A pesquisadora Carol Barreto disse à "Terra Magazzine" que quem se envolve com travesti sabe perfeitamente diferenciá-lo de uma mulher.
"O cliente, seja ele famoso ou não, que se envolve com um travesti sabe diferenciá-lo de uma mulher. É visível a ambigüidade do gênero. Não seria fácil (um travesti) se passar por mulher. E quem freqüenta pontos de prostituição e contrata os serviços sabe onde procurar por uns e outros porque não ficam no mesmo lugar."
Ela disse ainda que "muitos homens, por problemas com a própria sexualidade, adotam posturas preconceituosas com os parceiros que eventualmente procuram. Sem se aproximar emocionalmente dos travestis, clientes se aproveitam da "imagem desfocada do grupo" para encriminá-los."
Ela se referia ao episódio envolvendo o jogador Ronaldo, que saiu com três travestis domingo à noite, no Rio de Janeiro, mas negou que soubesse que eram travestis e se disse vítima de tentativa de extorsão de um dos seus acompanhantes. O travesti André Luís Ribeiro Albertino (Andréia Albertini), por sua vez, acusou o 'fenômeno' de não pagar o programa realizado num motel, na madrugada de domingo para segunda.
Casos como esse de Ronaldo, que não quis pagar o programa, "não são raros", afirma a pesquisadora. "Aí eles chamam a polícia e dizem que ela foi quem o roubou. (...) "É uma maneira fácil de justificar a opção sexual".
É vero.
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