Poder de compra do mínimo aumenta 70%
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse ontem (26) que o governo federal está perto de conseguir dobrar o poder de compra do salário mínimo.
"Estamos chegando muito próximo de dobrar", afirmou o ministro, em entrevista coletiva concedida a emissoras de rádio da Radiobras.
Marinho afirmou que a decisão de aumentar o mínimo de R$ 300 para R$ 350 reflete o compromisso de melhorar a distribuição de renda e a justiça social no país.
Segundo ele, em março de 2003, era possível comprar 1,3 cesta básica com o mínimo, que valia R$ 200. De acordo com o ministro, com R$ 350 o trabalhador poderá comprar 2,2 cestas básicas. O aumento no poder de compra é de 70%.
Outras comparações dizem respeito à relação entre o valor do salário mínimo e os preços do feijão, do arroz e do cimento. "Em janeiro de 2003, o salário mínimo comprava 63 quilos de feijão e passará a comprar agora 133 quilos; comprava 11 sacos de cimento, passará a comprar 20 sacos de cimento; comprava 131 quilos de arroz, passará a comprar 257 quilos", exemplificou.
Na entrevista, o ministro defendeu que "Estados em melhores condições" adotem outros valores para o mínimo, desde que não sejam inferiores ao piso nacional.
"Temos que ter um piso nacional e, a partir daí, cada Estado pode adequar a sua condição em caso de ter essa condição melhor", disse Marinho. Ele citou o exemplo dos governos do Rio Grande do Sul e do Paraná, que já definiram um valor regionalizado.
Agência Brasil
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