De acordo com o site Novo Jornal (www.novojornal.com.br) de Minas Gerais, gravações telefônicas realizadas por ordem da Justiça Federal do Rio de Janeiro, onde tramita o processo sobre a "Lista de Furnas" - uma relação com os nomes de 156 políticos de 12 partidos que teriam recebido dinheiro por meio da estatal mineira Furnas Centrais Elétricas - revelam que, além de políticos, até mesmo um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) estaria envolvido no esquema de coorrupção comandado pele ex-diretor de Furnas, Dimas Fabiano Toledo. A lista veio à tona através do lobista mineiro Nilton Monteiro.
O site não informa o nome do ministro do STF supostamente envolvido no esquema, mas indica que ''na época da investigação e da gravação, o ministro ainda não pertencia ao TSF" - o que, obviamente, não é nenhum atenuante.
A Justiça do Rio de Janeiro investiga dois esquemas de desvio de verbas públicas e crimes eleitorais em duas campanhas - em 1998 e 2002.
Em 1998, segundo um relatório da Polícia Federal, a coligação do então governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), que disputava a reeleição e tinha como vice o ex-deputado Clésio Andrade (DEM, ex-PFL), injetou dinheiro ilegal na campanha, por meio de caixa dois. A coligação só declarou à Justiça Eleitoral R$ 8,55 milhões, dos mais de R$ 80 milhões gastos na campanha, sem contar os R$ 20 milhões que ficou devendo, informou o site "Vermelho" (www.vermelho.org.br). O dinheiro extra teria sido desviado de Furnas e outras estatais - dinheiro público, vale ressaltar.
Nas eleições de 2002, o esquema de caixa dois, abastecido com dinheiro público, continuou em opreção. Na "Lista de Furnas", aparecem os nomes dos tucanos José Serra como beneficiário de R$ 7 milhões, Alckmin com R$ 9,3 milhões e Aécio Neves com R$ 5,5 milhões. Além do atual governador de Minas, pessoas ligadas a ele, como a sua irmã Andréia Neves e o Secretário de Governo também teriam recebido recursos''.
No próximo mês, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, deverá apresentar ao STF a sua denúncia sobre o esquema de caixa dois. É dado como certo que o nome do senador tucano Eduardo Azeredo constará na denúncia. Não se sabe ainda se o procurador-geral vai limitar a denúncia ao esquema de 1998 ou se incluirá o de 2002 também.
O "Vermelho" informa que no próximo final de semana uma revista de circulação nacional trará uma matéria a respeito desse assunto. Os tucanos que fiquem com as plumas de molho.
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