quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O nome da crise III

A "crise dos cartões" continua na pauta da mídia hoje.

A Folha de São Paulo segue em sua jornada incansável, atualizando diariamente a contagem dos gastos com os cartões corporativos.

Na edição de hoje, a manchete da capa diz que as agências reguladoras do governo federal (Anatel, Anvisa, entre outras) gastaram mais de R$ 1 milhão nos cartões de crédito corporativos do governo em 2007.

O jornal não esqueceu de levantar o tipo de gasto das agências, que teria sido, em sua maioria, gastos com lojas de material de construção, papelarias, postos de gasolina, supermercados ou por meio de saques em dinheiro.

O que isso quer dizer? Em princípio, absolutamente nada.

O que o jornal e o resto da mídia querem, ao ressaltar o valor gasto com os cartões, é que a gente associe automaticamente o uso destes cartões à corrupção. É manipulação das mais deslavadas.

As agências, por exemplo, como registra o próprio jornal, fazem a fiscalização dos serviços prestados pelas concessionárias, que atuam nos mais diversos setores, como energia, estradas e telefonia.

É evidente que este trabalho demanda gastos. É mais evidente ainda que a fiscalização exercida por estas agências, vital para o funcionamento correto dos serviços à população, não pode se pautar pelo ritmo da burocracia.

O direcionamento da cobertura é criminoso, além de ser também mais uma clara demonstração de engajamento da mídia na tentativa de derrubar o presidente Lula. Não esqueçamos que este ano tem eleições municipais.

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