Luiz Gonzaga Belluzzo, futuro presidente do conselho curador da nova TV Pública do Brasil, deu entrevista para a Folha de São Paulo deste domingo (09/09).
Beluzzo é economista, filiado ao PPS e ex-secretário dos governos Sarney e Quércia (SP).
Ele disse que a nova TV Pública será uma "TV não estatal, apartidária, plural". Falando sobre o poder da mídia, Beluzzo disse se preocupar com os "movimentos unânimes" na mídia e que isto "não é bom". Ele deu como exemplo o julgamento dos acusados de envolvimento com o caso do "mensalão" no STF, quando houve grande pressão da mídia para que os juízes aceitassem a denúncia do Procurador Geral da República.
Para Beluzzo, a imprensa "simplificou" as coisas no julgamento do "mensalão". "Ficou uma coisa de bandidos contra mocinhos. O mundo não é assim. Vejo alguns colunistas que têm certezas tão graníticas. Fico muito surpreendido porque não tenho essa certeza."
Beluzzo disse que recebeu do presidente Lula o recado para que "levasse com a maior autonomia possível" a TV Pública. Ele defendeu um fundo para financiamento da TV e disse que a rede não pode disputar publicidade.
No geral, a entrevista foi boa. A Folha, como não poderia deixar de ser, aproveitou para atacar o PT mais uma vez. Fez perguntas que traziam implícitas acusações contra o partido do presidente Lula. Mas Beluzzo parece ter percebido a não caiu na estratégia.
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