Permitam-me o uso do neologismo. Mas foi isso que a Folha fez na edição de hoje: exercício de futurologia.
Manchete do caderno Brasil da Folha: "Procurador-geral deve dar parecer pró-CPI do Apagão Aéreo".
Abaixo da chamada, lê-se: "Até o fim da semana que vem, Souza deve dizer a STF ser favorável à criação de comissão para investigar apagão aéreo".
Esse "deve" é forçação de barra pura. Não tem nada de informativo nisso. O jornal noticia como fato algo que nem aconteceu ainda. Opinião disfarçada de informação.
Na verdade, o uso do "deve" é um pretexto para o jornal mostrar o que gostaria que acontecesse: "Olha, seria muito bom se o Procurador-geral da República desse parecer favorável à criação da CPI do apagão aéreo".
A Folha deveria ter deixado isso claro em seu editorial. Não o fez.
Feio, muito feio.
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