terça-feira, 3 de abril de 2007

Entrevista exclusiva com a banda Oficina G3




No último dia 23 de março, a banda gospel Oficina G3 esteve em Natal para um show no ginásio de esportes do Colégio Sagrada Família.


Na ocasião, a Tribuna do Norte publicou no caderno Viver uma entrevista que fiz com o pessoal da banda. Por questões de espaço, a entrevista não saiu na íntegra.


E por questões de descuido, relaxamento e esquecimento, somente agora publico a conversa por completo.


Hoje a música gospel conta com razoável prestígio. Mas nem sempre foi assim. Como vocês analisam essa mudança e a que atribuem isso?


Oficina G3: Tudo evolui. Até no Brasil. O “até aqui” é porque no mundo todo, o único lugar que ainda existe essa coisa de discriminação entre música gospel e música das FM’s é aqui. E sinceramente, isso só aconteceu porque grandes marcas de instrumentos musicais começaram a apoiar os músicos cristãos, que por sua vez, se tornaram os maiores vendedores de instrumentos no Brasil. Assim, ficou impossível a mídia não dar atenção a um público que cada dia cresce mais e consome mais. Isso foi um fator. O outro com certeza foi o alto nível musical que hoje temos no nosso meio. Músicos e intérpretes que nada perdem e muitas vezes tem muito a ensinar a quem já foi professor.... o Brasil passa por um difícil momento musical, onde o que toca nas rádios e passa na tv pra mim não é música, e sim lixo industrial pra mexer com as massas.


As letras das canções da banda vão além dos temas religiosos. Não é estranho um grupo religioso falar de política, por exemplo?


G3: Não, afinal o mundo só precisa de DEUS, já dizia uma banda gospel chamada Banda Rara. Olha, à cada dia que passa, o mundo começa a se voltar ao criador. Depois de tentar acertar e bater muito a cabeça na parede, começam a tentar na fé, e essa em Deus, arrumar o que ele mesmo (o homem) destruiu ou está destruindo. Cantamos o futuro. Cantamos o caminho. A verdade. A vida. Tudo isso só se tem com Jesus. Quer ser feliz? Quer governar bem? Quer tomar decisões certas? Só com Jesus. Por isso mostramos o caminho. Cantamos as verdades que vemos e lemos na bíblia e que poderiam mudar o mundo que vivemos, se nossos governantes assim procurassem a resposta no lugar certo. Estranho seria fazer o que muitos fazem... metem o pau, reclamam, mas não trazem soluções. Nós mostramos o problema, cantamos contra e mostramos o caminho. Quer experimentar? Siga-nos.


No meio evangélico, ainda há preconceito em relação ao rock? Como vocês lidam com isso?


G3: Sim. Melhorou muito. Mas ainda há. O G3 existe há 20 anos. São 20 anos que provam a que viemos.... como diz a bíblia – “pelos frutos se conhece a árvore...” (Mateus 12:33). Assim não há o que dizer e sim o que se vê. Melhor do que tentar justificar usando palavras, é ver os frutos que colhemos e temos colhido no decorrer desses 20 anos. Hoje posso dizer que temos mais apoio do que rejeição. Mas nem sempre foi assim. Sempre encaramos esse preconceito como um companheiro, afinal ele anda conosco há 20 anos!


Além do som forte da guitarra distorcida, o visual de vocês também chama atenção. Vocês não acreditam que essa “rebeldia” choca os evangélicos mais tradicionais?


G3: Rebeldia? Acho que roupas, estilo e costumes são rótulos que em outras culturas significam apenas o seu estilo pessoal. Não somos rebeldes. Não temos atitudes rebeldes. Não fazemos parte de uma revolução contra tudo e todos. O que vejo é que vivemos em uma cultura onde o terno e a gravata são sinônimos de classe. Os maiores ladrões do nosso país usam terno e gravata, mas quanto aos evangélicos mais tradicionais, isso não nos preocupa. Até eles hoje entendem nosso ministério. Somos, vestimos e vivemos como nos vêem nos palcos. Somos assim. Não nos “vestimos” para subir em um palco e mostrar alguma coisa a mais do que somos aqui em baixo, no dia-a-dia. E isso faz toda a diferença. Não fazemos apologia a nada do que usamos, sejam as tatuagens, os piercings ou nossas roupas. Usamos porque gostamos. E principalmente porque não sentimos que nada disso atrapalha nosso relacionamento com o Espírito Santo.


