Os cinemas iniciam uma campanha para pressionar os espectadores a provar que são realmente estudantes
Da Carta Capital desta semana:
"Está em cartaz nos cinemas do Brasil, durante 40 segundos antes da exibição dos filmes, um tortuoso texto da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec) que alerta sobre novas regras na utilização de carteiras de meia-entrada para estudantes. Na tentativa de inibir a falsificação generalizada, os bilheteiros passarão a solicitar, de modo aleatório, que o estudante mostre documentos de identidade, comprovantes de matrícula ou boletos de mensalidade.
A medida entra em vigor no momento em que a meia-entrada chega a atingir 72% (em Brasília) e até 90% (em Salvador) dos ingressos vendidos, segundo a Feneec. O “aviso aos estudantes” adota linguagem mais repressiva que educativa, e observa que “a falsificação ou utilização de documento particular falso configura prática de crimes”. Lembra atitudes que a indústria fonográfica tomou nos anos 90 contra a disseminação da pirataria, e que geraram hostilidade por parte de consumidores, sem neutralizar o problema.
“É uma medida inconveniente e desagradável, mas precisamos mostrar que os jovens brasileiros estão sendo estimulados a falsificar documentos”, admite o vice-presidente da Feneec, Luiz Gonzaga de Luca. Ele acrescenta que o tom ameaçador tem como alvo mais as entidades privadas que emitem carteiras sem controle que o público. “O que mais desejamos é que a sociedade comece a discutir o assunto.” O objetivo parece inquestionável. Resta saber como as platéias vão interpretar o tom do diálogo proposto.
Coincidência ou não, na mesma semana em que as carteirinhas entraram na mira dos exibidores, as indústrias cinematográfica e fonográfica anunciaram uma iniciativa inédita de coligação, com a criação da Associação de Antipirataria Cinema e Música. Será dirigida por um ex-delegado da Polícia Federal, Antônio Borges."
Da Carta Capital desta semana:
"Está em cartaz nos cinemas do Brasil, durante 40 segundos antes da exibição dos filmes, um tortuoso texto da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (Feneec) que alerta sobre novas regras na utilização de carteiras de meia-entrada para estudantes. Na tentativa de inibir a falsificação generalizada, os bilheteiros passarão a solicitar, de modo aleatório, que o estudante mostre documentos de identidade, comprovantes de matrícula ou boletos de mensalidade.
A medida entra em vigor no momento em que a meia-entrada chega a atingir 72% (em Brasília) e até 90% (em Salvador) dos ingressos vendidos, segundo a Feneec. O “aviso aos estudantes” adota linguagem mais repressiva que educativa, e observa que “a falsificação ou utilização de documento particular falso configura prática de crimes”. Lembra atitudes que a indústria fonográfica tomou nos anos 90 contra a disseminação da pirataria, e que geraram hostilidade por parte de consumidores, sem neutralizar o problema.
“É uma medida inconveniente e desagradável, mas precisamos mostrar que os jovens brasileiros estão sendo estimulados a falsificar documentos”, admite o vice-presidente da Feneec, Luiz Gonzaga de Luca. Ele acrescenta que o tom ameaçador tem como alvo mais as entidades privadas que emitem carteiras sem controle que o público. “O que mais desejamos é que a sociedade comece a discutir o assunto.” O objetivo parece inquestionável. Resta saber como as platéias vão interpretar o tom do diálogo proposto.
Coincidência ou não, na mesma semana em que as carteirinhas entraram na mira dos exibidores, as indústrias cinematográfica e fonográfica anunciaram uma iniciativa inédita de coligação, com a criação da Associação de Antipirataria Cinema e Música. Será dirigida por um ex-delegado da Polícia Federal, Antônio Borges."
Um comentário:
Tenho uma solução mais simples, acaba-se com a meia-entrada e reduz o preço dos ingressos eh eh eh. Mas falando sério, acho que juntamente com a Feneec, as empresas de transportes também deverão se manifestar. Dia
desses vi uma figurinha que poderia se qualquer coisa,menos estudante, pagando meia passagem. Outro vez, duas senhoras dentro do onibus combinando o dia em que buscariam suas carteiras falsificadas ... Isso é Brasil ... Aqui é ladrão do pequenininho ao bichão!
Postar um comentário