Retornei hoje à Natal. Havia viajado para Alexandria, terra onde nasci, para passar os festejos de final de ano com minha família.
Meu pai fez questão de organizar um jantar lá em casa na noite do reveillon para reunir os amigos e comemorar minha formatura.
Eu sou uma pouco avesso a essas comemorações, porque fico meio sem jeito. Não tenho o talento que se requer de um bom sicerone - nem sei fingir o suficiente.
Mas o rega-bofe até que foi bom. Alguns amigos que não via há algum tempo apareceram, enquanto outros ignoraram solenemente meu convite.
Rodinha de conversa política, com ex-prefeitos, vereadores e observadores que, mesmo não entendendo nada, adoram dar um pitaco. A prosa era sobre as eleições deste ano para prefeito.
Perto da meia-noite, fui à Igreja Presbiteriana, onde sempre passo as viradas de ano.
Nas outras vezes que fui à Alexandria, a falta do que fazer e o calor insuportável sempre me faziam querer voltar o mais rápido possível pra Natal. Mas dessa vez foi diferente. Não queria voltar tão cedo.
E não é que tenha acontecido algo diferente. Tudo está absolutamente do mesmo jeito por lá. Os dias são absolutamente iguais. Às vezes se tem a sensação de que lá o tempo esqueceu de passar. Mas acho que era precisamente disso que eu estava necessitando. Dar uma parada em tudo. Não ter problemas pra administrar. Pelo menos por alguns dias, imaginar que há sim um abrigo contra o mal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário