Geraldo Alckmimn (PSDB), quando era governador de São Paulo, abafou várias CPIs que pretendiam investigar supostas irregularidades em seu governo. José Serra (PSDB) é quem governa São Paulo atualmente e usa a mesma estratégia do seu predecessor.
Enrolados com o escândalo da Alstom, Serra e Alckmin agora adotam discursos diferentes. Serra diz que "não há o que investigar", enquanto Alckmin defende a investigação e a "punição exemplar dos envolvidos".
A multinacional francesa, segundo o Ministério Público da Suíça, pagou R$ 13,5 milhões em propinas para políticos e autoridades de SP, entre 1998 e 2001, quando o Estado foi governado pelos tucanos Mário Covas e Alckmin.
O que aconteceu para Alckmin mudar e, somente agora, defender a "apuração, investigação e punição exemplar"?
É simples: Alckmin não está no poder. José Serra está e faz valer o peso desse poder para sufocar as investigações na Assembléia Legislativa de SP.
O discurso de Alckmin é o discurso da conveniência, falácia de alguém que é candidato e precisa dar respostas rápidas ao eleitorado, para não ficar mal na fita.
Ele não vai dizer nunca que "não há o que investigar", como disse Serra. Isso lhe custaria alguns preciosos votos numa disputa eleitoral que promete ser acirrada.
Estar ou não no poder faz toda a diferença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário