vezes, porém, não precisa muito esforço para decodificar a mensagem da mídia nossa de cada dia.
O nível intelectual de muitos coleguinhas de imprensa é lastimável - se é que podemos falar em intelectualidade aqui!
Veja o exemplo de Eliane Cantanhêde, articulista da Folha de São Paulo. Há tempos ela vem se notabilizando pelas asneiras que escreve. Na edição de hoje da Folha, contudo, ela superou todos os limites.
Em "Reabrindo Feridas", título da coluna do dia, Eliane escreve sobre o julgamento que se dará no STF a partir da próxima quarta-feira, onde a suprema corte do país decidirá se acata ou não a denúncia contra os acusados de operarem o chamado "esquema do mensalão".
A colunista, além de não esconder a sua torcida pela condenação dos acusados, aproveita para, novamente, decretar o fim antecipado do Governo Lula, utilizando, para isso, de uma linguagem prescrita nos melhores manuais de redação do Brasil:
"O pau come na economia, o presidente ainda vai se ver obrigado a suportar o Supremo futucando a maior ferida do seu governo, o mensalão, que marcou a imagem do PT e foi um marco não só para o governo Lula como para a esquerda no poder. Causou dúvidas e desesperança, radicalizou ainda mais os radicais - até no próprio PT".
Não se pode acusá-la, porém, de não ser solidária. Depois de dizer que "o pau come", ela emenda com um "deve doer", colocando-se no lugar do presidente Lula, para quem, imagina Eliane, ver amigos e ex-aliados envolvidos em deslizes éticos deve acarretar muito sofrimento.
Nem vou nem me aprofundar aqui na tendência de se transformar acusados em culpados - artifício recorrente nesses tempos de caça às bruxas promovida pela mídia.
O que é sofrível mesmo é ter que engolir jornalista do calibre dessa Eliane Cantanhêde ocupando os maiores espaços nos maiores jornais do país. Essa gente detém o monopólio da opinião e não admite que ninguém a contrarie.
Quando são acusados de golpistas, dizem que exercem apenas a liberdade de crítica, que só vale para eles. Vestem a carapuça de vítimas e recorrem sempre ao discurso da censura quando se fala em controle social dos meios de comunicação. Têm pavor que alguém “futuque” (outro vocábulo que deverá entrar no próximo livro de Eliane Cantanhêde sobre “como escrever bem”) a caixa-preta e descubra os segredos da mídia nativa.
Algumas vezes, porém, não precisa muito esforço para decodificar a mensagem da mídia nossa de cada dia.
O nível intelectual de muitos coleguinhas de imprensa é lastimável - se é que podemos falar em intelectualidade aqui!
Veja o exemplo de Eliane Cantanhêde, articulista da Folha de São Paulo. Há tempos ela vem se notabilizando pelas asneiras que escreve. Na edição de hoje da Folha, contudo, ela superou todos os limites.
Em "Reabrindo Feridas", título da coluna do dia, Eliane escreve sobre o julgamento que se dará no STF a partir da próxima quarta-feira, onde a suprema corte do país decidirá se acata ou não a denúncia contra os acusados de operarem o chamado "esquema do mensalão".
A colunista, além de não esconder a sua torcida pela condenação dos acusados, aproveita para, novamente, decretar o fim antecipado do Governo Lula, utilizando, para isso, de uma linguagem prescrita nos melhores manuais de redação do Brasil:
"O pau come na economia, o presidente ainda vai se ver obrigado a suportar o Supremo futucando a maior ferida do seu governo, o mensalão, que marcou a imagem do PT e foi um marco não só para o governo Lula como para a esquerda no poder. Causou dúvidas e desesperança, radicalizou ainda mais os radicais - até no próprio PT".
Não se pode acusá-la, porém, de não ser solidária. Depois de dizer que "o pau come", ela emenda com um "deve doer", colocando-se no lugar do presidente Lula, para quem, imagina Eliane, ver amigos e ex-aliados envolvidos em deslizes éticos deve acarretar muito sofrimento.
Nem vou nem me aprofundar aqui na tendência de se transformar acusados em culpados - artifício recorrente nesses tempos de caça às bruxas promovida pela mídia.
O que é sofrível mesmo é ter que engolir jornalista do calibre dessa Eliane Cantanhêde ocupando os maiores espaços nos maiores jornais do país. Essa gente detém o monopólio da opinião e não admite que ninguém a contrarie.
Quando são acusados de golpistas, dizem que exercem apenas a liberdade de crítica, que só vale para eles. Vestem a carapuça de vítimas e recorrem sempre ao discurso da censura quando se fala em controle social dos meios de comunicação. Têm pavor que alguém “futuque” (outro vocábulo que deverá entrar no próximo livro de Eliane Cantanhêde sobre “como escrever bem”) a caixa-preta e descubra os segredos da mídia nativa.
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