Da Carta Capital (edição 438, nas bancas hoje):
"Não é à toa que o Nordeste há tempos se tornou a aposta das grandes empresas e a opção para os migrantes que em outras épocas deixaram a terra natal em direção ao sul-maravilha. O crescimento da região acima da média nacional melhorou o poder aquisitivo da população, como mostrou reportagem de CartaCapital publicada na edição 436.
Segundo pesquisa do instituto Cetelem-Ipsos, divulgada na terça-feira 27, o Nordeste foi a região com maior crescimento da renda familiar média na comparação entre 2005 e 2006. O valor passou de 676,64 reais para 761,16 reais – alta de 12%. A renda disponível (o que fica efetivamente no bolso) aumentou 38% no período. Outra informação importante, segundo o levantamento, é que a intenção de compra de computador entre os nordestinos mais do que dobrou em um ano. Em 2007, além de computadores, os habitantes da região têm a intenção de gastar com móveis, eletrodomésticos, lazer/viagem, telefone celular e eletroeletrônicos.
Segundo Franck Vignard-Rosez, diretor-executivo de Desenvolvimento e Marketing da Cetelem Brasil, o desempenho do Nordeste tem a ver com as políticas sociais, o crescimento do PIB, o aumento real do salário mínimo e a oferta de crédito. O lado perverso é que o excesso de recursos resulta em aumento do endividamento. Paulo Bernardo, ministro do Planejamento, diz que o governo está atento ao problema: “A Selic está baixando, mas não há uma diminuição correspondente nas taxas de juro para o consumidor. Isso pode ser uma ganância das instituições financeiras, mas pode ser necessário também melhorar um pouco o ambiente regulatório”."
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