O 'Diário de Natal' e o 'JH Primeira Edição' deram hoje uma aula de sensacionalismo.
Os dois jornais da capital sairam com manchetes praticamente iguais, no melhor estilo "espreme que sai sangue".
"Preso degola inimigo em Alcaçuz", estampou o JH Primeira Edição na capa, em letras garrafais.
O DN foi ainda mais "criativo": "Preso degola colega e põe cabeça na marca do pênalti".
Abaixo da manchete do DN, uma foto mostra o jogador Bosco do ABC chutando a bola durante um treino.
A leitura da manchete com toques esportivos ("cabeça na marca do pênalti") leva, instantaneamente, à associação com a foto.
Truque pra lá de sensacionalista. Esse tipo de jornalismo não conhece limites e faz de tudo pra atrair o leitor, usando e abusando da espetacularização da violência.
Quando era estagiário num jornal de Parnamirim, discordei do editor por ter colocado uma foto, em cores, de um homem que tinha sido castrado por uma suposta bruxa, que utilizaria o "material" pra fazer magia negra.
O povão gosta disso, porque esse tipo de notícia desperta uma curiosidade mórbida e mobiliza emoções contraditórias, mexendo com a imaginação das pessoas.
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