Pobreza e indigência diminuem no continente, mas desigualdade persiste
A pobreza na América Latina atingiu o menor número em 17 anos. O dado consta num estudo divulgado pela Cepal (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), em Santiago, no Chile. Apesar disso, a concentração de renda ainda persiste e mantém a desigualdade social em níveis elevados. As informações são da BBC Brasil e Uol Economia.
O estudo da Cepal afirma que "coesão social" no continente é ameaçada pela existência de "múltiplas brechas sociais que separam os grupos mais vulneráveis dos que têm melhores condições de vida". Em outras palavras, a contumaz desigualdade social no continente faz da América Latina uma região profundamente dividida entre os que têm tudo e os que não têm nada.
O "Panorama Social da América Latina 2007" mostra que a região tinha 194 milhões de pobres e 71 milhões de indigentes em 2006. No ano passado, segundo o estudo, 15 milhões de pessoas (equivalente à população do Chile) saíram da pobreza e dez milhões deixaram de ser indigentes na América Latina.
No estudo, a Cepal também destaca a redução da pobreza no Brasil e afirma que os "programas públicos, especialmente o Bolsa Família, tiveram influência decisiva nesse desempenho". No país, entre 2001 e 2006, seis milhões de pessoas deixaram de ser indigentes.
"Se se compara 2006 com 1990, existem 20 milhões de indigentes a menos na região", afirma o documento da Cepal.
O estudo da Cepal destaca ainda que a presença das crianças, do ensino primário, nas escolas "é quase universal" (97%) na região. Também aumentou, nos últimos anos, a freqüência escolar entre jovens. "A maior presença na escola beneficiou, principalmente, os filhos dos pais com pouco estudo", destaca.
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