O CD mais recente da banda, “Além do que os olhos podem ver”, deixou mais de lado as baladas românticas. É uma tendência para os próximos trabalhos?


G3: G3 é assim. Lança um cd acústico, depois lança um cd mais nervoso, depois um cd mais antenado ao mundo do rock e por último no “Além do que os olhos podem ver”, um cd mais pesado. Desde o cd “Indiferença”, a banda já deixou claro que nosso compromisso musical é com o rock. Qual vertente tomaremos para o próximo cd, isso é uma incógnita. Afinal escrevemos e fazemos músicas do que estamos vivendo, sentindo e aprendendo na época em que estamos gravando. Gostamos de dizer que nossa vida é guiada pelo Espírito Santo. E isso é uma realidade até na nossa música, afinal não fazemos música apenas para agradar aos ouvidos, mas sim pra mudar o coração. Temos uma missão e vivemos ela do momento que acordamos até o final do dia. Assim é nossa música. O futuro a Deus pertence.


Como vocês analisam o comportamento do público gospel nos shows, que muitas vezes age como uma platéia de rock comum (fãs saltando sobre o público, gritos estéricos, meninas subindo nos ombros dos rapazes)?


G3: Olha, estamos falando de jovens. Gente como todo mundo que se difere na forma de pensar. Não são ET’s. A diferença existe quando vc analisa o show no todo: não tem gente fumando maconha, não tem brigas e o ambiente, até no meio de um show de rock como o nosso, é calmo. Todo mundo se diverte, ouve, aprende, compartilha e leva pra casa uma lição nova. Os excessos existem, mas todos eles são corrigidos na boa. É só trocar uma idéia com a galera e tudo volta ao normal.


Vocês acham que os jovens que vão aos shows da banda prestam mais atenção nas mensagens das letras ou estão ali somente por causa do som pesado?


G3: Os dois. Por isso nos shows do G3, sempre damos uma palavra aberta, sem rodeios. Geralmente ocorre no meio do show, entre as 15 músicas que geralmente compõem nosso show. As letras falam ao coração muitas vezes de forma subliminar, quando a galera canta as músicas. Quando paramos e falamos a palavra, lemos a bíblia e trocamos uma idéia com a galera, o que tá fazendo efeito no coração se pontecializa na mente. Daí pra frente é só aproveitar e experimentar a maravilha que é viver com Jesus.


Como será o novo CD e para quando está previsto o lançamento?


G3: O novo cd é um dos momentos mais legais que já vivemos. É diferente de tudo que já fizemos também. Não é acústico, não é elétrico, não é pesado, não é leve. Não tem baladas, não tem hard´s. É o que chamamos de OFICINAELEKTRACUSTIKAG3. Tudo que tem e esta lá, tem nos proporcionado momentos de profunda graça. Acho que é música pra lavar a alma. É isso que acredito que vai acontecer com quem ouvir esse cd. Está previsto para segunda quizena de abril. Estamos anciosos para que esse cd chegue logo nas mãos da galera.


O que o público de Natal tem de diferente?


G3: A energia do nordeste brasileiro. A força da juventude nacional. É muito legal tocar em Natal. Ouvir o coro uníssono da galera junto com a banda é algo indescritível. Estamos nos preparando para um grande show. Vai ser especial para nós e para todos que ali estiverem.

Um comentário:

Unknown disse...

Nome : Bárbara !
Idade : 13 anos*
Cidade : Montanha/

Oficina G3/*...
conhecir vocês, através do meu irmão que gosta muiito de vocês ele toka guitarra na igreja ! ele toka guitarra e gosta muito de ver vocês cantando e tokandu guitarra e ama a letra da sua música 0¨..!"&*
eu tambem gosto muiiito
das sua musicas !!!!
gosta do seus jeitos de pensar agir e ver !
como mundo de hoje éeee..
discriminam vocês por causa que vocês tokam um musica vamos dizer "pesada " porem nao compriendem q éeee de Deus"" !!
enquanto voces poderiam ta no mundo das drogas!! mais Nãoooooooooooo !!!tão !
vcs estão louuuuvandu ao Senhor !¨¨
Gente eu achooo isso um ABISSURRO!!!

como a sociedade é !(ainda bem q nao e todo mundo)

bom gente gostaria de parabenizar !!!por nao ter desistindu de serem uma banda de rok porem de Deus#

$ucesso "!#%*()