quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

O nome da crise IV

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, disse hoje, em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, que o governo é "a favor do cartão de pagamento porque ele é rastreável, mais transparente e porque o controle é maior".

"Não se paga despesa pessoal com ele, como não se pode usar os fundos, o saque em conta corrente para pagar gasto pessoal", completou a ministra.

O governo começou a reagir à oposição e à mídia golpista. No Senado, o líder Romero Jucá (PMDB-RR) protocolou o requerimento para a instalação da CPI para investigar o uso indevido dos cartões corporativos desde 1998, o que atinge também o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O ato do governo deixou a oposição irritada. O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que se tratava de uma "manobra" do governo.

"Não se trata de manobra nem cortina de fumaça. A oposição não quer investigar? Então investiguemos", respondeu o senador Jucá.

O governo não pode abrir mão de investigar o uso dos cartões no período tucano-pefelê. É a única forma de fazer cair a máscara da oposição golpista e suas meretrizes, que vivem a apregoar as virtudes da castidade.

Para se ter uma idéia da parcialidade da mídia, Paulo Henrique Amorim mostra em seu "Conversa Afiada" que 44,58% dos gastos com cartão corporativo em São Paulo são saques diretos no caixa.

Ainda segundo PHA, os gastos com cartão corporativo cresceram 5,82% em 2007, no governo José Serra (PSDB), acima da inflação.

Os dados são do Sigeo (Sistema de Informações Gerenciais da Execução Orçamentária) e foram entregues por um funcionário da liderança do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo ao editor do "Conversa Afiada".

Paulo Henrique Amorim também diz que a Folha de S. Paulo teve acesso as tabelas com os dados.

Até agora, a Folha de S. Paulo não publicou esses dados.

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