Por Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada:
Como resolver a crise do apagão
". Vamos imaginar que o Presidente Lula tenha tido uma epifania em Camp David e, ao voltar ao Brasil, tomasse a decisão de privatizar a Infraero.
. Ligava para o “teólogo da privatização”, FHC e este recomendava a imediata convocação dos “controladores” da privatização:
. Luiz Carlos Mendonça de Barros, André Lara Rezende, Daniel Dantas e Ricardo Sergio de Oliveira.
. Os quatro, em 48 horas, fariam um leilão, e privatizavam a Infraero: ia tudo para o Opportunity, com dinheiro da Previ, da Petros e da Funcef.
. Pronto, estava resolvido o problema. . A mídia conservadora (e golpista) esquecia do “apagão” com a mesma rapidez com que se esqueceu da cratera do metrô.
. O assunto ia lá para a 68ª. página, perto do Horóscopo. . Os democratas da oposição mudavam de assunto. CPI do Apagão, qual nada!
. Agora queremos a CPI do Leão: por que nem o Leão dá jeito no Corinthians?
. A Miriam Leitão escreveria com entusiasmo: “Prevaleceu o bom senso. Finalmente, o presidente Lula se converteu à causa da modernidade, do ‘avanço’ e o Brasil não vai mais perder o ‘bonde – ou o avião - da História’!”
. O primeiro ato de Daniel Dantas, como novo Presidente da Infraero, seria vendê-la a uma empresa sul-africana que controla o tráfego aéreo da Namíbia ."
Lula não pode impedir punição
". Entre as muitas distorções da mídia conservadora (e golpista) surgiu a “informação” de que o Presidente Lula cedeu, recuou, ajoelhou-se, prostrou-se e resolveu cancelar as punições aos controladores.
. Não é bem assim.
. Se quiser, porque é o Comandante Supremo das Forças Armadas (essa atribuição ainda não é do editor-chefe do Estadão), o Presidente Lula pode cancelar as punições ADMINISTRATIVAS.
. Ou seja, suspender as transferências de controladores, por exemplo.
. Mas, o Presidente da República não pode interferir no trabalho do Judiciário.
. Embora o Judiciário agora dê a impressão de que pretende governar o Brasil.
. O Ministério Público Militar iniciou um processo.
. Esse processo vai ser julgado, as partes – acusação e defesa – terão o direito de se manifestar, e o juiz decidirá.
. E estamos conversados.
. Agora, fala a Justiça Militar e que o Presidente da República e os ministros do Supremo se mantenham nos limites de sua competência institucional."
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