Augusto de Franco, ex-integrante do governo FHC, disse que o "mensalão mineiro" é uma farsa. "A farsa do mensalão mineiro" é o título do seu artigo publicado na Folha de São Paulo desta quinta-feira 27.
No artigo, ele afirma que "Não houve mensalão em Minas, pois não houve compra de parlamentares e partidos para votar com o governo."
O que houve em Minas, segundo o ex-conselheiro de FHC, "foi um embrião do chamado valerioduto, voltado para abastecer caixa dois."
Não foi esse o mesmo argumento usado pelo PT para negar a existência do chamado "mensalão".
Tucanos são assim mesmo. Aos amigos tudo, aos inimigos a lei.
Mas não ficou só nisso. Augusto de Franco também fez questão de dizer que o PSDB e o PT são diferentes:
"Não consta que o PSDB tenha comprado apoio político para montar um Estado paralelo no país a partir da ocupação organizada da administração federal, das estatais e paraestatais e dos fundos de pensão, com o objetivo precípuo de falsificar a rotatividade democrática, retendo o poder nas mãos de um mesmo grupo privado pelo maior tempo possível. Essa é a origem e a razão do mensalão, quer dizer, do caixa três, não do caixa dois."
Tucanos também têm memória seletiva. "Esqueceram" da compra de votos para reeleição de FHC - o maior balcão de compra de votos instalado no Congresso Nacional.
E qual era o objetivo da reeleição? Não era criar as condições necessárias, alterando as regras do jogo no meio da partida, para que eles (os tucanos) se perpetuassem no poder, "falsificando a rotatividade democrática"?
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