Quando suspeitas viram manchetes
Do Bolg do Emir Sader (www.agenciacartamaior.com.br):
"O ombudsman da Folha de São Paulo, Marcelo Beraba, criticou a edição desta quinta-feira do jornal, que deu destaque às afirmações do senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), insinuando uma relação entre o PT e o PCC. Beraba escreveu: “Não há justificativa jornalística para a Folha destacar, como manchete de sua principal página de política (A5), as "desconfianças" e "dúvidas" do presidente do PFL: "Bornhausen diz que desconfia de elo entre PT e PCC". Não há fato, não há prova, são apenas declarações eleitoreiras que o jornal não soube avaliar. Deveria ter lido antes o editorial da página A2 de hoje, "Novos ataques": "Políticos, na crise da segurança paulista, travam uma batalha retórica que confunde e ofende a opinião pública". Se "desconfianças" e "dúvidas" com acusações graves como estas viram manchete na Folha, imagine o que esperar desta campanha e da cobertura jornalística”.
O ombudsman da FSP segue cumprindo seu difícil papel de cobrar a forma pela qual o peso das opções editoriais - tucanas - do jornal pesa sobre a cobertura. Neste caso, "suspeitas" de Bornhausen são transformadas em manchetes.
Como alerta Marcelo Beraba - tomara que a advertência pudesse chegar a todos os leitores, para que se precavenham: imagine a cobertura que se pode esperar da FSP para a campanha presidencial (ainda mais que seu colunista permanente é candidato ao governo de São Paulo e a presidente em 2010.)"
sexta-feira, 14 de julho de 2006
Mídia e preconceito
Quase não acreditei quando li a notícia no blog do jornalista Josias de Souza: "Era só o que faltava: a onda de violência chegou ao templo da classe média. Uma bomba de fabricação caseira explodiu na noite desta quinta-feira no shopping Aricanduva, na zona leste de São Paulo."
Como assim? Quer dizer que o problema é que a violência tenha chegado ao templo da classe média? Enquanto estava nas ruas, na periferia, nos ônibus incendiados, não tinha problema nenhum?
Então, para resolver o problema, bastaria ter cercado os shoppings centers que estaria tudo certo!
quinta-feira, 13 de julho de 2006
PTxPCC
Tucanos tentam criminalizar PT
A mais nova tentativa tucana e pefelista de criminalizar o PT veio à tona hoje, quando o neo-hitler e dublê de senador Jorge Bornhausen (PFL-SC) disse que desconfia de elo entre o PT e o PCC. "O PT pode estar manuseando, manipulando essas ações", disse o vetusco senador. Ele ainda acrescentou: " O PT vive no submundo e nada mais me espanta nesse partido".
Mais tarde, foi a vez do candidato tucano à Presidência da República Geraldo Alckmim dizer que "Tem muita coisa estranha por trás de tudo isso, mas não vou fazer nenhuma observação de natureza política".
A reação no ninho tucano e pefelista tem a clara intenção de manchar a imagem do PT e transferir a responsabilidade do que está acontecendo em São Paulo para o governo federal.
A melhor resposta à corja tucana e pefelista foi dada pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP): "Se há ligação dos responsáveis pelo volume de criminalidade no Brasil, ela é de pessoas que até hoje foram responsáveis inúmeras vezes nos últimos anos, inclusive o PFL, pelos governos que não conseguiram construir uma situação de tranqüilidade no Brasil."
Para acabar com o crime organizado no Brasil, Jorge Bornhausen deveria ser o primeiro a ser preso.
quarta-feira, 12 de julho de 2006
Ascensão social
Em um ano, 7 milhões de pessoas sobem para classe média
Pesquisa divulgada pelo jornal O Globo neste domingo (9) mostra que, entre 2005 e 2006, cerca de 7 milhões de brasileiros ascenderam na pirâmide social e chegaram à classe média – o que representa um acréscimo de 7,9% e uma expectativa de consumo da ordem de R$ 31 bilhões a mais.
A ascensão de grandes contingentes das classes D e E para a classe C foi detectada pelo Instituto Target, com base em dados do IBGE, e confirmada por outras duas instituições: a Fundação Getúlio Vargas e o LatinPanel, ligado ao Ibope.
As políticas do governo Lula foram determinantes para a expansão dos setores intermediários da população. Segundo especialistas ouvidos pelo jornal, a evolução se deve ao crescimento de emprego com carteira assinada, à recuperação do poder de compra dos salários e ao aumento da oferta de crédito no país.
“Há um claro movimento de ascensão social. Os domicílios da classe D subiram na pirâmide. Compraram mais bens duráveis e, como na classificação leva-se em conta também a posse desses bens, houve o avanço para a classe média”, disse ao jornal o diretor da Target, Marcos Pazzini.
Para o economista da FGV Marcelo Neri, também ouvido na reportagem, a melhora da condição de vida dos mais pobres veio para ficar.
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