quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

O mundo hoje

Blair anuncia retirada de tropas britânicas do Iraque
Da Folha de S.Paulo, hoje (21/02/2007):

"O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, deve anunciar hoje o início da retirada das tropas britânicas do Iraque. A informação é do jornal britânico "The Sun", bem como da rede BBC.

Segundo a imprensa britânica, Blair deve fazer o anúncio durante seu discurso semanal na Câmara dos Comuns. O premiê divulgará o cronograma para a retirada de parte dos 7.100 soldados britânicos que estão servindo no Iraque. O Reino Unido é o principal aliado dos EUA no país do Oriente Médio.

Em seu discurso ao Parlamento -que acontece toda semana-, Blair dirá que 1.500 dos soldados voltarão para casa nas próximas semanas, sendo que aproximadamente 3.000 deles já terão deixado o Iraque até o fim deste ano.

Segundo a imprensa, Blair não deve dar informações sobre a retirada do restante das tropas, que permanecerá no Iraque.Outros jornais britânicos confirmaram a informação, entre eles o "Times" e o Guardian", discordando apenas sobre a quantidade de militares que deixaria o Iraque já nas próximas semanas."


Americanos planejam atacar o Irã, diz TV; Casa Branca nega


"Os planos dos EUA para um eventual ataque aéreo ao Irã vão além de silos nucleares e incluem a maior parte da infra-estrutura militar do país, segundo informou ontem a rede britânica BBC.Se autorizado, um tal ataque teria como alvos bases aéreas, bases navais, instalações de mísseis e centros de comando e controle.O Pentágono desmentiu ontem a informação, chamando-a de "ridícula", segundo o porta-voz Bryan Whitman.

Para ele, os EUA têm "grandes preocupações" quanto ao programa nuclear do Irã e sua intromissão no Iraque, "mas estamos tratando dessas questões por canais diplomáticos".

As Nações Unidas pediram ao Irã para interromper o processo de enriquecimento de urânio, sob o risco de ter de enfrentar sanções econômicas. O prazo para o país suspender seu processo de enriquecimento termina hoje.

Alvos

Fontes diplomáticas afirmaram à BBC que, caso o Irã não volte atrás, autoridades do Centro de Comando da Flórida já selecionaram seus alvos dentro do país. A lista inclui a planta de enriquecimento de urânio em Natanz, que havia sido fechada em 2003, após inspeções da ONU detectarem traços de urânio em grau de enriquecimento suficiente para desenvolver armas nucleares.

Teerã nega, dizendo que irá utilizá-la somente para fins pacíficos.Outros alvos do ataque seriam instalações em Isfahan, Arak e Bushehr, diz a BBC.

A senha para iniciar tal ataque seria a confirmação de que o Irã estaria desenvolvendo armas nucleares.

A escalada retórica de Washington contra Teerã assumiu tom mais grave quando, no início deste mês, autoridades norte-americanas no Iraque disseram haver evidências de que o Irã estaria fornecendo armas à milícias xiitas iraquianas.

Embora a Casa Branca tenha vinculado as armas à Guarda Revolucionária Islâmica iraniana e acusado o governo em Teerã de nada fazer para deter o esquema, oficiais americanos disseram depois ter provas apenas de que armas que estavam sendo utilizadas no Iraque eram "feitas no Irã".

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, general Peter Pace, afirmou por sua vez não saber se o governo do Irã "claramente sabe disso ou é cúmplice" no fornecimento.

À época, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, disse que as acusações eram "desculpas para prolongar a permanência" das forças americanas no Iraque.

Recentemente, analistas do Oriente Médio têm manifestado receio de conseqüências catastróficas, caso de fato ocorra um ataque dos EUA ao Irã.

No ano passado, o Irã retomou o processo de enriquecimento de urânio, que pode servir tanto para produzir combustível para usinas nucleares quanto para, em mais alto grau, fornecer material para bombas."

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