O jornal gaúcho Zero Hora deste domingo publicou uma reportagem especial sobre aquilo que chamou de "dossiê indiscreto". Trata-se de um relatório detalhado, produzido pelo Consulado dos Estados Unidos em São Paulo, sobre a vida da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. O material foi enviado ao Departamento de Estado americano no dia seguinte à posse da ministra, ocorrida em 20 de junho de 2005.
De acordo com o jornal, o dossiê sobre Dilma Rousseff abrange todas as fases da vida da ministra, desde o nascimento, passando pelo período de guerrilheira na luta contra o regime militar, quando foi presa e torturada, até o presente de técnica prestigiada. Dilma é descrita como "durona", "exigente", "workaholic e alguém que "não respeita hierarquia". A ministra recebeu ainda a alcunha de "Joana D'arc dos subversivos".
Eis os principais tópicos do documento:
Joana d'Arc dos subversivos torna-se chefe da Casa Civil: “No dia 21 de Julho [de 2005], o presidente Lula nomeou Dilma Rousseff, 57, como sua nova ministra-chefe da Casa Civil. Ela ocupou o lugar de José Dirceu, que caiu fora, semana passada, por causa de um escândalo de corrupção. Dirceu estava envolvido profundamente nas estratégias políticas da administração, mas Rousseff anunciou na sua cerimônia de posse que tem a intenção de se focar mais em colocar em andamento a agenda política administrativa [...]”;
Gestora durona: “Rousseff entrou para o PT em 2001 e trabalhou no processo de transição de governo em 2002. Ela é uma gestora durona e exigente, que vai perseguir a qualificação da implementação de políticas administrativas. Ela está menos para o político de holofote, como [José] Dirceu, de ringue político, por ser mais focada em atacar a "burocracia".
Assaltos a banco e guerrilha: “Dilma Vana Rousseff nasceu em 14 de dezembro de 1947, o Estado de Minas Gerais. Seu pai era um promotor búlgaro, que se naturalizou e tinha cidadania brasileira. Ela se tornou ativamente envolvida com a oposição ao regime da dtadura mlitar em 1967, aos 19 anos, enquanto cursava Economia em Minas Gerais. Entrou para vários grupos clandestinos, organizou três assaltos a banco e então foi co-fundadora do grupo de guerrilha chamado Vanguarda Revolucionária Armada de Palmares”;
Marido seqüestrador e eletrocoques: “Rousseff se separou do primeiro marido, Cláudio Linhares, que, em janeiro de 1970, seqüestrou um avião para Cuba e permaneceu lá. Naquele mesmo mês, ela foi capturada pelo Regime e aprisionada por três anos (o oficial se referiu a ela como Joana D'arc dos subversivos), incluindo 22 dias de brutal tortura de eletrochoque”;
Formação acadêmica e gostos pessoais: “Rousseff tem grau de mestre em Teoria Econômica pela Universidade de Campinas e um doutorado não concluído em Economia. Em 1992, ela participou como visitante de um programa internacional nos EUA. Ela está atualmente separada do seu segundo marido (que também era um militante da oposição). Ela tem uma filha, Paula, em Porto Alegre, onde ela passa os finais de semana. Ela gosta de cinema e música clássica. Recentemente ela perdeu peso, depois de, alega-se, adotar a dieta do presidente”;
Da desconfiança aos elogios: “Com seu background técnico e um estilo no-nonsense, Rousseff recebeu respeito relutante do setor da Energia. Enquanto as Cias. norte-americanas estavam inicialmente desconfiadas quando ela foi designada para o cargo de [ministra das Minas e] Energia, agora admitem que ela fez um trabalho competente. Em particular eles a saúdam por sua disposição em ouvir e responder posições e idéias, mesmo quando está inclinada a uma conclusão diferente. Ela tem a uma reputação de negociadora dura, ser persistente e de prestar muita atenção aos detalhes. Adjetivos usados aqui por aqueles que trabalham com ela incluem exigente e workaholic”;
Inapetência política: “Diferentemente de José Dirceu, Rousseff nunca foi eleita para cargo público e seus contatos com o Congresso são limitados, o que sugere que a coordenação política da administração será tarefa de outros. A imprensa diz que Lula espera que ela produza um "choque de gestão" na administração, a qual, por causa da ineficiência administrativa, entraves burocráticos e, mais recentemente, pelos muitos escândalos de corrupção, encontra-se estagnada.
P.S.: Eu sugiro aos senadores José Agripino Maia (DEM-RN) e Arthur Virgílio (PSDB-AM) que convoquem o cônsul americano para prestar esclarecimentos na CPI que investiga o uso dos cartões corporativos do governo federal e a origem do dossiê sobre os gastos do ex-presidente FHC.
Um comentário:
O AUTOR SESSE BLOG DEVE SER UM TORCEDOR DO FRACASSADO E INCOMPETENTE FHC. CERTAMENTE BENEFICIADO PELO INCOMPETENTE EX-PRESIDENTE, QUE NUNCA DEVERA SER POIS O QUE FEZ FOI SE VENDER E ACABAR COM O PAIS.HH
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