sábado, 1 de dezembro de 2007

Natal vista da Ponte Forte-Redinha


Foto tirada com um celular do alto da Ponte Newton Navarro (Forte-Redinha), nas primeiras horas da manhã do dia 31/11. Pedaço do Litoral Norte.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

ABC da miséria nacional

Artigo de Fernando de Barros e Silva, na Folha de São Paulo, hoje:

"Sabemos falar muito bem a nossa língua (...). Queremos brasileiros melhor educados (sic), e não brasileiros liderados por gente que despreza a educação, a começar pela própria." O que foi isso? Um acesso de esnobismo? Uma manobra diversionista para desviar o foco do mensalão tucano? Inveja e despeito? Um pouco de tudo, mas antes de mais nada Fernando Henrique Cardoso foi vulgar e mesquinho ao açular nesses termos o velho preconceito de classe que ele um dia já combateu.

Que o professor emérito e de carreira internacional tenha tropeçado no idioma nativo justamente quando zombava do metalúrgico pouco letrado é um detalhe cômico que só torna o episódio mais grotesco. O essencial não está, obviamente, no maltrato da língua, o que nem é novidade. O sociólogo um dia já manobrou muito bem as idéias, mas nunca foi um estilista. Seu texto é sofrível. Também nisso é legítimo representante da elite local.

Os tucanos falam muitas línguas, são gente que trabalha e estuda, que estuda e trabalha, disse o príncipe. Pois os estudiosos deveriam ler as 90 páginas da denúncia do procurador-geral Antonio Fernando Souza sobre o valerioduto do PSDB. Está em português, claro e cristalino.

Ali o esquema de rapinagem dos cofres públicos a serviço de Eduardo Azeredo em 1998 é descrito como "origem e laboratório" do mensalão petista. A diferença entre a farra mineira e a que se deu sob Lula seria de escala. Não é uma gincana muito edificante.

"Estamos aprendendo com a Era Fernandina como de fato ficou brutalmente estúpido ser inteligente", escreveu no caderno Mais!, ainda em 2001, o filósofo Paulo Arantes. O "apagão" da inteligência progressista desde então só avançou. E já ficou claro a essa altura que tal breu está relacionado à falta de perspectiva decente para o país. Ou, como disse João Moreira Salles em entrevista à Folha, "nossas ambições se tornaram mais medíocres". É um moço bem-educado. E ele FHC conhece muito bem.

TV muda voto do eleitor

A televisão tem o poder de mudar o voto do eleitor. É o que revela uma pesquisa dos professores Stephano Della Vigna e Ethan Kaplan, realizada nos Estados Unidos, que mediu o efeito da mídia sobre a eleição presidencial de 2000 naquele país. A pesquisa foi divulgada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim no seu blog "Conversa Afiada".

A pesquisa dos professores tem o seguinte título em português: "O Efeito da Fox News: A Eleição e a Partidarização da Mídia".

“Entre outubro de 1996 e novembro de 2000 (primeira eleição de Bush), o conservador Fox News Channel entrou na programação a cabo de 20% das cidades americanas... Com a análise de resultados eleitorais de 9.256 cidades, investigamos se o Partido Republicano (de Bush) aumentou a percentagem de votos nas cidades em que a Fox News entrou até o ano 2000. Nós descobrimos que, entre 1996 e 2000, a introdução da Fox News no mercado teve um efeito significativo nas eleições presidenciais. Os republicanos ganharam entre 0,4% e 0,7% de votos em cidades que exibiam a Fox News. A Fox News também afetou o comparecimento dos eleitores e a percentagem de votos dados aos Republicanos para o Senado. NOSSAS ESTIMATIVAS CHEGAM À CONCLUSÃO DE QUE A FOX NEWS CONVENCEU ENTRE 3 E 28% DE SEUS ESPECTADORES A VOTAR NO PARTIDO REPUBLICANO...”, diz o resumo da pesquisa.

O ensaio foi publicado no Quarterly Journal of Economics, em agosto de 2007.

A história recente das eleições no Brasil mostra que, por aqui, as coisas não são muitos diferentes e a mídia (principalmente a TV Globo) tem enorme poder de manipular a informação para influenciar no voto dos eleitores.

domingo, 25 de novembro de 2007

Libertadores, é o Fla quem vai!



O coração deste blogueiro torcedor está dividido entre a tristeza e a felicidade.

O Mais Querido do RN, o ABC, perdeu de 2x0 hoje para o Atlético-GO e caiu para 5ª colocação na Série C do Brasileirão. Agora, o ABC tem que vencer o Bragantino na próxima quarta-feira (28) e torcer por uma combinação de resultados pra poder se classificar. Tarefa difícil. Podem me chamar de covarde, mas eu acho que o sonho acabou.

Mas, por outro lado, o Flamengo, time mais querido do Brasil, minha outra paixão, venceu o Atlético-PR por 2x0 hoje no Maracanã, diante de 87 mil rubro-negros, conquistando de vez sua vaga na Libertadores da América do próximo ano.

Num só dia, a experiência de viver a dor e a delícia de ser torcedor.

Está de parabéns a torcida do ABC, que acreditou no time e lotou o Frasqueirão em todos os jogos.

E está de parabéns o Flamengo e a nação rubro-negra, que hoje, mais do que nunca, não se cansa de cantar:

"És time de tradição, raça, amor e paixão, ó meu mengo.
Eu sempre te amarei, onde estiver estarei, ó meu mengo".