sábado, 21 de abril de 2007

Herbert Viana assiste audiência pública sobre Lei de Biossegurança

A convite da neurocientista e pesquisadora chefe da Rede Brasil Sarah de Hospitais de Reabilitação, doutora Lúcia Willadino Braga, o músico Herbert Viana participou ontem da audiência pública sobre a Lei de Biossegurança promovida pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Herbert disse ser importante trazer ao debate a questão de que os defensores da lei que permite o uso de células-tronco embrionárias para pesquisa, não estão incorrendo em um “pecado mortal”.

“O milagre da vida por fertilização artificial inclui essa aspecto das células já fecundadas. Devemos ter consciência de quantos pais, mães e trabalhadores carregam nas costas a batalha da vida, o peso da criação da família. Quantas pessoas dessas, que eventualmente tenham sido inutilizadas em um acidente, possam voltar à ativa, a trazer comida ao prato de seus filhos”, disse Herbert.

Outro ponto levantado por ele é de que as pesquisas refletem uma melhor perspectiva para a sociedade brasileira, ao contrário dos “ranços de conservadorismo”. A discussão, segundo ele, abre o debate para os pontos de vista que revelam o grau de evolução da nossa sociedade e da educação do povo brasileiro em termos de conhecimento e de noção de autocrítica. “Este debate que temos no dia a dia na nossa vida, na nossa sociedade, é o que estamos tentando implantar ou, de uma maneira retroativa, impedir que avance”.

Herbert Viana finaliza seu posicionamento em favor da Lei de Biossegurança evocando o pensamento religioso. “Com a força e a luz da luta, Jesus demonstrou o valor da vida, a força da batalha, da honestidade, da reconstrução. Que tudo isso é um evento absolutamente bem-vindo”, disse. “É como a vela de um barco, que vem para restaurar a vida, a dignidade, a condição de circulação para tanta gente. Somos muitos e muitos milhões pelo país”, finaliza.

Herbert ficou paraplégico depois de sofrer um acidente com ultraleve em Mangaratiba (RJ), em 2001. Desde então, tem acompanhamento neuropsicológico pela doutora Lúcia Braga.

Fonte: STF Últimas Notícias

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