Está ficando cada vez mais difícil acreditar em pesquisa de opinião e intenção de voto. Quando todas as pesquisas davam como certa a vitória de Barack Obama sobre Hillary Clinton em New Hampshire, a senadora e ex-primeira-dama ressurge das cinzas e vence as primárias democratas por 39% a 37%.
As primárias foram realizadas ontem (terça-feira, dia 8) e o resultado foi conhecido na madrugada desta quarta-feira. Em terceiro lugar ficou John Edwards, com 17%.
Entre os republicanos, não houve surpresas. O vencedor foi John McCain, com 37% dos votos. Mitt Romney ficou em segundo, com 32%. O ex-governador Mike Huckabee, vencedor em Iowa, ficou na terceira colocação, com 11% dos votos apurados.
A vitória de Hillary em New Hampshire coloca em xeque a credibilidade das pesquisas.
No Brasil, o histórico de manipulação de pesquisas é longo e bastante conhecido.
Ninguém imaginava que nos Estados Unidos pudesse acontecer a mesma coisa.
Qualquer pesquisa sobre as eleições americanas, de agora em diante, será vista com desconfiança.
No Brasil, pesquisas eleitorais são encaradas e noticiadas como previsões determinísticas de caráter irrevogável.
Prova disso são as pesquisas para as eleições presidenciais de 2010, que, como lembra Paulo Henrique Amorim em seu "Conversa Afiada", com três anos de antecedência dão como certa a eleição de José Serra.
Nem é preciso ir muito longe. Em Natal, as pesquisas já decidiram quem vai governar a cidade a partir do ano que vem.
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