A revista Veja desta semana traz nova denúncia contra o presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Segundo a revista, o senador é sócio oculto de uma empresa de comunicação em Alagoas. São duas emissoras de rádio que valem cerca de R$ 2,5 milhões. A reportagem informa que Renan usou laranjas e pagou R$ 1,3 milhão em dinheiro vivo, parte em dólares, para se tornar sócio do grupo.
Veja não conta nenhuma novidade. Existe mais político dono de empresa de comunicação (tv, rádio e jornal) do supõe a nossa vã filosofia. A revista poderia aproveitar a deixa e investigar outros casos, como o do senador José Agripino (DEM-RN), dono da TV Tropical, retransmissora da Rede Record aqui no Rio Grande do Norte.
Aliás, adoraria saber a opinião do referido senador sobre mais essa denúncia contra o seu colega alagoano. Agripino foi promovido a paladino da ética e da moral na política nacional de uma hora para outra. Uma pesquisa, mesmo que superficial, sobre a sua biografia e atuação política ajudaria a revelar a verdadeira face de Agripino - na verdade, um representante do que existe de mais atrasado e amoral em matéria de política. O escândalo do "rabo de palha" é um exemplo do jeito de fazer política deste senhor.
Sobre a TV Tropical, o uso polítiqueiro que o senador faz da concessão pública por ele administrada é algo vexatório. O pior é que agora o espaço é utilizado para promover também o filho dele, deputado federal Felipe Maia (DEM-RN), herdeiro do legado de Agripino.
Fico imaginando se os jornalistas que trabalham naquela emissora não se sentem constrangidos quando têm que anunciar o próximo discurso do senador José Agripino ou do deputado Felipe Maia, como acontece diariamente nos seus telejornais.
Desplugaram a ética? Será que todo jornalista, para defender o salário, deve calar e consentir com práticas abusivas e ilegais? De que lado devemos ficar?
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