Trabalhadores urbanos e rurais se unem em protestos
Brasil de Fato
"O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e as organizações de sem-teto, nos últimos dias, aumentaram suas ações em todo o país contra as políticas fundiária e habitacional de prefeitos, governadores e, principalmente, do governo federal. Fazendas e prédios foram ocupados, ruas foram interditadas e marchas estão ocorrendo. Os camponeses se mobilizam por conta do “abril vermelho”, um período de reivindicações e celebração da luta daqueles que morreram em defesa da reforma agrária e da justiça social, em Eldorado dos Carajás.
Brasil de Fato
"O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e as organizações de sem-teto, nos últimos dias, aumentaram suas ações em todo o país contra as políticas fundiária e habitacional de prefeitos, governadores e, principalmente, do governo federal. Fazendas e prédios foram ocupados, ruas foram interditadas e marchas estão ocorrendo. Os camponeses se mobilizam por conta do “abril vermelho”, um período de reivindicações e celebração da luta daqueles que morreram em defesa da reforma agrária e da justiça social, em Eldorado dos Carajás.
Já a União Nacional por Moradia Popular (UNMP) diz que tradicionalmente realiza ações em abril e maio, e o fato de as ocupãções terem ocorrido no mesmo tempo é uma coincidência. A organização, no entanto, enfatiza que é solidária às reinvidicações dos movimentos que lutam pela reforma agrária, assim como também conta com o apoio dos sem-terra na luta pela moradia."
Em tempo
Na próxima terça-feira (17), se completam onze anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido ao sul do Pará, e que ganhou repercussão internacional e marcou a história do país. Na chacina,19 trabalhadores rurais, ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foram assassinados. Sob ordens do então governador do estado, Almir Gabriel (PSDB), 155 policiais das cidades de Parauapebas, e Marabá, comandados pelo Major José Maria Pereira e pelo Coronel Collares Pantoja, cercaram as famílias sem-terra que manifestavam na rodovia PA-150.
Entre os 144 incriminados, os dois comandantes foram condenados, mas conseguem recorrer à condenação em liberdade. Ambos os processos estão paralisados nos tribunais superiores. Segundo Marco Aurélio Nascimento, promotor público do caso, os recursos levam à impunidade.
Em 2002, por meio de um decreto do presidente Fernando Henrique Cardoso, o dia 17 de abril se tornou o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Ao lado do Massacre do Carandiru (1992) e da Chacina da Candelária (1993), o Massacre de eldorado dos Carajás é considerado como uma das ações policiais mais brutais da história recente do Brasil.
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