O governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), foi proibido, por decisão judicial, de usar a TV e a Rádio Educativa do Estado.
Vocês já devem ter lido ou visto alguma coisa sobre o fato. A grande imprensa escrita e televisiva do país vem dando ampla cobertura ao caso. O obejtivo é fritar o governador paranaense.
A decisão de proibir o governador de usar a TV e a Rádio Educativa foi do juiz do Tribunal Regional da 4ª Região, em Porto Alegre, Lippman Júnior.
O juiz alegou que o governador fazia promoção pessoal através de veículos públicos de comunicação.
Toda terça-feira, o governador reúne sua equipe de governo para tratar dos problemas do Paraná, mas também aproveita para se defender de acusações e para atacar seus adversários políticos.
Essa reunião era transmitida pelos dois veículos estatais de comunicação. As críticas que o governador fazia aos salários do Poder Judiciário irritou o juiz Lippman e o levou a proibir o governador de usar a TV e a rádio.
Revoltado, o governador deu uma receita de ovo frito no ar. Por isso, foi multado em R$ 50 mil. A Justiça também obrigou a TV Educativa a divulgar, de 15 em 15 minutos, uma nota da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil). Requião mandou tirar a TV do ar.
Em entrevista a Paulo Henrique Amorim, o governador denunciou que estava sendo vítima de censura e perseguição da mídia, paticularmente pela Rede Globo e sua afiliada no Paraná.
O motivo da perseguição da mídia seria a decisão do governador de cortar a zero os gastos estatais com publicidade - algo em torno de R$ 70 milhões.
Em entrevista a Luiz Carlos Azenha, no blog "Eu Vi o Mundo", Requião defendeu o seu governo, dizendo que governa fazendo uma "opção preferencial pelos pobres".
O governador também disse que pretende denunciar o "amordaçamento" imposto a ele pela Justiça à Organização dos Estados Americanos (OEA) e às Nações Unidas. Para Requião, o desembargador Lippmann "restabeleceu a censura no Brasil".
O governado também falou sobre a relação do governo Lula com a mídia. "O governo federal é muito generoso", declarou.
A "generosidade" do governo, segundo o governador, é por causa da publicidade paga aos grandes veículos de comunicação. "Governo só é bom quando paga os jornais e os canais de TV, notadamente a TV Globo", afirmou.
Não sei quanto o governo Wilma de Faria gasta com publicidade estatal aqui no RN. Mas sei que não é pouca coisa.
Já imaginaram a zuada que seria se o governo daqui cortasse a publicidade oficial?
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