O governo levou a melhor e aprovou, na madrugada desta quarta-feira, a criação da TV Pública no Senado.
Pra variar, tucanos e 'demos' tentaram a todo custo boicotar a votação com o objetivo de impedir a aprovação da Medida Provisória que cria a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável por manter a televisão pública, oficialmente batizada de TV Brasil. A MP venceria na próxima semana e se não fosse logo aprovada, perderia a validade.
Os governistas, liderados pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), conseguiram desobstruir a pauta e votar a MP. Revoltados porque a tentativa de sabotagem não deu certo, tucanos e 'demos' deixaram o plenário.
Diante da estratégia da minoria, que queria de qualquer forma derrubar a TV Brasil, o senador Romero Jucá avisou que o governo não "abaixaria a cabeça" à oposição. "A oposição não dobrará a base do governo. Não é intenção baixar a cabeça para a oposição", declarou o senador.
Dessa vez, o governo agiu certíssimo e fez o que qualquer governo democraticamente eleito faz, exercendo a sua maioria legislativa para aprovar projetos do seu interesse. No Brasil, porém, a oposição não aceita o princípio básico de que a maioria é quem governa.
Tanto é que após a derrota desta madrugada, os oposicionistas voltaram a radicalizar e prometeram que daqui pra frente vai ser olho por olho e dente por dente.
“Nunca mais haverá um acordo nesta Casa. Amanhã não passa nada nas comissões, vamos pedir vistas de tudo. O comportamento será assim, inclusive no Orçamento. A partir de amanhã o Senado vai viver uma situação de confronto entre governo e oposição”, bradou o líder do PSDB, senador Arthur Virgílio Neto (AM).
O líder dos 'demos', senador José Agripino Maia (RN), também prometeu que vai atrapalhar mais ainda a vida do governo de agora em diante. A oposição de Agripino à TV Pública é auto-explicativa. Ele é dono da TV Tropical, retransmissora da Rede Record no Rio Grande do Norte. Além da TV, Agripino também tem várias emissoras de rádio na capital e no interior do RN.
Tucanos e 'demos' voltarão a unir forças hoje para tentar sabotar a votação do Orçamento Geral da União (OGU) e, com isso, prejudicar o andamento de várias obras de interesse público já iniciadas, mas que estão paralisadas porque dependem de recursos orçamentários.
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