Os riscos da profissão
"Os jornalistas e os meios de comunicação das Américas enfrentam grandes riscos no exercício livre da profissão, afirmou hoje em comunicado a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP). Por ocasião do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, a SIP afirmou que o crime organizado e a corrupção continuam em primeiro lugar como "fontes da violência que restringe o direito do público à informação".
Nos últimos 12 meses, 15 jornalistas foram assassinados: oito no México, dois Colômbia, dois na Venezuela, um na Guatemala, um no Haiti e um no Peru. Três permanecem desaparecidos no México.
Também foram denunciadas as constantes ameaças de morte recebidas por repórteres no Brasil, Colômbia, Equador, Guatemala, Honduras, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.
Os atritos entre a Justiça e a imprensa também foram destacados.
No Brasil, Colômbia e Paraguai, por exemplo, são freqüentes as ordens judiciais de "censura prévia ou indenizações extravagantes que restringem ou detêm apurações".
As ordens judiciais inclusive "põem em risco a operabilidade da imprensa e incentivam a autocensura".
A SIP criticou a "péssima" atitude das autoridades de Cuba e Venezuela, que não respeitam a "defesa das garantias" e o direito de receber e buscar informação."
(Leia mais em http://noticias.terra.com.br/mundo)
"A cada ano, no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, chama-se a atenção para a importância da liberdade de imprensa como pré-requisito de uma democracia saudável e ativa, na qual as pessoas sejam livres para expressar suas idéias. Lembremos do Artigo XIX da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que expressa que "toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras". Sem uma mídia livre, independente e pluralista, como pode o público fazer escolhas eleitorais informadas, analisar o processo político de tomada de decisão ou dar opiniões efetivas para assuntos públicos? Conseqüentemente, os jornalistas desempenham um papel vital no processo democrático, mas é um papel que pode atrair certos riscos."
(leia mais em http://www.unesco.org.br/noticias/opiniao)
Um comentário:
Talvez fosse o caso de aproveitar o momento o discutir os efeitos ruins da profissão sobre a sociedade, sobretudo num país onde imprensa e poder caminham em paralelo e não raro, a informação é submetida ao julgo de interesses corporativistas. Aquele artigo sobre os monopólios de grandes grupos na mídia brasileira não vai sair?
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