terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Nova constituição é aprovada na Bolívia

Do Fazendo Média:

Em votação histórica, povo boliviano aprova neste domingo a Nova Constituição Política de Estado

Apesar de na Bolívia o resultado oficial ser divulgado apenas dentro de 10 dias, após recontagem oficial, o povo boliviano já comemora a vitória do SIM no referendo constitucional deste domingo, 25 de janeiro.

As pesquisas de boca de urna realizadas por emissoras de rádio e televisão privadas e estatais apontam para uma votação de 65% x 35% em favor do SIM. Esta foi a primeira vez em 183 anos de vida republicana que os bolivianos são chamados a participar de um referendo sobre a Constituição.

Nestes quase dois séculos foram convocados apenas 5 referendos, sendo dois deles (40%) pelo governo do presidente Evo Morales Ayma, que completou no último dia 22 tres anos no Palácio Quemado. Todas as organizações internacionais, juntamente com a Corte Eleitoral Nacional, confirmaram a lisura do processo eleitoral.

Os observadores da OEA, Mercosul, Unasur e União Européia foram unânimes em afirmar que o referendo cumpriu com os padrões internacionais e as leis nacionais de maneira exitosa, tendo sido absolutamente respeitada a vontade do povo boliviano.

Logo após os resultados da boca de urna, os partidários do SIM lotaram a Praça Murillo para comemorar. Da sacada do Palácio, o presidente Evo Morales se dirigiu à multidão e afirmou: "Aqui termina o Estado colonial. Acabou o colonialismo interno e externo. Aqui também terminou o neoliberalismo, assim como as riquezas naturais da Bolívia não serão mais propriedade de alguns senhores, mas de todo o povo boliviano".

Em Santa Cruz, a oposição tomou a Praça 24 de Setembro para comemorar a vitória do NAO e alguns afirmam que não aceitarão a implantação do novo texto constitucional neste departamento.


Em Tempo

A mídia brasileira prefere dizer que a nova Constituição Política de Estado (CPE) da Bolívia foi "elaborada pelo governo Evo Morales", quando, na verdade, o novo texto constitucional foi preparado por uma Assembléia Nacional Constituinte e não pelo governo Evo Morales.

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