sábado, 28 de fevereiro de 2009

"Eu tô voltando pra casa..."

Meus caros, peço desculpas por mais este sumiço. Estou, novamente, encarando uma jornada dupla de trabalho. Vida de jornalista, ao contrário do que muitos imaginam, é assim mesmo: você tem que fazer mil coisas ao mesmo tempo para conseguir sobreviver.

É o que estou fazendo. Mas não reclamo. Desde o início sabia que seria exatamente assim. Nunca busquei o jornalismo pensando em glamour. Meu negócio é botar o pé na lama, falar com gente, conhecer pessoas e contar a história dessas pessoas.

Gosto do que a jornalista Eliane Brum escreve sobre esta profissão: "Meu ofício é encontrar o que torna a vida possível apesar de tudo, a delicadeza na brutalidade do cotidiano, a vida na morte. É esse o mistério que me fascina".

Desde que comecei a trabalhar no jornalismo diário, tenho tido a chance de conhecer muitos personagens da vida real e suas histórias - nem sempre felizes. É emocionante ver como essas pessoas, mesmo em meio a "brutalidade do cotidiano", conseguem transformar esperança em força motriz para seguir na estrada.

Cada uma delas tem me ensinado, sem saber, grandes lições. Volto de cada reportagem com a certeza de que alguma coisa mudou em mim. Às vezes nem eu sei o que mudou. Mas sei que não sou mais a mesma pessoa. No dia em que eu ficar indiferente às histórias que conto, então é sinal que fracassei em algum momento.

Então, vamos nessa que a vida tá acontecendo agora, lá fora.