segunda-feira, 9 de abril de 2007

Para os críticos do Bolsa Família

PROGRAMA REDUZ A DESIGUALDADE DE RENDA EM 10%

De Paulo Henrique Amorim no Conversa Afiada:

"O pesquisador do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) Gabriel Ulyssea disse em entrevista a Paulo Henrique Amorim nesta segunda-feira, dia 09, que o Bolsa Família é responsável pela redução de 10% na desigualdade de renda no Brasil.

Ulyssea disse que o Bolsa Família é uma demonstração de como melhorou a focalização dos programas sociais no Brasil. E isso, segundo ele, contribui para diminuir a desigualdade de renda entre os trabalhadores brasileiros.

O coeficiente de Gini do Brasil, que na década passada estava acima de 0.6, está hoje no menor valor dos últimos 30 anos (0.566). O Coeficiente de Gini é uma medida de desigualdade social.

Gabriel Ulyssea disse que o Bolsa Família tem a vantagem de focar na criança e só liberar os recursos para a família que mantiver os filhos na escola. Isso, segundo ele, mostra que o programa não estimula a preguiça.

Segundo Ulyssea, o Bolsa Família também não pode ser visto como um programa que “vicia” o pobre e é meramente assistencialista. Ele disse que é assistencial porque distribui dinheiro aos mais pobres, mas cobra uma contrapartida, que é manter os filhos na escola. Por isso, o bolsa Família não é assistencialista ou “viciante”.

Ulyssea fez mestrado com bolsa do Governo e vai fazer doutorado com bolsa do Governo. Ele disse que não se considera “assistencializado” ou “viciado”.

Os estudos sobre a diminuição da desigualdade de renda no Brasil estão num livro que o IPEA vai lançar na próxima sexta-feira, dia 13. O livro “Desigualdade de Renda – Uma Análise da Queda Recente” é organizado pelos economistas Ricardo Paes de Barros, Gabriel Ulyssea e Miguel Foguel."

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