Aprovação de Lula cai; mesmo assim, oposição teme a volta do presidente em 2014
Ainda estamos em 2007 - primeiro ano do segundo mandato do presidente Lula -, mas já tem pesquisa de intenção de voto para 2010 na praça. A CNT/Sensus divulgou nesta segunda-feira (15) os números sobre a sucessão presidencial de 2010, mostrando o tucano José Serra na liderança, com 12,8% dos votos. Geraldo Alckmim (PSDB) tem 11,6%, Aécio Neves (PSDB) 9,8%, Ciro Gomes (PSB) 9,4% e Heloísa Helena (PSOL) 6,1%.
A CNT/Sensus também divulgou o índice de aprovação do presidente Lula. De acordo com a pesquisa, a popularidade de Lula oscilou de 64% para 61,2%. A aprovaçãoa o governo registou queda de 47,5% para 46,5%. A desaprovação subiu de 29,8% para 32,5%. A margem de erro da pesquisa é de 3%.
O que os números revelam? Nada.
A eleição é em 2010. Pesquisa agora não vale para absolutamente nada - a não ser para alimentar o mundo da fofolítica.
Em relação à queda da popularidade do presidente Lula e da aprovação ao governo, as variações estão dentro da margem de erro e não sinalizam, por enquanto, para enfraquecimento de Lula.
Tanto é verdade que a oposição não quer nem ouvir falar de Lula de novo. Apesar do presidente ter descartado com todas as letras qualquer intenção de mudar as regras do jogo para tentar uma re-reeleição em 2010, a oposição - sem ter o que falar - fica batendo nessa tecla furada para tentar assustar a opinião pública. A estratégia é colar em Lula a pecha de alguém obcecado pelo poder.
A repercussão da entrevista de Lula na Folha de São Paulo de ontem (14) também mostra o medo que a oposição tem da popularidade do presidente. Perguntado se seria candidato em 2014, Lula disse que não poderia descartar a hipótese, mas afirmou que isso não é uma idéia fixa, uma obsessão. "Não posso trabalhar em momento nenhum com essa hipótese na minha cabeça porque será o meu fracasso. Essa coisa, se tiver de acontecer, a conjuntura do momento vai indicar", declarou Lula à Folha. Para a oposição, a possibilidade de Lula concorrer em 2014 é temerária.
O senador Arthur Virgílio (PSDB), líder dos tucanos no Senado, saiu-se com uma declaração pra lá de espalhafatosa. Para ele, um terceiro mandato de Lula "esclerosa as veias da renovação política". Hein?! Como assim?!
A Folha Online informou que Virgílio cogita levantar a discussão sobre a possibilidade de se mudar as regras vigentes, fixando prazo máximo de dois mandatos para os presidentes ficarem no poder. A finalidade é impedir a volta de Lula em 2014.
Vejam só: a oposição, principalmente os tucanos, alardeia que Lula pretende mudar a Constituição para se candidatar em 2010 - mesmo o presidente negando veementemente esta idéia.
Aí vem Arthur Virgílio e diz que quer mudar a regra para impedir Lula de ser candidato em 2014.
Como assim, cara pálida?
É o discurso da conveniência.
A história recente mostra que os tucanos são pródigos em mudar a regra do jogo no meio do campeonato - foram eles que aprovaram a reeleição para favorecer Fernando Henrique Cardoso.
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