O Paraguai elegeu, no domingo passado, o ex-bispo Fernando Lugo como seu novo presidente. Lugo obteve mais de 40% dos votos e encerrou a hegemonia de 61 do conservador Partido Colorado.
Para muitos analistas, a eleição de Fernando Lugo no Paraguai representa a consolidação da esquerda na América do Sul. De acordo com o portal da Revista Fórum, o ex-bispo admitiu que a Aliança Patriótica para a Mudança (APC), a coalizão pela qual venceu o pleito, faz parte desse auge da nova esquerda latino-americana.
Lugo foi eleito sob a égide da mudança e da esperança no Paraguai. Mas os conservadores não o vêem dessa forma. César Maia, prefeito do Rio de Janeiro, membro do Partido 'Democrata', disse em seu Ex-Blog que a vitória de Lugo amplia as "incertezas na América Latina".
Para César Maia, o alinhamento de Lugo com a Teologia da Libertação e sua amizade com Leonardo Boff e de Dom Helder Câmara são motivos de desconfiança. O prefeito também zomba da alcunha de "padre dos pobres", recebida por Lugo em virtude de sua defesa dos mais necessitados.
As desconfianças e os temores de César Maia dizem muito sobre ele e seu partido. Os conservadores, que se dizem democratas, não suportam o avanço de novas forças políticas, democraticamente eleitas pela maioria soberana do povo em seus respectivos países.
César Maia, antes de levantar suspeitas sobre as amizades de Fernando Lugo, deveria olhar para o lado e ver direitinho quem o acompanha. No lugar dele, eu sairia de perto quando alguém invocasse o dito popular "dize-me com quem andas e eu te direi quem és".
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