Deputado do DEM chefiava esquema de desvio de dinheiro em Alagoas
MP pede afastamento de dez deputados estaduais
Portal Terra
O Procurador-Geral de Justiça de Alagoas, Coaracy Fonseca, pediu ontem, na Justiça comum estadual, o afastamento de 10 deputados estaduais acusados de desviar R$ 200 milhões da folha de pagamento da Assembléia Legislativa de Alagoas. O Procurador-Geral também quer a destituição dos deputados que integram a Mesa Diretora, entre eles o presidente da Assembléia, deputado Antônio Albuquerque (DEM). Ele é suspeito de chefiar o esquema.
Além de Albuquerque, foram indiciados por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, Cícero Amélio, Manoel Gomes de Barros Filho (Nelito), Edival Gaia, Maurício Tavares, Dudu Albuquerque, Arthur Lira, Antônio Hollanda Júnior, Cícero Ferro e Isnaldo Bulhões Júnior.
Os deputados acusados foram investigados pela Polícia Federal. Segundo a investigação da PF, o deputado Cícero Amélio (PMN), um dos integrantes do esquema, mantém estreitas realções no Tribunal de Justiça, possivelmente o órgão que vai julgar a ação do MP alagoano. O deputado é cunhado do desembargador Orlando Manso, também ex-presidente do TJ e irmão da juíza Maria Ester Manso, casada com o ex-presidente.
Em gravações da polícia, outro desembargador, James Magalhães, aparece pedindo emprego para o cunhado na Assembléia ao parlamentar. Em conversa com a imprensa, Magalhães não comentou as acusações e disse que conversou com o presidente do TJ, desembargador José Hollanda Ferreira.
Em Tempo
Uma investigação dessa na Assembléia Legislativa do RN não deixaria pedra sobre pedra. Possivelmente, haveria um grande boicote na imprensa local, pois muitos jornalistas recebem por fora para defender políticos amigos.
Além do boicote da imprensa, haveria outro problema. A corrupção na própria Justiça, que, assim como em Alagoas, mantém ligações libidinosas com o poder político.
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