O número de crianças escolarizadas no ensino primário aumentou de 647 para 688 milhões entre 1999 e 2005. Apesar disto, as políticas de educação seguem prestando uma atenção mínima ao analfabetismo: um de cada cinco adultos (e uma de cada quatro mulheres) são mantidos na ignorância. Os dados são do sexto Informe de Seguimento da Educação Para Todos (EPT) no Mundo, apresentado pela UNESCO.
A taxa total de escolarização no primário aumentou de 83% para 87% entre 1999 e 2005, isto é, mais rapidamente que no período 1991-1999. O número de meninos escolarizados aumentou com maior rapidez na África Subsahariana (23%) e Ásia Meridional e Ocidental (11%). Entre 1999 e 2005, o número de crianças sem escola foi reduzido em 24 milhões e passou a ser de 72 milhões. Cerca de 37% do conjunto de crianças sem escola se concentra em 35 Estados frágeis.
De outro lado, o Índice de Desenvolvimento da EPT (IDE) mostra que só 51 países, sobre um total de 129, conseguiram ou estão a ponto de conseguir os quatro objetivos mais quantificáveis da EPT: a universalização do ensino primário, a alfabetização dos adultos, a paridade entre os sexos e a qualidade da educação. Outros 53 países se encontram em uma posição intermediária e 25 distam muito de alcançar os objetivos da EPT em seu conjunto.
Para os governos que não alcançaram seus objetivos, o custo da escolaridade segue sendo um obstáculo importante para o acesso à educação de milhões de crianças e jovens, apesar da supressão dos direitos de matrícula no primário decretada em 14 países depois do ano 2000. Entre 2000 e 2004, multiplicou-se mais de duas vezes a ajuda prestada à educação básica nos países de baixa renda, mas em 2005 diminuiu consideravelmente.
Sobre a universalização do ensino primário, 23 países que no ano de 2000 careciam de disposições legais relativas à obrigatoriedade do ensino primário, a instauraram desde então. Hoje em dia, 95% dos 203 países e territórios estudados contam com leis que impõem o ensino obrigatório.
Apesar de haver mais crianças escolarizadas hoje em dia que no ano de 2000, o Informe chama atenção para o esforço que deve ser desprendido para os 72 milhões de crianças sem escola, para esse 20% da população adulta mundial que carece de competências básicas em leitura e escritura e para o grande número de alunos que saem da escola sem ter adquirido conhecimentos e competências práticas essenciais.
Fonte: Fórum
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