Em entrevista à Folha de S. Paulo de hoje, o jornalista Paulo Markun, novo presidente da Fundação Padre Anchieta (mantenedora da TV Cultura), declarou seu apoio à proposta do governo federal de criação da TV Pública - que deverá se chamar "TV Brasil".
Markun, demonstrando o discernimento e espírito público que faltam a muitos coleguinhas da imprensa, afirmou que a TV Cultura e a TV Brasil não serão concorrentes, mas parceiras. "Isso tudo é campo público. Não é concorrência. Temos que jogar juntos", disse ele à Folha.
A maioria dos críticos da TV Brasil argumenta que seria melhor o governo federal aproveitar a rede de TV's públicas já existentes - como é o caso da própria TV Cultura, da TVE do Rio, das TV's universitárias etc. Essa visão reflete muito do anacronismo existente no meio. Ora, quanto mais opções de televisão públiva tivermos, melhor para a democratização dos meios de comunicação. Além disso, as televisões públicas que existem no país não constituem uma rede integrada, mas sim focos dispersos.
O jornalista disse ainda que a TV Cultura, apesar de ser a TV pública mais independente do país, ainda "está longe de ser o que deve [realmente independente]".
A TV Cultura depende do repasse de verbas do governo de São Paulo.
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