Em "O Advogado do Diabo" (Devil's Advocate), Al Pacino vive o próprio coisa ruim, disfarçado sob a identidade do dono de uma poderosa firma de advogados, John Milton. Keanu Reeves é Kevin Lomax, um jovem e talentoso advogado que nunca perdeu uma causa, mesmo recorrendo a expedientes, digamos, pouco ortodoxos. Ele não é o tipo de pessoa que tem problemas de consciência.
Lomax recebe uma proposta tentadora para ir trabalhar em Nova Yorque na firma de John Milton, que consegue seduzir o rapaz e fazê-lo aceitar o convite. Depois de morder o anzol, Lomax não percebe que suas escolhas morais estão lhe conduzinho para um caminho perigoso e sem volta.
Numa das melhores cenas do filme, quando John Milton revela sua verdadeira identidade, ele diz a Kevin Lomax como conseguiu seduzi-lo:
- Vaidade... Esse é o meu pecado predileto.
A vaidade, como apontara o coisa ruim, havia cegado o entendimento e o discernimento de Lomax e o fizera crer que o mundo girava em torno do seu próprio ego.
Há muitos Lomax por aí, em todos os cantos, em todas as áreas. Não são apenas advogados, mas médicos, engenheiros, professores, jornalistas...
Gente que adota o discurso da conveniência. Proferem verdades inquestionáveis e professam ideologias inabaláveis em público, somente para fazer barulho e tentar ocultar os pequenos pecados inconfessáveis.
Tentam convencer a si próprios que são verdades as mentiras que dizem olhando no espelho.
Como diz o Eclesiastes, é tudo vaidade.
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