Obama se elegeu sob a marca da esperança. Na posse, ontem, em Washington, Obama disse que "a esperança venceu o medo" - já vimos esse filme?
Mas o fato é que a esperança nunca sai de moda. Dizem por aí que ela é a última que morre. Ainda bem. Já imaginou viver num mundo sem esperança?
Há que se ter esperança, mesmo que ela pareça estar sempre longe, se movendo para além do horizonte.
Às vezes, a esperança parece uma utopia.
Eduardo Galeano escreveu que a utopia é o que nos faz caminhar:
"A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar".
Sobre a posse de Obama, o português José Saramago, em seu blog, disse estranhar "por este tempo que vivemos, cínico, desesperançado, sombrio, terrível em mil dos seus aspectos, ter gerado uma pessoa (é um homem, podia ser uma mulher) que levanta a voz para falar de valores, de responsabilidade pessoal e colectiva, de respeito pelo trabalho, também pela memória daqueles que nos antecederam na vida."
É, portanto, chegada hora de nos apropriarmos da energia catalisadora da esperança para ousar sonhar com outro mundo - mas que não fique só no sonho.
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