sábado, 4 de agosto de 2007

Folha diz que governo Jaques Wagner da Bahia, com apenas sete meses, fracassou

Jaques Wagner (PT) é governador da Bahia há sete meses. Foi eleito ano passado ao derrotar Paulo Souto (DEM), então candidato do falecido senador Antônio Carlos Magalhães.

O grupo que era comandado por ACM governava a Bahia há vários anos ininterruptamente.

A Folha de São Paulo de hoje diz que o governo de Jaques Wagner - há sete meses no poder, lembrem-se - "foi derrotado pela violência e por greves na educação".

A Folha cita um suposto aumento nas estatísticas da violência e greves na rede básica de ensino e em duas universidades estaduais como prova do "fracasso" de Jaques Wagner.

Não conheço as estatísticas da violência na Bahia.

Não sei o teor das reivindicações dos grevistas - certamente, devem ser justas.

Mas uma coisa eu sei. Decretar o fracasso de um governo com tão pouco tempo de história é pra lá de prematuro.

Alé, disso, como a própria Folha menciona quase no final da reportagem, as greves começaram poucos dias após a posse do governador Jaques Wagner.

É querer muito que um governador recém empossado resolva em pouco tempo demandas históricas.

Jaques Wagner é um nome sempre lembrado para concorrer à sucessão do presidente Lula em 2010. O sucesso dele à frente do governo da Bahia o credenciaria para essa missão.

Parece que é isso que está em jogo.

Renan é sócio de empresa de comunicação em Alagoas. O que será que o senador Agripino tem a dizer sobre isso?

A revista Veja desta semana traz nova denúncia contra o presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo a revista, o senador é sócio oculto de uma empresa de comunicação em Alagoas. São duas emissoras de rádio que valem cerca de R$ 2,5 milhões. A reportagem informa que Renan usou laranjas e pagou R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo, parte em dólares, para se tornar sócio do grupo.

Veja não conta nenhuma novidade. Existe mais político dono de empresa de comunicação (tv, rádio e jornal) do supõe a nossa vã filosofia. A revista poderia aproveitar a deixa e investigar outros casos, como o do senador José Agripino (DEM-RN), dono da TV Tropical, retransmissora da Rede Record aqui no Rio Grande do Norte.

Aliás, adoraria saber a opinião do referido senador sobre mais essa denúncia contra o seu colega alagoano. Agripino foi promovido a paladino da ética e da moral na política nacional de uma hora para outra. Uma pesquisa, mesmo que superficial, sobre a sua biografia e atuação política ajudaria a revelar a verdadeira face de Agripino - na verdade, um representante do que existe de mais atrasado e amoral em matéria de política. O escândalo do "rabo de palha" é um exemplo do jeito de fazer política deste senhor.

Sobre a TV Tropical, o uso polítiqueiro que o senador faz da concessão pública por ele administrada é algo vexatório. O pior é que agora o espaço é utilizado para promover também o filho dele, deputado federal Felipe Maia (DEM-RN), herdeiro do legado de Agripino.

Fico imaginando se os jornalistas que trabalham naquela emissora não se sentem constrangidos quando têm que anunciar o próximo discurso do senador José Agripino ou do deputado Felipe Maia, como acontece diariamente nos seus telejornais.

Desplugaram a ética? Será que todo jornalista, para defender o salário, deve calar e consentir com práticas abusivas e ilegais? De que lado devemos ficar?

terça-feira, 31 de julho de 2007

A invasão de Bush no Iraque produziu, até agora, 8 milhões de famintos

A Oxfam, organização humanitária sediada em Londres, divulgou um relatório mostrando o saldo, até agora, da invasão americana ao Iraque: 43% da população está abaixo do nível de pobreza, 15% dos iraquianos não têm regularmente o que comer, 70% não dispõem de água potável e 28% das crianças estão subnutridas.

De acordo com o relatório da organização, 8 milhões de iraquianos não têm o que comer - o equivalente a aproximadamente um terço da população de 27, 5 milhões.

Enquanto isso, o governo de Bush, o senhor da guerra, vai pedir ao Congresso dos EUA a aprovação de um pacote de US$ 63 bilhões em armas e ajuda militar para Egito, Israel, Arábia Saudita e mais cinco países do golfo Pérsico.


Com informações da Folha de S. Paulo

domingo, 29 de julho de 2007

Sai o Pan, volta o Alemão

Durante a cobertura do Pan no Rio de Janeiro, nenhuma notícia de bala perdida, da operação da Polícia no complexo de favelas do Alemão, da insegurança etc.

Terminada a festa, os telejornais voltarão a explorar a banalização da violência.

As escolas do Rio voltaram às aulas?

O Jornal Nacional de segunda-feira trará a resposta.

A arquitetura do golpe

Movimento "cansei", segundo Mino Carta em seu blog (http://blogdomino.blig.ig.com.br), é uma reedição da "Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade


"Estamos às vésperas do retorno da Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade. Agora passa a se chamar Movimento Cívico pelo Direito dos Brasileiros. Trata-se de uma fórmula mais elaborada, mais complexa, mas os objetivos são os mesmos. O movimento foi lançado pela OAB de São Paulo, e conta com o respaldo de figuras importantes da Fiesp e da Associação Comercial paulista, e com a divulgação de televisões e rádios, por ora não melhor especificadas. A idéia inicial faísca no escritório de João Dória Jr., o Iconoclasta Mor, aquele que destruiu a pauladas o monumento dedicado a Cláudio Abramo, o grande jornalista, em uma pracinha do Jardim Europa. Ali desceu o Espírito Santo, e iluminou os primeiros carbonários da grana, unidos em torno do slogan: Cansei. Uma campanha publicitária, oferecida de graça por Nizan Guanaes, gênio da propaganda nativa de inolvidável extração tucana, mais badalado entre nós do que George Clooney no resto do mundo, insistirá em peças destinadas a expor o pensamento dos graúdos envolvidos: “cansei do caos aéreo”, “cansei de bala perdida”, “cansei de pagar tantos impostos”. É do conhecimento até do mundo mineral a quem esses valentes senhores atribuem a culpa por os males que denunciam: nem é ao governo como um todo, e sim ao Lula, invasor bárbaro de uma área reservada aos doutores. Mas o presidente da OAB paulista, certo D’Urso, diz que o movimento não tem conotação política. Enquanto isso, às sorrelfas, o pessoal pede instruções aos mestres. Alguns ligam para Fernando Henrique Cardoso, outros para José Serra. São os derradeiros retoques da tucanização da elite brasileira, a mesma que sentou-se em cima de um tesouro chamado Brasil e só cuidou de predá-lo, com os resultados conhecidos. Incompetência generalizada, recorde mundial em má distribuição de renda, baixo crescimento, educação e saúde descuradas até o limite do crime, miséria da maioria etc. etc. Acorda Lula, chama o teu povo."