Meus caros, peço desculpas por mais este sumiço. Estou, novamente, encarando uma jornada dupla de trabalho. Vida de jornalista, ao contrário do que muitos imaginam, é assim mesmo: você tem que fazer mil coisas ao mesmo tempo para conseguir sobreviver.
É o que estou fazendo. Mas não reclamo. Desde o início sabia que seria exatamente assim. Nunca busquei o jornalismo pensando em glamour. Meu negócio é botar o pé na lama, falar com gente, conhecer pessoas e contar a história dessas pessoas.
Gosto do que a jornalista Eliane Brum escreve sobre esta profissão: "Meu ofício é encontrar o que torna a vida possível apesar de tudo, a delicadeza na brutalidade do cotidiano, a vida na morte. É esse o mistério que me fascina".
Desde que comecei a trabalhar no jornalismo diário, tenho tido a chance de conhecer muitos personagens da vida real e suas histórias - nem sempre felizes. É emocionante ver como essas pessoas, mesmo em meio a "brutalidade do cotidiano", conseguem transformar esperança em força motriz para seguir na estrada.
Cada uma delas tem me ensinado, sem saber, grandes lições. Volto de cada reportagem com a certeza de que alguma coisa mudou em mim. Às vezes nem eu sei o que mudou. Mas sei que não sou mais a mesma pessoa. No dia em que eu ficar indiferente às histórias que conto, então é sinal que fracassei em algum momento.
Então, vamos nessa que a vida tá acontecendo agora, lá fora.
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