Mas a vida é assim mesmo, cheia de imprevisibilidades.
[Eu e minha vã filosofia...]
Parafraseando Renato Russo em "Metal contra as nuvens", esses foram dias de raios, relâmpagos e trovões.
Perdas, lágrimas, saudades... sinais que servem para relembrar como é tola nossa aspiração à imortalidade.
No prefácio de "Ecce Homo: de como a gente se torna o que a gente é" (L & M Pocket, 2003), Marcelo Bakes comenta como Nietzsche considerava ridícula essa nossa pretenção de não nos submetermos ao tempo:
O homem só se salva pela aceitação da finitude, pois assim se converte em dono do seu destino, se liberta do desespero para afirmar-se no gozo e na dor de existir.
Estaria Caetano Veloso se referindo a esse "gozo" e a essa "dor de existir" quando disse que "cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é"?
Desculpem as divagações, mas é que, nesse momento, minha mente não consegue se fixar em nada concreto.
Partilho essas impressões, inquietações e dúvidas por absoluta incapacidade de lidar com elas, na vã esperança de que, ao torná-las públicas, elas me deixem em paz.
Mas elas continuam aqui, como memorial da minha fraqueza.
Enquanto isso, o mundo gira, o redemoínho da vida segue veloz e o tempo não espera por ninguém.
Agora é bola pra frente.
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