"Aloprados" foi como o presidente Lula se referiu às pessoas envolvidas com a suposta compra de um dossiê com acusões contra tucanos paulistas, nas eleições de 2006.
Na época, a mídia caiu em cima do presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), acusando-o de ser o comandante da operação de compra do dossiê.
Berzoini afastou-se da presidência do partido. Retornou após as investigações revelarem que ele nada teve a ver com o imbrólio.
Mas para a Veja, Berzoini continua sendo um dos "aloprados" de Lula.
Na edição que chegou hoje às bancas, a revista entrevistou o deputado petista José Eduardo Cardoso (SP), que vai assumir a secretaria-geral do partido.
O deputado foi candidato à presidência do PT e defendeu a refundação do partido. Para isso, defendeu uma faxina geral no partido, com a expulsão dos corruptos e o fim das práticas de corrupção.
Veja perguntou ao deputado se não era uma contradição ele assumir a secretaria-geral "do partido presidido por um aloprado (Ricardo Berzoini) e com influência de mensaleiros."
O deputado tinha a obrigação de defender Berzoini, mas não o fez. Disse apenas que não havia nenhuma contradição, pois a executiva do partido é formada proporcionalmente por todas as correntes. Em suma, concordou com a Veja e chamou Berzoini, inocentado no inquérito policial, de "aloprado".
José Eduardo Cardoso, que mantém estranhas ligações com o banqueiro Daniel Dantas, queridinho da Veja, deu mais munição aos inimigos do governo e disse que o "mensalão" existiu de verdade - apesar de dizer também que a palavra "mensalão pode ter vários sentidos".
"Vou ser claro: teve pagamento ilegal de recursos para políticos aliados? Teve. Ponto final. É ilegal? É. É indiscutível? É. Nós não podemos esconder esse fato da sociedade e temos de punir quem praticou esses atos e aprender com os erros."
É, com um secretário desse, que partido precisa de inimigo?!
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