domingo, 18 de janeiro de 2009

De volta

É isso aí, estamos aqui outra vez. O recesso demorou mais que o previsto.

Mas a vida é assim mesmo, cheia de imprevisibilidades.

[Eu e minha vã filosofia...]

Parafraseando Renato Russo em "Metal contra as nuvens", esses foram dias de raios, relâmpagos e trovões.

Perdas, lágrimas, saudades... sinais que servem para relembrar como é tola nossa aspiração à imortalidade.

No prefácio de "Ecce Homo: de como a gente se torna o que a gente é" (L & M Pocket, 2003), Marcelo Bakes comenta como Nietzsche considerava ridícula essa nossa pretenção de não nos submetermos ao tempo:



O homem só se salva pela aceitação da finitude, pois assim se converte em dono do seu destino, se liberta do desespero para afirmar-se no gozo e na dor de existir.

Estaria Caetano Veloso se referindo a esse "gozo" e a essa "dor de existir" quando disse que "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"?

Desculpem as divagações, mas é que, nesse momento, minha mente não consegue se fixar em nada concreto.

Partilho essas impressões, inquietações e dúvidas por absoluta incapacidade de lidar com elas, na vã esperança de que, ao torná-las públicas, elas me deixem em paz.

Mas elas continuam aqui, como memorial da minha fraqueza.

Enquanto isso, o mundo gira, o redemoínho da vida segue veloz e o tempo não espera por ninguém.

Agora é bola pra frente.

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