quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Aécio Neves contrata 98 mil servidores em MG

O governador tucano Aécio Neves conseguiu o que queria: aprovou na Assembléia Legislativa de MG o projeto de lei complementar que efetiva, sem concurso público, cerca de 98 mil designados do estado. O projeto foi aprovado na terça-feira passada (9) sem nenhuma emenda.

Os funcionários efetivados e incluídos no Instituto de Previdência do Estado de Minas Gerais (Ipsemg) são pessoas que trabalham no estado há vários anos por meio de contratos administrativos que vinham sendo renovados ininterruptamente. Entre os beneficiados, estão incluídos até mesmo servidores contratados em 2006. Mais de 90% dessas pessoas estão lotadas na educação e estima-se que 25% delas tenham tempo para aposentadoria. Ao justificar a matéria, o governo alega que estaria fazendo justiça a quem dedicou anos de vida ao serviço público, informou o jornal Estado de Minas.

Esses tucanos são uma espécie muito interessante. Nunca se sabe ao certo o que esperar deles. Defensores intransigentes do enxugamento da máquina estatal, sob o pretexto de implantar o "choque de gestão", eis que vem Aécio Neves e contrata 98 mil servidores, sem concurso público.

Eu queria ver se fosse um governador do PT que tivesse feito o que Aécio fez. Ia ser uma chiadeira geral.

E quando o Governo Federal faz contratação de servidores, o que dizem os tucanos? Acusam o presidente Lula e o PT de "aparelharem o estado".

Já diz o ditado popular, pimenta nos olhos dos outros é refresco.

Um comentário:

Anônimo disse...

O principal a grande mídia não fala: o Governo de Minas deve 7,5 bilhões ao INSS, de contribuições descontadas dos salários dos trabalhadores temporários mas nunca repassadas durante anos a fio. Funcionários efetivos estaduais são sujeitos ao sistema previdenciário estadual (IPSEMG, IPSM), e não ao INSS. A efetivação que propõe o PLC 27/2007 é fruto de acordo de Aécio com o Ministério da Previdência, tornando MG responsável pela previdência dos funcionários que serão efetivados. É uma forma de burlar a dívida, para obter certidão negativa e assim desbloquear recursos federais destinados ao Estado de Minas Gerais.